07.07.2013 Views

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

relatório sobre os usos e costumes no posto administrativo de chinga

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

34<br />

Francisco A. Lobo Pimentel<br />

African Lakes Com pany Limited», ainda recomendada pelo Gover<strong>no</strong> Português.<br />

Esta Com panhia, ainda em 1907, a<strong>no</strong> em que eu fui para Tete,<br />

tinha nesta vila uma importante sucursal e quando estive <strong>no</strong> Niassa,<br />

havia outra em Porto Amélia. A sua se<strong>de</strong> ainda hoje é em Blantyre.<br />

1882 — Em 7 <strong>de</strong> Outubro, ratificam<strong>os</strong> o tratado com a República da<br />

África Meridional, já sob a tutela da Inglaterra.<br />

1886 — A 30 <strong>de</strong> Dezembro, ficou estabelecido por um pacto com a Alemanha,<br />

que este império reconhecia-n<strong>os</strong> o direito <strong>de</strong> exercerm<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa<br />

influência civilizadora e soberana, nas regiões situadas entre Angola e Moçam<br />

bique, sem prejuízo d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> adquirid<strong>os</strong> por outras potências. Foi<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste pacto que nós organizam<strong>os</strong> o «mapa cor-<strong>de</strong>-r<strong>os</strong>a», por ser<br />

esta a cor da faixa que ligava Angola a Moçambique, e que tant<strong>os</strong> <strong>de</strong>sg<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

e perturbações produziu <strong>no</strong> País e foi a origem da <strong>de</strong>sventurada revolta<br />

<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1891, nunca esquecida. No a<strong>no</strong> seguinte<br />

1887 — A 27 <strong>de</strong> Fevereiro, ocupám<strong>os</strong> o Tungue pela força e seguidamente<br />

dominám<strong>os</strong> M’buézi, Kionga e Rovuma. (Kionga, não por muito<br />

tempo). Aparecem acto contínuo <strong>os</strong> ingleses com <strong>os</strong> seus protest<strong>os</strong> disparatad<strong>os</strong>,<br />

mas <strong>de</strong> inveja, alegando que o Tungue estava in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1862, sem reclamação por parte <strong>de</strong> Portugal. No entanto, morria o<br />

sultão e sucedia-lhe seu filho, ficando o Tungue <strong>de</strong>finitivamente colónia<br />

portuguesa. Neste mesmo a<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

1887 — A 13 <strong>de</strong> Ag<strong>os</strong>to, a Inglaterra envia a Portugal um enérgico<br />

memorandum, protestando e dizendo não po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma alguma <strong>de</strong>ixar<br />

passar o «mapa cor-<strong>de</strong>-r<strong>os</strong>a» proveniente do pacto com a Alemanha<br />

<strong>no</strong> a<strong>no</strong> an terior. Era então ministro d<strong>os</strong> Negóci<strong>os</strong> Estrangeir<strong>os</strong>, Barr<strong>os</strong><br />

Gomes. Hou ve explicações e <strong>no</strong>tas diplomáticas <strong>de</strong> parte a parte, mas a<br />

nada se moviam <strong>os</strong>… ingleses. Em<br />

1888 — Os ingleses conseguiram obter do régulo Lobengula a cessão<br />

das suas terras, por meio <strong>de</strong> um «patusco» e irrisório auto. Governava<br />

então <strong>no</strong> Cabo um n<strong>os</strong>so fidagal inimigo, Cecílio João Rho<strong>de</strong>s, que enten<strong>de</strong>u<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o Lobengula ce<strong>de</strong>u as suas terras, a Machona, que era<br />

sua tributária, passava a ser inglesa. Os emigrantes para o Cabo aumentavam.<br />

O Go ver<strong>no</strong> português conce<strong>de</strong> que a já citada Companhia Inglesa<br />

importasse armamento e material <strong>de</strong> guerra pelo n<strong>os</strong>so território indo<br />

as peças <strong>de</strong> artilharia para Karonga. (Estava o Gover<strong>no</strong> a dar a corda.)<br />

E-BOOK CEAUP 2008

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!