Miolo Bioma _CS3.indd - Instituto Paulo Freire
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Recursos<br />
12 Títulos de atividades, encontradas adiante.<br />
Parte 4 – Caderno de Atividades<br />
Cada atividade foi construída de acordo com os recursos disponíveis na localidade, nas<br />
escolas, e com os ativos que muitas vezes, muito embora disponíveis, eram difíceis de ser<br />
enxergados: reuso de materiais, reciclagem de outros, redução do uso de bens naturais como a<br />
água. Uso parcimonioso e compartilhado de outros recursos.<br />
Idéias eram trazidas pelos estagiários. É para aprender brincando, fantasiam-se de palhaços<br />
e se ensina brincando. É para tratar de desperdício, vamos fazer um fi lme que fale disso. É para<br />
abordar a situação do bairro, vamos trazer os moradores mais antigos para que nos contem a<br />
história de como esse bairro começou e como chegou até aqui. A questão era atitude, sujeira na<br />
escola, falta de cidadania, falta de lazer para todos do bairro, constroem-se parques ecológicos.<br />
É para reaproveitar, vamos utilizar jornal e confeccionar caixas e mesas, e que possam servir de<br />
fonte de renda para muitos pais. A cada problema levantado, estudo e apresentação de idéias<br />
criativas: ervas medicinais, pomares, núcleos de reestruturação familiar, hortas.<br />
Toda situação em que se enxergava a possibilidade de aprendizagem e vivência, cada um dos<br />
alunos e seus professores tiveram a oportunidade de refl etir e repensar valores e atitudes, fazer<br />
refl exões e praticar novas ações.<br />
Foi assim que começamos a falar de tudo, a falar da relação de cada um com o espaço onde<br />
morava, com a escola onde estudava, com os professores e coordenadores, com o mundo,<br />
Foi o início da apropriação e do sentimento de pertencimento, de fazer parte do lugar onde<br />
se vive, de entender os porquês, e de começar a se discutir o que queríamos e poderia ser<br />
transformado, juntos. Foi reatar a capacidade e o direito de sonhar; a possibilidade de colocar em<br />
prática alguns dos sonhos de experimentar que somos capazes de realizar, através da Árvore dos<br />
Sonhos, e também de desabafar cada um dos descontentamentos no Muro das Lamentações 12 .<br />
A cada um dos princípios da Carta da Terra abordado e a cada atividade realizada eram descortinados<br />
um mundo de outras novas possibilidades, de trabalhos e de novas atividades sobre todos os conteúdos,<br />
sempre um desafi o novo de mostrar que trabalhar assim era possível. Inter, multi e transdisciplinaridade.<br />
Era como se jogar pedras num lago: círculos e mais círculos se abrindo sem fi m.<br />
A cada dia as descobertas vêm acompanhadas de um leque de novos questionamentos; podese<br />
discutir o todo e o tudo que acontece diariamente nas nossas vidas e no lugar onde vivemos<br />
e com as pessoas que nos cercam.<br />
Isso acontece tão naturalmente que muitas vezes não é preciso papel e lápis, giz e saliva,<br />
fi lmes e livros complexos ou outros recursos tecnológicos sofi sticados; é preciso ouvir e observar<br />
e estar pronto a participar e a agir.<br />
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