02.08.2013 Views

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

Educação infantil no Brasil; 2011 - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

efere-se a professores, sem incluir os profissionais que são contratados<br />

como auxiliares, berçaristas, recreadores, agentes, monitores, estimuladores,<br />

babás, entre outras designações dadas aos que são de fato professores, para<br />

os quais, porém, para o ingresso em creches e pré-escolas, não se exige<br />

formação. Muitos exercem função docente, especialmente nas creches, mas,<br />

pelo enquadramento funcional, não recebem o piso salarial de professor,<br />

nem se constituem como categoria profissional com poder de reivindicação.<br />

Segundo dados do MEC/Inep, <strong>no</strong> Censo Escolar de 2009, foram registrados<br />

95.630 auxiliares, sendo 13,24% destes sem escolaridade de ensi<strong>no</strong> médio.<br />

O Pro<strong>infantil</strong>, que teve início em 2005 e que, até o final de <strong>2011</strong>, terá<br />

formado mais de 16.000 professores <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio, na modalidade<br />

Normal, ainda não conseguiu vencer a meta de ter todos os professores em<br />

exercício com a formação mínima exigida por lei. Este programa emergencial,<br />

com térmi<strong>no</strong> previsto para <strong>2011</strong>, com <strong>no</strong>va demanda advinda do PAR,<br />

poderá ter mais um <strong>no</strong>vo grupo. Observa-se o surgimento de <strong>no</strong>vas demandas<br />

de formação inicial, porque o desafio reside também nas exigências de<br />

formação para o ingresso na carreira docente. Com a expansão de creches e<br />

pré-escolas, muitos municípios continuam fazendo concursos para professores<br />

e auxiliares sem exigência de formação mínima para o exercício do magistério.<br />

Há um aspecto político-administrativo que se vale da histórica desprofissionalização<br />

do docente atuante junto às crianças pequenas, que entra em<br />

disputa com os <strong>no</strong>vos marcos legais, insistindo em manter a segmentação<br />

entre creches e pré-escolas.<br />

É exatamente pela via da formação e da profissionalização do docente da<br />

educação <strong>infantil</strong> que a integração entre creches e pré-escolas poderá realizar-<br />

-se. A formação de professores tem sido assinalada pelas pesquisas e pelos<br />

documentos oficiais (BRASIL, 2006f, v. 1 e 2) como um dos principais<br />

fatores que afetam a qualidade na educação <strong>infantil</strong>. A formação é um direito<br />

do professor e, com o Decreto nº 6.755/2009, passou a fazer parte da Política<br />

Nacional de Formação de Professores (PNFP), sendo compreendida como<br />

compromisso público de Estado e como política permanente de estímulo à profissionalização<br />

(BRASIL, 2009a). Este decreto concebe os docentes como agentes<br />

formativos de cultura e traz para a responsabilidade de estados, municípios<br />

e do Distrito Federal a formulação de suas políticas locais de formação. O<br />

decreto define a formação de professores com princípios e objetivos de<br />

uma política nacional, perspectiva política que supõe a articulação dos<br />

entes federados em prol da melhor qualificação dos professores. O desafio<br />

desta política, <strong>no</strong> que concerne à educação <strong>infantil</strong>, está justamente na compre-<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!