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Pesquisas FAU 2007/2008 - fauusp

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Nome do pesquisador(a)<br />

Título da pesquisa<br />

Agência<br />

Vigência<br />

Resumo<br />

Lucrécia D’Alessio Ferrara<br />

Espaço e Cultura: estratégias comunicativas e sistemas semióticos<br />

CNPq<br />

2004-<strong>2007</strong><br />

Esta pesquisa desenvolverá a análise do espaço bidimensional, tridimensional do<br />

objeto e tridimensional social e ambiental, considerando suas propriedades culturais. As<br />

análises daquelas traduções do espaço evidenciam como são superadas suas<br />

características enquanto simples suporte e como ele se transforma em espacialidades<br />

que caracterizam diversos processos interativos. Dessa forma, as espacialidades<br />

constituem vetor básico para a caracterização comunicativa de veículos gráficos,<br />

audiovisuais ou digitais, e interfere na emergência de fluxos sociais e culturais que<br />

atingem antigas manifestações da cultura ocidental até as dinâmicas globais e locais que<br />

caracterizaram as últimas décadas do século XX, até nossos dias. Esta pesquisa pretende<br />

desenvolver a análise das transformações do espaço nas suas espacialidades e<br />

conseqüentes mudanças semióticas das suas estratégias comunicativas.<br />

De um modo geral e, algumas vezes não de maneira explícita, as traduções do espaço<br />

em espacialidades e suas conseqüências culturais e comunicativas têm sido estudadas<br />

por diversos autores e, muitas vezes, sob o impacto da compressão tempo/espaço<br />

decorrente das novas tecnologias da informação.<br />

Aquelas tecnologias levaram não só à compressão espaço/tempo que redesenhou o<br />

mapa do mundo, mas, sobretudo, alteraram as bases comunicativas que se manifestam<br />

em estruturas, paradoxalmente, conectadas em rede e fragmentadas no espaço vivido<br />

(Ianni/Ortiz). Ou seja, trata-se de bases comunicativas mundiais que se manifestam a<br />

uma percepção situada: sobrepõem-se o global e o local, o espaço e o tempo, o físico e<br />

o social. Paradoxalmente, o virtual se atualiza nos lugares e entre os lugares e se faz vivo<br />

no corpo das relações que se estabelecem socialmente (Santos, Harvey, Hall, Giddens,<br />

Bauman).<br />

A compressão espaço/tempo coloca novos desafios para a pesquisa que procura definir<br />

paradigmas conceituais que permitam entender, analisar e interpretar como as estruturas<br />

comunicativas mundializadas constroem/destroem/reconstroem a cultura assumida pela<br />

tradição. Como hipótese, esses paradigmas estabelecem que aquelas estruturas exigem<br />

outras estratégias que se representam através uma semiótica dialogante (Bakhtin/<br />

Lotman) que incorpora, na mesma tensão produtiva, sua matriz sintática e seu<br />

interpretante (Peirce, Morin, Prigogine), sua ação e cognição coletivas (Virilio, Levy,<br />

Kerckhove).<br />

Em termos investigativos, é indispensável, de um lado, superar qualquer análise<br />

apocalíptica (Adorno, Horkheimer) da tecnologia e, em nossos dias, da mundialização<br />

que nos levaria a negar, repelir ou subestimar a existência de novas estruturas<br />

comunicativas e, sobretudo, das espacialidades que promovem e expandem as relações<br />

culturais. De outro lado, é indispensável resistir, como fazem Eco e Habermas, a uma<br />

integração sem crítica e enfrentar a complexidade teórica, analítica e, sobretudo,<br />

interpretativa da nova realidade espacial contemporânea.<br />

O objetivo dessa pesquisa é estudar, empírica e teoricamente, a tradução do espaço<br />

quando se transforma em espacialidades mediativas. Essa tradução nasce no<br />

Renascimento e se desenvolve na diagramação da imprensa e da publicidade, na<br />

montagem presente na fotografia, no cinema, na televisão e no audiovisual e no amplo<br />

diálogo cultural que atinge o ciber-espaço. Ainda como hipótese, entende-se que aquela<br />

tradução ocorre nas transformações da relação entre o tempo e o espaço e no modo<br />

como gera outras categorias cognitivas para a comunicação que ultrapassa a simples<br />

relação para comprometer-se com características vinculativas e veiculativas (Sodré).<br />

BOLSA PRODUTIVIDADE<br />

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