Miolo Bioma _CS3.indd - Instituto Paulo Freire
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Histórias de Aprender-e-ensinar para mudar o mundo<br />
O resultado dessas atividades é fruto da construção dos estagiários e de todos os educadores (aqui<br />
incluídos absolutamente todos que fazem parte do quadro de funcionários e voluntários) das escolas<br />
envolvidas no PJCAN, as da região do Pontal do Paranapanema e as da cidade de Sumaré.<br />
As atividades são parte do resultado do PJCAN, outras partes sabemos que serão agregadas<br />
pela concretização do projeto escrito e implantado por cada uma das escolas envolvidas, como<br />
“lição de casa, comprometimento e engajamento na ação”.<br />
O processo de construção dessas atividades é legítimo e merece ser comentado para que se<br />
possa ter uma idéia do modo que foi percorrido.<br />
Precisa e deve ser melhorado, recriado, acrescido e multiplicado, assim é viver a Carta da<br />
Terra – um mais um nunca é igual a dois, é sempre igual a muitos, principalmente quando se<br />
pensa em crianças e jovens que ainda não podem caminhar sozinhos e que dependem das nossas<br />
atitudes e ações para lhes indicar a direção, tornar o trajeto menos duro, e construir pontes,<br />
para que se possa fazer travessias e escolhas ao longo da vida.<br />
Era preciso repensar a escola, pô-la em causa. A que existia não funcionava - os professores<br />
precisavam mais de interrogações do que de certezas. Concluímos que só pode haver um<br />
projecto quando todos se conhecem entre si e se reconhecem em objectivos comuns.<br />
Apercebemo-nos que um dos maiores óbices ao desenvolvimento de projectos educativos<br />
consistia na prática de uma monodocência redutora que remetia os professores para o<br />
isolamento de espaços e tempos justapostos, entregues a si próprios e à crença numa<br />
especialização generalista. Percebemos que se há alunos com difi culdades de aprendizagem,<br />
também os professores têm difi culdades de ensino. Obrigar cada um a ser um outro-igual-a<br />
todos é negar a possibilidade de existir como pessoa livre e consciente [...] 9<br />
O processo de construção e integração das atividades à rotina das escolas<br />
No meio do caminho tinha uma pedra<br />
tinha uma pedra no meio do caminho<br />
tinha uma pedra<br />
no meio do caminho tinha uma pedra.<br />
Carlos Drummond de Andrade<br />
Uma das primeiras “pedras” a ser vencida foi fazer entender a professores e coordenadores<br />
que trabalhar por projetos não é “arrumar mais serviço para eles” – e, para assegurar nosso<br />
propósito, a cada escola disponibilizamos um estagiário. 10<br />
9 Escola da Ponte. Disponível em: http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/html2/portug/historia/historia.htm. Acesso em: 15/06/07.<br />
10 Estimou-se uma demanda de um estagiário para cada 300 crianças.