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Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

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a Emenda Constitucional nº 59, reconfigura-se, aproximando a pré-escola<br />

do ensi<strong>no</strong> fundamental e distanciando a creche do que se tem defendido<br />

como direito das crianças. Conflitos dessa ordem foram observados por<br />

Siqueira (<strong>2011</strong>, p. 118), em estudo desenvolvido em determinado município<br />

da Baixada Fluminense, <strong>no</strong> Rio de Janeiro. Tendo entrevistado a coordenadora<br />

do setor na Secretaria Municipal de <strong>Educação</strong>, dela recebeu um cartão<br />

de visita que a identificava como “coordenadora de <strong>Educação</strong> Infantil e<br />

Creche”. Ante tal situação, indaga a autora: creche não é educação <strong>infantil</strong><br />

neste município? Assim, entidades de pesquisa na área educacional, entre<br />

outras, apontam a necessidade de um sistema integrado de organização da<br />

educação, com vistas a alcançar equilíbrio na oferta, evitando o descompasso<br />

da creche e da pré-escola, decorrente tanto da interpretação legal sobre a<br />

concepção da educação <strong>infantil</strong> dos entes federados, que afeta diretamente<br />

a qualidade, quanto dos mais recentes índices de cobertura do atendimento.<br />

O Gráfico 1 abaixo torna evidentes as diferenças de frequência em creches<br />

e pré-escolas.<br />

Vale atentar para o fato de que, segundo os dados da Pnad 44 , em 2009, a<br />

taxa de frequência para a população de até 3 a<strong>no</strong>s foi de 18,4%. Este<br />

percentual é considerado baixo e ainda distante do previsto pelo PNE (2001)<br />

para a faixa etária (30%), permanecendo desiguais as condições de acesso<br />

entre as regiões. A pré-escola, por sua vez, teve parte do público-alvo transferido<br />

para o ensi<strong>no</strong> fundamental, que passou a receber crianças com 6 a<strong>no</strong>s<br />

de idade 45 . A taxa de frequência das crianças de 4 a 6 a<strong>no</strong>s à escola – préescola<br />

ou escola de ensi<strong>no</strong> fundamental –, em 2009, foi de 81,3%. Segundo<br />

os dados do MEC/Inep, em 2010, registram-se 52% de alu<strong>no</strong>s com 6 a<strong>no</strong>s<br />

na educação <strong>infantil</strong>, o que revela que a implantação do ensi<strong>no</strong> fundamental<br />

de 9 a<strong>no</strong>s não está concluída.<br />

44. Fonte: Pnad 2009 – Comunicado Ipea nº 66, 2010.<br />

45. Em alguns municípios, conforme o mês de referência, vão para o ensi<strong>no</strong> fundamental, <strong>no</strong> início do a<strong>no</strong> letivo,<br />

crianças com me<strong>no</strong>s de 6 a<strong>no</strong>s, conforme já pontuado.<br />

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