História da Medicina Tradicional Chinesa 中医历史 - Guias de ...
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Celeste Império sob a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma dinastia estrangeira” 262 . A Dinastia Yuan<br />
conquistou uma vasta área <strong>da</strong> Eurásia num período <strong>de</strong> tempo muito curto. voltando para<br />
trás com o seu exército em 1279 para novamente rechaçar a Dinastia Song do Sul.<br />
Nestas lutas, apenas a título <strong>de</strong> curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>mos referir a utilização do primeiro<br />
lança-chamas, Huoqiang 263 , a petróleo, com a utilização <strong>de</strong> um êmbolo com duplo<br />
efeito para se obter jacto contínuo 264 .<br />
“Com os Mongóis regressou-se a uma situação semelhante à <strong>da</strong> época T'ang: as<br />
estra<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Ásia Central, por on<strong>de</strong> passavam as caravanas <strong>da</strong> Rota <strong>da</strong> Se<strong>da</strong>, e a China<br />
estavam submeti<strong>da</strong>s a uma mesma autori<strong>da</strong><strong>de</strong> e esta possuía uma forte tradição<br />
terrestre. Po<strong>de</strong>r-se-ia esperar que o comércio marítimo seria abandonado para se <strong>da</strong>r<br />
um regresso ao comércio caravaneiro, até porque este, beneficiando <strong>da</strong> pax mongolica,<br />
ganhava uma nova e maior dimensão. O que se passou foi, contudo, um fenómeno<br />
diferente: o comércio terrestre e o marítimo complementaram-se e Ch'uan Chou <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ser apenas o terminus <strong>da</strong>s rotas navais para se transformar no nó <strong>de</strong> ligação entre<br />
as rotas terrestres e marítimas do gran<strong>de</strong> comércio intercontinental. Nesta época os<br />
navegadores chineses frequentavam o Malabar, o Guzerate e também a África Oriental.<br />
Coulão continuava a ser o porto principal dos navegantes chineses. Alguns comerciantes<br />
chinas eram muçulmanos, o que lhes facilitava os contactos nos portos do<br />
Índico, pois os islamitas <strong>de</strong>senvolviam aí, nessa altura, uma larga re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesses em<br />
que a religião era, sem dúvi<strong>da</strong>, o factor <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> mais importante. Os Mongóis<br />
foram os primeiros a tentar dominar todo o Extremo Oriente e a Ásia do Sueste.<br />
Lançaram ataques por terra contra a Birmânia, o Vietname e a Coreia. Em 1274 e<br />
1281, duas arma<strong>da</strong>s tentaram conquistar o Japão e em 1293 uma outra arma<strong>da</strong> atacou<br />
a ilha <strong>de</strong> Java. As expedições navais contribuíram, certamente, para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>da</strong>s técnicas <strong>de</strong> construção naval em larga escala; sal<strong>da</strong>ram-se, porém, em sucessivos<br />
fracassos, e, no caso do Japão, contribuíram até para uma intensificação dos ataques<br />
<strong>da</strong> pirataria nipónica junto do litoral chinês. Em 1368, os Chineses conseguiram<br />
expulsar a dinastia mongol e o imperador voltou a ser um chinês; com o reinado <strong>de</strong><br />
Hung Wu (1368-1403) iniciou-se a dinastia dos Ming (1368-1644)”. 265<br />
Durante as Dinastias Song, Jin e Yuan, a economia social umas vezes foi bastante<br />
energética, outras vezes estagnante, flutuando <strong>de</strong> acordo com a situação política do<br />
momento.<br />
A paz cria<strong>da</strong> pela Dinastia Song fez <strong>de</strong>senvolver uma economia cui<strong>da</strong><strong>da</strong> e um<br />
<strong>de</strong>senvolvimento cultural com um gran<strong>de</strong> incremento marcado na agricultura, no<br />
comércio e na manufactura. A sequência do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> forças produtivas e<br />
económicas criaram-se bem a nível científico e tecnológico, aliás o famoso cientista<br />
沈括 Shen Kuo, (que viveu entre 1031 e 1094) <strong>de</strong>scobriu a <strong>de</strong>flexão angular<br />
geomagnética 266 no século XI, cuja aplicação prática se traduz na obra Wujing<br />
Zongyao (Princípios gerais <strong>da</strong>s técnicas militares) 267 , <strong>de</strong> Zeng Gongliang, on<strong>de</strong> se<br />
262 I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m<br />
263 Needham, Joseph – La science chinoise et l’Occi<strong>de</strong>nt, Éditions du Seuil, 1973, p. 63<br />
264 Gernet, Jacques – Le mon<strong>de</strong> chinois. Armand Colin, Paris, 1999, p. 273<br />
265 Tomaz, Luis Filipe – CHINA. In Albuquerque, Luís <strong>de</strong> (Dir.) «Dicionário <strong>de</strong> <strong>História</strong> dos<br />
Descobrimentos Portugueses», Círculo <strong>de</strong> Leitores, Lisboa, 1994, p.245<br />
266 Needham, Joseph – La science chinoise et l’Occi<strong>de</strong>nt, Éditions du Seuil, 1973, p. 50<br />
267 Gernet, Jacques – Le mon<strong>de</strong> chinois. Armand Colin, Paris, 1999, pp. 273-275<br />
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