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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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uptura se dá na medida em que, a curiosidade ingênua, sem deixar de ser<br />

curiosidade, pelo contrário, continuando a ser curiosidade, se criticiza (<strong>FREIRE</strong>,<br />

1996, p.31).<br />

Como cada pessoa vislumbra o mundo por uma óptica diferenciada, também parece<br />

claro que as ideologias que cada indivíduo traz são fruto de um contexto de inserção.<br />

Alguns fatores influenciam na forma de ler a realidade: a cultura, a localidade<br />

geográfica, a linguagem, as crenças, os interesses, os valores e pré-conceitos, enfim a história<br />

em que cada um está imerso. Cada coisa significa algo. “[...] experiências informais nas ruas,<br />

nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados<br />

gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de<br />

significação” (<strong>FREIRE</strong>, 1996, p. 44).<br />

É preciso que se saiba compreender como o outro pensa, mesmo que pense diferente<br />

de nós. Isso leva a clareza na comunicação e ao respeito.<br />

Numa situação de controvérsia conceitual em torno de uma temática, precisamos<br />

mostrar a necessidade de um diálogo respeitável entre as pessoas sobre as teorias em conflito.<br />

Assim, o diálogo, mesmo que aparentemente conflituoso, se torna útil por conduzir os<br />

indivíduos a contemplarem ângulos diferenciados de uma mesma realidade. “[...] a<br />

dialogicidade verdadeira em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença,<br />

sobretudo, no respeito a ela [...]” (<strong>FREIRE</strong>, 1996, p.60). Lembramos ainda que para Freire,<br />

numa relação dialógica deve haver momento de fala e momento de escuta.<br />

No processo da fala e da escuta a disciplina do silêncio a ser assumida com rigor e a seu tempo pelos<br />

sujeitos que falam e escutam é um “sine Qua” da comunicação dialógica. O primeiro sinal de que o<br />

sujeito que fala sabe escutar é a demonstração de sua capacidade de controlar não só a necessidade de<br />

dizer a sua palavra que, é um direito, mas também o gosto pessoal, profundamente respeitável, de<br />

expressá-la. Quem tem o que dizer tem igualmente direito e deve dizê-lo. É preciso, porém, que quem<br />

tem o que dizer saiba, sem sombra de dúvida, não ser o único ou a única a ter o que dizer (<strong>FREIRE</strong>, 1996,<br />

p.116).<br />

No processo de escutar e de melhor compreender o que se escuta, por estarem<br />

envolvidos fatores que transcendem o auditivo, a PNL entra com os seus artifícios otimizando<br />

a compreensão de quem escuta e a expressividade de quem fala.<br />

O respeito deve se dar, não só escutando a pessoa que fala, mas compreendendo o seu<br />

contexto e as intencionalidades de suas ações. Quanto a isso, o nono postulado da PNL diz<br />

que há uma intencionalidade positiva, útil e significativa em cada comportamento. Ora, temos<br />

que compreender que na representação dos indivíduos, sempre há uma intenção positiva.<br />

Parece-nos que as coisas estão se complicando, mas não, pelo contrário, passamos a

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