Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco
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(RCNEI) 34 . É um documento em três volumes, disponível <strong>no</strong> site do MEC,<br />
que foi concebido, conforme a carta que o introduz,<br />
para servir de um guia de reflexões de cunho educacional sobre objetivos,<br />
conteúdos e orientações para os profissionais que atuam diretamente com<br />
crianças de zero a seis a<strong>no</strong>s, respeitando seus estilos pedagógicos e a<br />
diversidade cultural brasileira (vol. 1, p. 3).<br />
Em que pese às discussões, este guia de orientações curriculares causou<br />
e ainda causa impacto na área educacional (sua forma de elaboração, suas<br />
concepções etc.), ele traz elementos para se conceber a dimensão curricular e<br />
pedagógica da educação <strong>infantil</strong> e tem servido como ponto de partida para os<br />
municípios elaborarem suas propostas curriculares e as escolas, seus projetos<br />
político-pedagógicos.<br />
Uma das metas do PNE é justamente a elaboração de projetos político-<br />
-pedagógicos, com a participação dos profissionais de ensi<strong>no</strong>. Como o Censo<br />
Escolar não inclui este indicador, não é possível contabilizar o número de<br />
instituições de educação <strong>infantil</strong> que apresentam projeto político-pedagógico.<br />
Este é um dos documentos geralmente exigidos na regulamentação das unidades<br />
de educação <strong>infantil</strong>; portanto, deve existir como documento administrativo<br />
nas escolas regulamentadas.<br />
A integração da educação <strong>infantil</strong> aos sistemas de ensi<strong>no</strong> impulsio<strong>no</strong>u a<br />
elaboração e a revisão das propostas curriculares municipais. Observa-se um<br />
movimento das secretarias municipais de educação na produção de instrumentos<br />
para subsidiar creches e escolas na elaboração dos seus projetos<br />
político-pedagógicos. Questões técnicas também evidenciam os limites e as<br />
possibilidades das esferas locais neste processo, seja pela qualificação da<br />
equipe técnica das secretarias, seja pelas possíveis parcerias com especialistas<br />
e universidades.<br />
Apesar disso, o projeto político-pedagógico de uma escola é muito mais<br />
que uma exigência formal para a sua institucionalização. É a aposta coletiva<br />
de um grupo, um caminho que se registra ao longo do próprio caminhar<br />
coletivo, como instiga Kramer (1996). Nesta perspectiva, a formulação de<br />
propostas e projetos é um trabalho que exige estudos, reflexões, tempo e espaço<br />
de discussão nas unidades escolares, além do fortalecimento do trabalho de<br />
equipe. Há fatores que remetem a dois pontos interrelacionados e ainda<br />
frágeis na consolidação da área: as condições de trabalho dos professores e<br />
sua formação inicial e continuada.<br />
34. BRASIL, 1998d.<br />
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