20.05.2013 Views

História da Medicina Tradicional Chinesa 中医历史 - Guias de ...

História da Medicina Tradicional Chinesa 中医历史 - Guias de ...

História da Medicina Tradicional Chinesa 中医历史 - Guias de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

diurético bem como na redução do inchaço. A precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu emprego medicinal<br />

talvez justifique a antiga palavra xuánhú 71 que se refere à “tabuleta” i<strong>de</strong>ntificadora <strong>da</strong><br />

ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> drogas e/ou <strong>de</strong> se exercer MTC, utiliza<strong>da</strong> nos últimos 1000 anos, com uma<br />

cabaça pendura<strong>da</strong> à porta <strong>da</strong>s farmácias ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s clínicas <strong>de</strong> MTC. Na<br />

Hòu Hàn Shū – <strong>História</strong> (dinástica) dos Hàn posteriores (25-220 d.C), redigido por<br />

Fàn Yè 72 , refere-se uma pequena história fantasia<strong>da</strong> acerca <strong>de</strong> um idoso que abriu uma<br />

farmácia numa feira, colocando à porta uma cabaça. Ca<strong>da</strong> vez que a feira fechava, o<br />

farmacêutico saltava para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> cabaça e <strong>de</strong>saparecia. Esta história fantasiosa terá<br />

<strong>da</strong>do origem à expressão: “Que medicamentos há numa cabaça?” 73 . Aliás, ain<strong>da</strong> hoje<br />

na China, a cabaça é i<strong>de</strong>ntificadora <strong>da</strong> farmácia.<br />

Porém, a alimentação dos povos primitivos incluía a carne o que os levou a conhecerem,<br />

do mesmo modo, outras drogas <strong>de</strong> origem animal. Assim, terão tido conhecimento dos<br />

efeitos terapêuticos <strong>da</strong> gordura animal, sangue, medula óssea, miu<strong>de</strong>zas, no tratamento<br />

<strong>de</strong> doenças.<br />

Numa fase mais avança<strong>da</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> primitiva, entra-se na I<strong>da</strong><strong>de</strong> do bronze, on<strong>de</strong>,<br />

para além <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a panóplia <strong>de</strong> instrumentos metálicos, o homem foi conhecendo, do<br />

mesmo modo, qual o efeito dos elementos minerais sobre a sua saú<strong>de</strong>.<br />

Através do exposto, po<strong>de</strong>mos concluir que o <strong>de</strong>scobrimento <strong>de</strong> substâncias medicinais<br />

levou um tempo histórico consi<strong>de</strong>rável, consubstanciado numa len<strong>da</strong> referi<strong>da</strong> no “Livro<br />

do Príncipe <strong>de</strong> HuáiNán 淮南子(Huái Nán Zǐ)” 74 , (talvez escrito há cerca <strong>de</strong> 2000<br />

anos), cuja interpretação representa o conjunto dos Chineses <strong>da</strong> Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, que pela<br />

sua longa prática, fizeram nascer a medicina e a farmacopeia chinesas: "Shen Nong<br />

[… 75 ]bebeu alguma centena <strong>de</strong> ervas e as águas <strong>de</strong> numerosas fontes para ensinar às<br />

pessoas o que era comestível e o que não era. Durante as suas investigações, chegava a<br />

ingerir 70 plantas tóxicas num único dia". 76<br />

Origem <strong>de</strong> tratamentos externos, acupunctura e moxibustão<br />

Na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> primitiva, as pessoas não podiam proteger-se convenientemente contra<br />

animais selvagens, a fome e as doenças. A esperança <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do homem primitivo era<br />

muito baixa <strong>de</strong>vido a numerosas doenças, e a taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> ser extremamente<br />

71 Weikang, Fu – Abrege <strong>de</strong> la Me<strong>de</strong>cine et <strong>de</strong> la Pharmacologie chinoises. Editions en Langues étragères.<br />

Beijing. 1989, p.65<br />

72 I<strong>de</strong>ograma [1768] do Dictionaire Français <strong>de</strong> la Langue Chinoise. Institut Ricci – Kuangchi Press,<br />

1999, p.339<br />

73 No Oci<strong>de</strong>nte a expressão “aqui há tudo como na botica (farmácia)” não parece estar muito longe <strong>da</strong><br />

mesma i<strong>de</strong>ia…<br />

74 “[…] compilação filosófica <strong>de</strong> tendência taoísta e sincrética composta sob a direcção <strong>de</strong> Liú Ǎn,<br />

Prícipe <strong>de</strong> Huái-nán (morto em 122 A..C.)” - I<strong>de</strong>ograma [2187] do Dictionaire Français <strong>de</strong> la Langue<br />

Chinoise. Institut Ricci – Kuangchi Press, 1999, p.418<br />

75 Provavelmente o já referido e lendário “divino trabalhador”.<br />

76 Weikang, Fu – Abrege <strong>de</strong> la Me<strong>de</strong>cine et <strong>de</strong> la Pharmacologie chinoises. Editions en Langues<br />

étragères. Beijing. 1989, p.7<br />

21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!