02.08.2013 Views

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Embora o crescimento da frequência às creches tenha praticamente<br />

dobrado na década 1995-2005 e aumentado de um a<strong>no</strong> para o outro, este<br />

percentual continua aquém das necessidades sociais e das metas do Pla<strong>no</strong><br />

Nacional de <strong>Educação</strong> (PNE) para esta faixa etária – atingir, em 2006, a<br />

cobertura de 30% das crianças. O acesso às creches ainda é desigual entre as<br />

crianças das diferentes regiões do país; entre as da zona urbana e da rural;<br />

entre as brancas e as negras ou as pardas; e entre as de famílias mais pobres e<br />

mais ricas. A maior desigualdade verifica-se quando comparadas as taxas de<br />

frequência das crianças às creches, segundo a renda de suas famílias: 9,7%<br />

das crianças do quinto de renda mais baixo (20% mais pobres) frequentaram<br />

creche, enquanto, <strong>no</strong> quinto de renda mais elevado, essa taxa foi de 29,6%.<br />

A situação do acesso à educação de crianças de 4 e 5 a<strong>no</strong>s é bem melhor,<br />

conforme apontam os dados da Pnad 2006: 67,6% das crianças desta faixa<br />

etária frequentam a pré-escola, percentual que ultrapassa a meta prevista pelo<br />

PNE (cobertura de 60% das crianças de 4 a 6 a<strong>no</strong>s, em 2006). Estes percentuais<br />

anunciam um quadro mais otimista para a educação brasileira, já que,<br />

conforme o Sistema Nacional de Avaliação da <strong>Educação</strong> Básica (Saeb), feito<br />

pelo Inep, há aumento de 32% nas chances de uma criança brasileira concluir<br />

o ensi<strong>no</strong> médio quando tem acesso à educação <strong>infantil</strong> (BRASIL, 2007b,<br />

p. 44). Os estudos têm evidenciado que frequentar a educação <strong>infantil</strong> gera<br />

efeitos positivos ao longo da vida escolar para qualquer criança, embora com<br />

maiores repercussões nas camadas mais pobres da população (CAMPOS,<br />

1997; BRASIL, 2007c).<br />

Em números absolutos, os censos escolares de 2000 e de 2006 revelam<br />

o aumento de mais de 600 mil matrículas na educação <strong>infantil</strong>, sendo<br />

significativamente maior o atendimento em instituições públicas. Nas<br />

creches, é grande a diferença entre as matrículas na rede pública e na privada,<br />

mas esta proporção aumenta, se considerarmos o fato de que há creches<br />

comunitárias – computadas como privadas –, que recebem verbas públicas<br />

de convênios com as prefeituras. Na pré-escola, mais de 70% das matrículas<br />

são da rede pública. Esses dados são apresentados na Tabela 5, a seguir.<br />

60

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!