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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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A educação problematizadora é fundada sobre a criatividade e estima uma ação e<br />

reflexão autênticas sobre a realidade e responde, assim, à vocação dos homens que<br />

só são autênticos quando se comprometem na transformação da realidade. Devido a<br />

essa relação dialética, a “educação para a libertação se constitui como um ato de<br />

saber, um ato de conhecer e um método de transformar a realidade que se procura<br />

conhecer (GADOTTI, 1996, p.721).<br />

A educação problematizadora faz uso do diálogo e da comunicação nivelada e “fundase<br />

justamente na relação dialógico-dialética entre educador e educando; ambos aprendem<br />

juntos” (GADOTTI, 1996, p.86). Ora, nesse sentido, problematizar não é criar problemas por<br />

criar, mas, através do diálogo, levantar questionamentos sobre situações problemáticas no<br />

intuito de fazer pensar, refletir, acerca das questões ligadas ao “contexto social” que se quer<br />

mudar por meio da conscientização-ação.<br />

Nivelar, ou se adequar à comunicação de determinado grupo requer uma série de<br />

procedimentos, dos quais alguns se encontram no método de alfabetização em questão. Neste<br />

caso, ler é imprescindível a uma comunicação “por escrito”.<br />

Ora, Perguntamo-nos: como se comunicar por escrito se não se sabe ler/escrever? Fazse<br />

necessária, portanto, uma alfabetização eficaz, que traga em suas entrelinhas a<br />

decodificação do mundo e da sociedade, o que transpõe a leitura de palavras, conduzindo a<br />

reflexões críticas.<br />

O método de alfabetização trazido por Freire (1980), consistia em cinco fases, as<br />

quais exigiam que a relação de diálogo e reflexão fosse estabelecida. Primeiramente,<br />

descobria-se, por meio do diálogo e da observação, o universo vocabular dos educandos. Em<br />

seguida, selecionavam-se palavras “geradoras” dentro deste universo. Em terceiro lugar,<br />

discutia-se com o grupo situações existenciais típicas que fossem capazes de gerar uma<br />

vontade de agir, individual ou coletiva.<br />

A quarta fase é a da elaboração de fichas indicadoras, contendo as famílias fonéticas<br />

correspondentes às palavras geradoras – que são palavras que podem gerar discussão e<br />

reflexão – utilizadas pelo grupo. A partir daí, com uma leitura de mundo já estabelecida,<br />

passava-se ao trabalho de alfabetização propriamente dito, em nossos “moldes” conceituais.

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