12.05.2013 Views

A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

diferenciado. Um dia após o outro vemos pessoas e objetos por prismas cada vez mais<br />

privilegiados.<br />

A escuta que devemos fazer do outro não pode ser uma escuta passiva, mas reflexiva,<br />

de maneira que gere em nós intervenções capazes de suscitar novas intervenções por parte de<br />

quem conosco dialoga.<br />

A nossa fala e a daqueles e daquelas que conosco dialogam deve ser instigante, ao<br />

invés de apassivadora. “[...] quem tem o que dizer deve assumir o dever de motivar, de<br />

desafiar quem escuta, no sentido de que, quem escuta diga, fale, responda” (<strong>FREIRE</strong>, 1996,<br />

p.117). É preciso que falemos para obter respostas pelo desafio impresso em nossa fala, e não<br />

para provocar reações meramente submissas ou impostas.<br />

Para saber se estamos conseguindo provocar a pessoa ou grupo com quem estamos<br />

dialogando, devemos atentar para expressão não-verbal deste grupo ou pessoa.<br />

Os olhos são grandes pistas de acesso aos interiores das pessoas. De acordo com o que<br />

já expomos a respeito da PNL, é possível percebermos, apenas observando os olhares, se um<br />

individuo está acionando o seu lado racional ou emocional, se está criando ou lembrando<br />

algo, e mais ainda, é possível saber se determinada pessoa está pensando cinestésica, auditiva<br />

ou visualmente. Defendemos, portanto, que o máximo de conhecimentos capazes de gerar<br />

destreza na percepção dos olhares das pessoas devem ser socializados com as pessoas que<br />

fazem parte de um grupo que dialoga na busca de aprender e/ou de libertar-se um junto com o<br />

outro.<br />

Não só os conhecimentos ligados à leitura dos olhares, mas a leitura das alterações momentâneas da cor da pele, do tom e<br />

intensidade da voz, do grau de relaxamento ou tensão muscular e da respiração devem ser compartilhados. Um grupo afinado com a leitura<br />

das expressões comunicacionais dos seus membros pode atingir muito mais facilmente os objetivos a partir da melhor fluência interacional<br />

ou dialógica.<br />

Os indivíduos que dominam a fluência na comunicação podem, ao menos com as<br />

pessoas com quem interage mais de perto, perceber como a pessoa está pensando, e também a<br />

possível resposta que irá obter antes mesmo do interlocutor abrir a boca.<br />

Isso se dá quando acontece algo que aqui já apresentamos como calibração. Se um<br />

indivíduo conhece muito de perto o outro, passa a afinar-se com as suas expressões nãoverbais<br />

a ponto de perceber o sentimento que o outro está tendo no momento que o escuta.<br />

Logo, quando chega o momento do interlocutor falar dentro do diálogo, já se tem uma idéia<br />

muito aproximada do que será verbalizado. Essa percepção é possível devido ao fato de que<br />

antes de verbalizar algo, a pessoa pensa e sente alguma coisa que se reflete em sua expressão<br />

fisionômica, postural, entre outras.<br />

Da mesma forma como numa relação de diálogo entre duas ou mais pessoas, é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!