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Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

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distinta da opção de outros países, de integração de políticas de primeira<br />

infância. O <strong>Brasil</strong> tem várias políticas de primeira infância – sendo as mais<br />

significativas as de educação <strong>infantil</strong>, saúde, assistência social e a de<br />

justiça/proteção 21 . Embora exista, nestas diferentes políticas, uma dimensão<br />

educativa, a educação <strong>infantil</strong> é assumida como dever do Estado e ofertada<br />

em estabelecimentos educacionais públicos e privados. Assim, a opção<br />

brasileira foi a de definir a educação <strong>infantil</strong> como primeira etapa da educação<br />

básica, ou seja, integrá-la ao sistema educacional <strong>no</strong> seu todo, como política<br />

educacional, e não como política integrada de primeira infância.<br />

Nesse sentido, pretende-se abordar aqui as medidas tomadas e suas consequências,<br />

bem como reafirmar o fato de que o campo da educação <strong>infantil</strong><br />

tem tido avanços, na medida em que se encontra regulado, dispõe de recursos<br />

públicos, registra melhorias <strong>no</strong> processo de <strong>no</strong>rmatização, com repercussões<br />

<strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior, <strong>no</strong>s cursos de pedagogia – que definem <strong>no</strong>vas diretrizes<br />

curriculares para atender à formação de professores para a educação <strong>infantil</strong><br />

–, <strong>no</strong> incremento de pesquisas que abrangem a área etc. Além disso, é<br />

possível evidenciar, por um lado, o quanto o ingresso da educação <strong>infantil</strong><br />

<strong>no</strong>s sistemas de ensi<strong>no</strong> traz implicações nas demais etapas, modalidades e<br />

níveis de ensi<strong>no</strong>, <strong>no</strong> sentido de serem conduzidas a repensar concepções,<br />

revendo práticas e adequando posições com base nas <strong>no</strong>vas relações que se<br />

estabelecem na educação. Por outro, não se pode desconsiderar a luta pela<br />

construção da identidade da educação <strong>infantil</strong>, pelo resguardo das especificidades<br />

que lhe são próprias, para não se tornar apenas preparatória para o<br />

ensi<strong>no</strong> fundamental.<br />

1. O papel do município: o caminho trilhado<br />

O formato do sistema educacional brasileiro – um sistema institucional e<br />

descentralizado, <strong>no</strong> qual o Estado se responsabiliza pela educação ofertada<br />

em estabelecimentos próprios, em programas formais –, é uma opção que<br />

gera consequências, como a de não incorporar modalidades não formais ou<br />

alternativas, como fazem alguns outros países. Em outras palavras, há um<br />

21. Exemplos de projetos e programas desenvolvidos na esfera federal que incluem as crianças de 0 a 6 a<strong>no</strong>s:<br />

Ministério da Saúde – Programa Nacional de Aleitamento Mater<strong>no</strong> (Pniam), Programa Nacional de Triagem<br />

Neonatal (PNTN), Programa Nacional de Imunização (PNI), Política Nacional de Alimentação Nutricional;<br />

Assistência Social – Programa de Atenção Integral à Família (Paif), Programa Bolsa Família, Atenção à Criança<br />

de 0 a 6 A<strong>no</strong>s; Ministério da Justiça – Projeto Sentinela (atendimento de crianças e adolescentes vítimas de<br />

violência, abuso e exploração sexual), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET), Programa<br />

Crianças, Centro de Atendimento (SOS).<br />

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