07.07.2013 Views

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Relatório <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> us<strong>os</strong> e c<strong>os</strong>tumes <strong>no</strong> P<strong>os</strong>to Administrativo <strong>de</strong> Chinga<br />

PROPRIEDADE E SUA<br />

ORGANIZAÇÃO 24.<br />

Proprieda<strong>de</strong>, entre indígenas, resume-se na machamba e palhotas,<br />

que são pertencentes ao homem. O macua não ven<strong>de</strong> a palhota, nem a<br />

aluga, ig<strong>no</strong>rando mesmo o que isso seja; <strong>sobre</strong> machamba, c<strong>os</strong>tumam<br />

ven<strong>de</strong>r apenas a que contém mandioca. O indígena, em quase toda a<br />

parte, só queima a pa lhota quando nela tenha morrido alguém por doença,<br />

que eles conheçam como contagi<strong>os</strong>a. Indígenas há que, por malva<strong>de</strong>z,<br />

queimam a sua palhota ou doutro, mas, neste caso excepcional,<br />

dá-se o crime punido e previsto pelo Código Penal.<br />

As machambas são divididas por uma «picada», ou seja, por um caminho<br />

<strong>de</strong> pé p<strong>os</strong>to, on<strong>de</strong> não haja ri<strong>os</strong>, ou qualquer aci<strong>de</strong>nte do terre<strong>no</strong>.<br />

O direito à proprieda<strong>de</strong> prescreve ao fim <strong>de</strong> um a<strong>no</strong> <strong>de</strong> ausência do<br />

proprietário, quando se <strong>de</strong>sconheça o seu para<strong>de</strong>iro.<br />

O homem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a proprieda<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada só uma, po<strong>de</strong><br />

aliená -la sem licença da mulher ou da autorida<strong>de</strong> indígena. Eu não concordo<br />

com esta teoria, visto que a mulher foi obrigada a trabalhar, por<br />

seu marido. Garanto mesmo que ela não trabalhava nem trabalha se o<br />

marido lhe não dar or<strong>de</strong>m ou mesmo a obrigar.<br />

2008 E-BOOK CEAUP<br />

107

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!