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Miolo Bioma _CS3.indd - Instituto Paulo Freire

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40<br />

Histórias de Aprender-e-ensinar para mudar o mundo<br />

2) Biomimicry (Biomimetismo): buscar inspiração nos organismos vivos e nos processos naturais;<br />

3) Service and Flow (economia de serviços e fl uxo): onde empresas deixam de vender<br />

produtos que logo se deterioram e passam a fabricar para si próprias e alugar para<br />

usuários fi nais. Se a empresa produzir um produto, por exemplo, uma geladeira, que<br />

quebre facilmente, estará “dando um tiro no próprio pé”. A empresa não poderia<br />

vender a geladeira, somente alugá-la;<br />

4) Investing in natural capital (Investir em capital natural): adotar uma abordagem que<br />

transcende a mera sustentabilidade e tenta ser restauradora.<br />

Há métodos antigos que podem ser úteis, como a prática de certifi cação de conformidade com<br />

normas de gestão ambiental e tecnologias promissoras sendo desenvolvidas ou aperfeiçoadas nas<br />

mais variadas indústrias, em especial na de geração de energia e no setor de transporte. Trens<br />

magnéticos, veículos híbridos que funcionam a combustível fóssil e eletricidade consomem menos e<br />

se enquadram na estratégia 1. Biocombustível-elétricos, veículos à célula de combustível (pilha de<br />

hidrogênio), geração eólica, fotovoltaicas etc., são iniciativas sustentáveis ou quase sustentáveis.<br />

Novos materiais e soluções biomiméticas trazem grandes oportunidades e esperanças, mesmo que<br />

o uso intensivo de tecnologia contradiga, em certo sentido, o pensamento de Einstein, que afi rmava<br />

ser impossível resolver um problema usando-se o mesmo sistema de referências que o criou.<br />

Se, por um lado, é verdade que a consciência a respeito dos graves problemas ambientais e<br />

sociais que vivemos cresce a cada dia, por outro a distância entre o que deve ser feito e o que<br />

efetivamente tem sido feito tem aumentado muito.<br />

Há muito ainda por fazer. Carece especular. Carece educar. Dada a premência dos fatos,<br />

talvez, em especial, talvez, talvez careça educar primeiro nossa classe política, nossa classe<br />

empresarial e nossos dirigentes.<br />

Ao refl etir sobre o tema da sustentabilidade me ocorre que talvez já tenhamos passado do “ponto<br />

de não-retorno”. Ratos, baratas e seres humanos são espécies bastante adaptáveis e, talvez, a nossa<br />

também possa escapar da extinção. De qualquer forma, o que não tem solução, resolvido está.<br />

Dagoberto Lorenzetti é doutor em Administração pela Faculdade de Economia, Administração<br />

e Contabilidade da Universidade de São <strong>Paulo</strong> – FEA/USP, mestre pela The Johns Hopkins<br />

University, pós-graduado em Engenharia Nuclear pelo convênio da Escola Politécnica da USP –<br />

<strong>Instituto</strong> de Estudos Avançados – EPUSP-IEA, pós-graduado em Análise de Sistemas pela Fundação<br />

Armando Álvares Penteado – FAAP e engenheiro pelo <strong>Instituto</strong> Tecnológico de Aeronáutica – ITA.<br />

É professor do POI (departamento de produção, operações em serviços e logística) da Escola de<br />

Administração de Empresas de São <strong>Paulo</strong>/Fundação Getúlio Vargas – EAESP/FGV.

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