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Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

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Ainda <strong>no</strong> exercício da função colaborativa, o MEC/Coedi, visando à<br />

operacionalização das <strong>no</strong>vas diretrizes, coorde<strong>no</strong>u a produção de onze textos,<br />

escritos por professores oriundos de diferentes universidades brasileiras, que<br />

versam sobre perspectivas curriculares para creches e pré-escolas. Este<br />

conjunto de publicações, disponíveis <strong>no</strong> site do Ministério 46 , objetiva fornecer<br />

aos sistemas de ensi<strong>no</strong> um suporte teórico que favoreça a ampliação da oferta<br />

de educação <strong>infantil</strong> na perspectiva da integração entre creches e pré-escolas,<br />

de forma a superar tanto o viés assistencial da creche, quanto o caráter<br />

preparatório da pré-escola.<br />

Em relação à avaliação da educação <strong>infantil</strong>, o MEC publicou, também<br />

em 2009, o documento intitulado “Indicadores da qualidade na educação<br />

<strong>infantil</strong>”, que é um instrumento de autoavaliação das instituições, amplamente<br />

discutido <strong>no</strong>s fóruns de educação <strong>infantil</strong> <strong>Brasil</strong> afora. Pré-testado e<br />

reformulado, intenta debater a avaliação de forma participativa e aberta a<br />

toda a comunidade – professores, pais, funcionários – e articulada às questões<br />

institucionais. A proposta é que esta avaliação possa subsidiar práticas<br />

educativas democráticas, que respeitem os direitos fundamentais das crianças.<br />

Dois grandes desafios definem-se <strong>no</strong> uso deste instrumento de avaliação: a) fazer<br />

valer as diferentes vozes da comunidade escolar em sistemas de ensi<strong>no</strong> hierarquizados<br />

e competitivos; b) compreender que os resultados não se prestam à<br />

comparação entre as instituições, pois indicar critérios de qualidade institucional<br />

significa ter consenso de valores e expectativas. Por conseguinte, instituições<br />

mais exigentes e comprometidas tendem a se autoavaliar com maior rigor.<br />

Nos últimos dois a<strong>no</strong>s, tem-se consolidado, <strong>no</strong> âmbito das políticas<br />

educacionais, o Pla<strong>no</strong> de Ações Articuladas dos Municípios (PAR). Trata-se<br />

de um pla<strong>no</strong> de metas elaborado pelos municípios com base em uma avaliação<br />

diagnóstica da realidade educacional local, vinculado ao Pla<strong>no</strong> de Desenvolvimento<br />

da <strong>Educação</strong> Básica (PDE), que tem o objetivo de enfrentar estruturalmente<br />

as desigualdades de oportunidades educacionais na perspectiva de<br />

reduzir desigualdades sociais e regionais. A demanda consolidada neste pla<strong>no</strong><br />

é, hoje, o instrumento do regime de colaboração entre os entes federados.<br />

Nesta via, é fundamental a visibilidade da educação <strong>infantil</strong> na avaliação<br />

diagnóstica, para que, de fato, possa valer a visão sistêmica da educação<br />

básica postulada pelo PDE. Numa rua de muitas vias, conjugam-se a<br />

demanda do PAR, as metas do PDE e a oferta de projetos e programas<br />

do MEC <strong>no</strong> exercício de sua função colaborativa. Como consequência, há<br />

46. BRASIL. Ministério da <strong>Educação</strong>. Secretaria de <strong>Educação</strong> Básica. Portal. Disponível em: .<br />

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