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História da Medicina Tradicional Chinesa 中医历史 - Guias de ...

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Oeste <strong>da</strong>s ilhas do Sul <strong>da</strong> China). Estas viagens atingiram as ilhas do Sudoeste asiático,<br />

<strong>da</strong> Índia e mais <strong>de</strong> trinta países no Médio Oriente e África. As zonas mais comumente<br />

atingi<strong>da</strong>s por estas missões, foram A<strong>de</strong>n na entra<strong>da</strong> do Mar Vermelho e Mogadishu na<br />

Somália. Se observarmos a época em que estas navegações se produziram (1405-1430),<br />

po<strong>de</strong>mos verificar, que elas são precoces em relação às activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> navegação no<br />

resto do Mundo. Aliás, lembremos que 1415, foi <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> Ceuta pelos<br />

portugueses, que é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> o início <strong>da</strong> expansão portuguesa. Po<strong>de</strong>mos ain<strong>da</strong> referir,<br />

a precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes navios, na tonelagem, já que, aten<strong>de</strong>ndo a que os<br />

chineses tinham inventado o compasso, levaram a cabo, construcções <strong>de</strong> navios muito<br />

mais estáveis e equilibra<strong>da</strong>s, do que, todos os outros povos <strong>da</strong> mesma época. As viagens<br />

<strong>de</strong> Zheng He, levaram a um acesso fácil ao Oci<strong>de</strong>nte e a África, levando a que as<br />

relações entre a China e os países estrangeiros fosse rapi<strong>da</strong>mente leva<strong>da</strong> a cabo, mas<br />

também com esta abertura ao Mundo, a China conseguiu um incremento <strong>da</strong>s trocas<br />

científicas e culturais incluindo-se nelas, a medicina chinesa com as medicinas dos<br />

outros países. Esta época <strong>de</strong> expansão chinesa <strong>de</strong>u lugar também, a um conjunto <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> escritos acerca <strong>de</strong> diversas temáticas, nomea<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> geografia,<br />

hidrologia, geologia, fauna e flora, dos lugares visitados, que po<strong>de</strong>mos citar.<br />

Nesta primeira meta<strong>de</strong> do séc. XVII, aparece um dos mais importantes geógrafos <strong>da</strong><br />

<strong>História</strong> <strong>da</strong> China, 徐宏祖 Xu Hongzu (Xu Xiake) (1587-1641), cuja obra You Ji<br />

(“viagem”), mostra cerca <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> região, tendo a atenção<br />

na geografia, hidrografia, geologia, vegetação e as condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos seus povos 313 .<br />

Trabalhos em <strong>Medicina</strong>, tais como 本草纲目 Ben Cao Gang Mu (Compêndio <strong>de</strong><br />

Matéria Médica) escrito por Li Shizhen (1518-1593), é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a obra mais<br />

maravilhosa na história <strong>da</strong> ciência chinesa 314 , e que <strong>de</strong>senvolveremos a seu tempo.<br />

Trabalhos como estes, não só foram importantes para <strong>de</strong>monstrar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico e científico <strong>da</strong> China, mas também marcaram o <strong>de</strong>senvolvimento científico<br />

e tecnológico, a que níveis chegou a China no tempo <strong>da</strong> Dinastia Ming.<br />

“Em 1554 chegou ao mar <strong>da</strong> China Leonel <strong>de</strong> Sousa, que através <strong>de</strong> uma acção militar<br />

e diplomática conseguiu o que se afigurava impossível: uma base permanente na costa<br />

chinesa, o porto <strong>de</strong> Macau, cedido no ano <strong>de</strong> 1557. Este capitão soube negociar<br />

habilmente com as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s fiscais chinesas, disciplinar os aventureiros e expulsar<br />

a pirataria <strong>da</strong>s águas <strong>de</strong> Cantão. Os man<strong>da</strong>rins <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>ram então que<br />

se os Portugueses permanecessem junto <strong>da</strong> foz do rio <strong>da</strong>s Pérolas, o rio que banha<br />

Cantão, seria a sua ci<strong>da</strong><strong>de</strong> a beneficiar dos lucros do comércio com o Japão, ao mesmo<br />

tempo que <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> ser apoquentados pelos piratas. Esta concessão, única na<br />

história chinesa, não impediu que os chinas continuassem a <strong>de</strong>sconfiar dos<br />

estrangeiros. Macau era a ponte <strong>de</strong> ligação, mas a penetração <strong>de</strong> portugueses no interior<br />

do país era quase impossível, pelo que as relações <strong>de</strong> Portugal com a China <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> 1557 se resumem quase só à história <strong>de</strong> Macau. Fora <strong>da</strong>s relacões comerciais,<br />

circunscritas a Macau, <strong>de</strong>ve-se realçar a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> evangelizadora: os missionários do<br />

313 Gernet, Jacques – Le mon<strong>de</strong> chinois. Armand Colin, Paris, 1999, pp. 389-390<br />

314 Gernet, Jacques – Le mon<strong>de</strong> chinois. Armand Colin, Paris, 1999, p. 388<br />

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