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Miolo Bioma _CS3.indd - Instituto Paulo Freire

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Parte 4 – Caderno de Atividades<br />

Outra foi mostrar que, ao se trabalhar por projetos, o professor exerce o papel de mediador,<br />

de intercessor das interações. Sua função maior é ser facilitador, o “despertador”, “o provocador<br />

da coceira da curiosidade” que resulta em querer pesquisar; o professor deve ser “ajudante”<br />

no resgate da cultura local, “aliciador” ao unir saberes, e “cúmplice” em viver a educação de<br />

forma humana e planetária.<br />

Unir a prática do PJCAN, nos currículos e cronogramas das escolas num ano letivo já iniciado (2006)<br />

e mostrar que os princípios da Carta da Terra não são modismos temporais, mas sim uma ferramenta<br />

pedagógica, foi outra pedra a ser transposta. As escolas não conheciam a Carta da Terra.<br />

Para começarmos as ações e aproximações, tomamos por base no início dos trabalhos fazer análises<br />

refl exivas e caracterizações das escolas, questionários sobre infra-estrutura e dinâmica das escolas,<br />

questionários para professores, e as análises dos PCNs realizadas pelos estagiários em cada escola.<br />

Sabíamos que os conteúdos das disciplinas deveriam ser trabalhados de forma conceitual,<br />

atitudinal e procedimental. Partimos do pressuposto que a grande maioria dos professores<br />

dominava a forma de ministrar seus conteúdos conceitualmente.<br />

Por que não se constatavam mudanças e busca por soluções diante das situações nas localidades<br />

que se agravava a cada dia? “Repetência, violência, desânimo, descrédito, abandono, falta de<br />

respeito mútuo, desinteresse, e desequilíbrio. O que era preciso ser repensado? Refl etido e<br />

colocado em prática?”. Uma pedreira inteira: afi nal como se ensina a mudar? Basta querer<br />

ensinar? Como é possível colocar as idéias a funcionarem, como é possível romper paradigmas<br />

de prática da educação formal tão arraigados decorrentes das formações que cada um de nós<br />

professores temos nas universidades? Qual é o Projeto Político Pedagógico – PPP dessa escola?<br />

Tem a “cara da escola?” Como construí-lo, reconstruí-lo de forma legitima? Como inserir o<br />

PJCAN no PPP da escola?<br />

Pegamos todas a pedras do caminho e fi zemos um caminho. Construir.<br />

A aplicação das atividades nas escolas e comunidades<br />

A cada encontro mensal, discutiam-se de um a dois princípios da Carta da Terra para Crianças,<br />

adaptação feita pelo <strong>Instituto</strong> Naia para o público infantil, ferramenta utilizada como geradora<br />

para se começar a discutir as relações e práticas da construção do aprendizado nas escolas.<br />

Vale lembrar que todos os princípios da Carta da Terra, seja ela a para “adultos” (original)<br />

ou para crianças (adaptada), estão interligados, não é mandatório ater-se à “ordem que são<br />

apresentados” (seqüência numérica). Pode-se trabalhar alternadamente, de acordo com a<br />

situação vivida no momento é possível trabalhar em conjunto com outro princípio, aliar e<br />

otimizar o conteúdo de toda e qualquer disciplina, de qualquer tema ou eixo transversal, basta<br />

para isso ter visão sistêmica, integrativa e criativa na sua utilização.<br />

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