Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco
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A inserção de creches e pré-escolas na educação tem consolidado também<br />
a profissionalização do educador <strong>infantil</strong>. Após a LDB, a função docente,<br />
nesta etapa de ensi<strong>no</strong>, antes exercida por qualquer profissional, passou a ser<br />
de responsabilidade de um professor com formação de nível superior, em<br />
curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos<br />
superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício<br />
do magistério, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. Ser<br />
professor da primeira etapa da educação básica é pertencer a uma categoria<br />
profissional definida, sindicalizada, portanto, com espaço legítimo de<br />
reivindicação.<br />
A LDB equiparou a carreira docente do professor da educação <strong>infantil</strong> à<br />
do professor dos a<strong>no</strong>s iniciais do ensi<strong>no</strong> fundamental. Por isso, passou a ter<br />
direito a um pla<strong>no</strong> de carreira e a todas as conquistas da categoria, como a<br />
inclusão na Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que institui o piso salarial<br />
nacional para professores da educação básica pública. Observa-se que o valor<br />
de R$ 950,00, para uma jornada de 40 horas semanais, estipulado por esta<br />
lei, favorece uma parcela significativa de professores da educação <strong>infantil</strong>.<br />
Conforme o Quadro 2 (Anexo 2), os professores das creches, com formação<br />
em nível superior, tinham uma média salarial de R$ 759,00, para uma<br />
jornada de 30 horas, o que aponta para médias inferiores para os professores<br />
que ainda não têm ensi<strong>no</strong> superior.<br />
Em relação ao nível de escolaridade dos professores de creches e préescolas,<br />
comparando os dados do Censo Escolar de 2000 com os de 2006,<br />
vê-se a diminuição de professores que têm apenas o ensi<strong>no</strong> fundamental: nas<br />
creches, de 22,1%, passaram a representar 5,2% e, nas pré-escolas, de 9,3%<br />
passaram a representar 2,1%. A escolaridade em ensi<strong>no</strong> médio completo, em<br />
2006, atingia 60,8% dos professores das creches e 52,3% dos da pré-escola;<br />
e, quanto ao nível superior, em 2006, 34% dos professores das creches<br />
tinham algum curso superior, ao lado de 45,6% dos das pré-escolas. Os<br />
percentuais expressam o avanço significativo na área, embora ainda fiquem<br />
aquém da meta do PNE de ter “todos os profissionais com formação em<br />
nível médio (modalidade Normal) até 2006 e 70% com formação em nível<br />
superior, até <strong>2011</strong>”.<br />
Em relação à formação de professores, foi principalmente depois da<br />
implantação do primeiro fundo nacional para a educação, o Fundo de<br />
Manutenção e Desenvolvimento do Ensi<strong>no</strong> Fundamental e de Valorização<br />
do Magistério (Fundef), de 1997, que a formação continuada ganhou<br />
maior visibilidade nas redes públicas. A formação em serviço de professores<br />
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