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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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o que exatamente...?”. No caso de verbos não especificados como na frase “ele me magoou”<br />

pode-se elucidar melhor a colocação fazendo uso da pergunta: “De que maneira<br />

exatamente...?”<br />

As comparações referem-se à situações onde é omitido algo dentro de uma frase<br />

comparativa. Por exemplo, as frases: “Este foi um péssimo discurso” ou “Esta é a melhor<br />

música”. Nas duas frases foram emitidas algumas informações. Estas podem vir a ser<br />

esclarecidas a partir de perguntas como: “Comparado com o quê...?”<br />

Tratemos neste momento a respeito de Julgamento(s). Para O’Connor e Seymour<br />

(1995, 110) estes são “os maiores aliados das comparações”. Na afirmação: ‘Este foi um<br />

péssimo discurso’, pode-se perguntar quem é o autor deste julgamento. É alguém com<br />

autoridade no assunto? É um grande orador? Os julgamentos podem ser ‘desmistificados’ a<br />

partir do questionamento: “Quem está emitindo este julgamento e em que bases esse<br />

julgamento está sendo feito?”.<br />

Para complementar o padrão de omissões é preciso expor acerca das substantivações.<br />

Esse padrão ocorre quando um verbo que descreve um processo contínuo é<br />

transformado em substantivo. Os lingüistas chamam isso de substantivação... Se um<br />

substantivo não pode ser visto, ouvido, tocado, cheirado ou provado, em resumo, se<br />

não puder ser colocado dentro de um carrinho de mão, é uma substantivação... A<br />

palavra “memória” é um exemplo interessante. O que significa alguém dizer que tem<br />

uma memória ruim? Para descobrir, é necessário perguntar que informação<br />

específica a pessoa tem dificuldade em decorar e como ela faz para memorizar<br />

alguma coisa. Em toda substantivação, um ou mais sujeitos estão faltando (de certa<br />

maneira de falar) e um verbo não está especificado. Um verbo envolve uma ação e<br />

um processo contínuo. Mas isso se perde se ele for substantivado e transformado<br />

num substantivo estático... Por transformar processos em coisas, as substantivações<br />

são um padrão de linguagem extremamente enganador (O’CONNOR e SEYMOUR,<br />

1995, p.110 e 111).<br />

Segundo O’Connor e Seymour (1995, p.111), as substantivações podem ser<br />

esclarecidas sendo transformadas em verbos se forem buscadas as informações omitidas. Para<br />

tal esclarecimento pode-se perguntar: “Quem está substantivando o quê? E como essa pessoa<br />

está fazendo isso?”<br />

Abordaremos agora os padrões ligados a generalizações. Falaremos em primeiro lugar,<br />

sobre os operadores modais de possibilidade. Pelo fato de estabelecerem limites decretados<br />

por regras não explicitas, expressões do tipo “não posso” ou “não devo” são conhecidas em<br />

lingüística como operadores modais. Os operadores modais de possibilidade estão bem<br />

ligados ao “possível e impossível”. O “não posso” tende a limitar as pessoas. Diante de<br />

situações em que as pessoas se limitam deve-se enfatizar o resultado final e levar o indivíduo<br />

a identificar a barreira, o que já o encaminha para ultrapassagem. Portanto, operadores modais

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