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Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

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saúde, uma vez que o desenvolvimento implicava formação de habilidades<br />

mentais e a socialização, funções atribuídas à educação.<br />

Em 1940, o gover<strong>no</strong> federal criou o Departamento Nacional da Criança<br />

(DNCr), <strong>no</strong> âmbito do então Ministério da <strong>Educação</strong> e Saúde Pública<br />

(Mesp). Sua finalidade era coordenar as atividades relacionadas à maternidade,<br />

à infância e à adolescência, em parte coincidente com a função do<br />

Departamento da Criança, de Moncorvo Filho, que funcionara até 1938.<br />

Quando a saúde passou a ser competência de um ministério específico,<br />

separando-se da educação, em 1953, o Departamento Nacional da Criança<br />

ficou <strong>no</strong> Ministério da <strong>Educação</strong> e Cultura (MEC). Em 1970, foi transformado<br />

em Coordenação de Proteção Mater<strong>no</strong>-Infantil e hoje suas atribuições estão<br />

situadas na Coordenação de Saúde Mental.<br />

O desaparecimento do termo “criança” do <strong>no</strong>me desses órgãos não<br />

significou a reinserção das crianças pequenas <strong>no</strong> contexto mais amplo da<br />

integralidade do desenvolvimento <strong>infantil</strong>. A progressiva especialização dos<br />

setores da administração pública, com ministérios, autarquias, institutos,<br />

fundações com competências particularizadas, sublinha a tendência à<br />

independência destes setores <strong>no</strong> planejamento, na formulação e na execução<br />

dos programas. Aqueles voltados para a criança não se isentam dessa tendência,<br />

apesar das diretrizes políticas e técnicas que visam a reforçar o conceito<br />

de integralidade da criança e a garantir ações que promovam o desenvolvimento<br />

harmônico dos diferentes aspectos do sujeito.<br />

É interessante a<strong>no</strong>tar que, em 1952, ainda sob o Mesp, o Departamento<br />

Nacional da Criança publicou um livreto em que pede que as creches tenham<br />

materiais apropriados para a educação das crianças pequenas, cuja lista não<br />

difere muito das que são feitas hoje. Em 1967, lançou o Pla<strong>no</strong> de Assistência<br />

ao Pré-Escolar, para crianças de até 2 a<strong>no</strong>s, incluindo a criação de<br />

escolas maternais e jardins de infância como instituições auxiliares da família<br />

na educação de seus filhos peque<strong>no</strong>s. Observe-se que, neste a<strong>no</strong>, o DNCr já<br />

estava situado <strong>no</strong> Ministério da Saúde. O Pla<strong>no</strong> atribuiu a esses estabelecimentos<br />

o objetivo de promover o desenvolvimento integral harmonioso da<br />

criança, por meio de experiências de vida que favorecessem a formação de<br />

hábitos sadios e estimulassem a capacidade de adaptação progressiva ao<br />

meio social.<br />

Encontra-se, <strong>no</strong>vamente, a preocupação de atendimento integral, articulando<br />

educação e cuidados, que incluem os de saúde, agora <strong>no</strong> âmbito da<br />

política pública de saúde. Até então, o Ministério da <strong>Educação</strong> não se ocupava<br />

da educação <strong>infantil</strong> (ou pré-escolar) e as ações públicas, seguindo a esteira<br />

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