Pesquisas FAU 2007/2008 - fauusp
Pesquisas FAU 2007/2008 - fauusp
Pesquisas FAU 2007/2008 - fauusp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Evento<br />
Organizador(a)<br />
Professor convidado<br />
Local<br />
Data<br />
Agências de fomento<br />
Modalidade<br />
Resumo<br />
Culto, destruição e interpretação das obras de arte e das imagens do<br />
Mundo Moderno<br />
Luciano Migliaccio<br />
Prof. Dr. Dario Libero Gamboni – Universidade de Genebra, Suíça<br />
<strong>FAU</strong>-Maranhão<br />
4, 15, 16, 21, 22, 23 de agosto de <strong>2007</strong><br />
FAPESP<br />
Organização de reunião internacional<br />
Os seminários examinaram o tipo de resposta às imagens – incluindo as obras de arte –<br />
desde o final do século XVIII até os dias de hoje – enfocando particularmente as duas<br />
formas extremas de reação: o culto e a destruição, e os problemas de interpretação<br />
relacionados. Eles foram baseados nos textos The Destruction of Art: Iconoclasm and<br />
vandalism since the French Revolution (New Haven, London, 1997) e Potential Images:<br />
Ambiguity and Indeterminacy in Modern Art (London, 2002), de autoria do Dario Libero<br />
Gamboni e nos materiais das suas pesquisas em andamento.<br />
O objetivo dos seminários foi examinar os diferentes significados do culto e da destruição<br />
das imagens no mundo contemporâneo. Outro objetivo foi destacar o papel da ambigüidade<br />
e o seu papel fundamental na comunicação artística atual. Finalmente, foi proposto um novo<br />
esquema teórico, em parte fundamentado na obra póstuma do antropólogo inglês Alfred<br />
Gell, Art and Agency, Oxford, 1998. Tal esquema permitiu colocar formas opostas da<br />
recepção das obras de arte e das imagens, assim como da concepção e produção das<br />
mesmas. Estas questões gerais foram discutidas em relação a casos empíricos, observados<br />
durante o século XIX e especialmente no século XX e XXI, na Europa, nas Américas, e<br />
alhures, sendo discutida a continuidade de práticas mais antigas assim como as rupturas e as<br />
transformações, em termos históricos e antropológicos.<br />
Os seminários tiveram os seguintes tópicos:<br />
1. Arte, Religião e Política desde a Revolução Francesa<br />
O seminário representou a introdução ao conjunto, colocando na perspectiva histórica a<br />
relativa autonomia conquistada pelas artes visuais no mundo moderno, sua posição mutável<br />
dentro do universo mais amplo das imagens, e o impacto destes desdobramentos sobre as<br />
reações tanto positivas como negativas em relação às mesmas.<br />
2. Patrimônio Mundial: escudo e alvo<br />
Eventos recentes, desde a destruição dos Budas de Bamiyan no Afeganistão, àquela do<br />
World Trade Center, demonstraram que o suposto consenso sobre a existência de um<br />
patrimônio artístico universal e a necessidade da sua conservação está longe de ser<br />
universal, e que o rótulo de “patrimônio mundial” em vez de ser um escudo, pode funcionar<br />
como um alvo. Esta situação possui específicas raízes históricas e geopolíticas, mas também<br />
aponta para a ambivalência da condição de “monumento histórico e artístico”.<br />
3. Nossas Senhoras do Metrô e Ornamento Moderno<br />
A aparição da “Virgen del Metro” em Cidade do México em 1997 e o seu culto foram o<br />
ponto de partida para um exame de como a produção de imagens “naturais”, “acidentais”, e<br />
“milagrosas” continue no mundo moderno, incluso dentro do campo da arte e da arquitetura<br />
moderna.<br />
4. Ambigüidade, Abstração e a Participação do Observador<br />
Desde o século XIX e especialmente no final do século XIX, os artistas modernos elevaram<br />
o nível de ambigüidade visual nas suas obras, fazendo com que o espectador, longe de ser<br />
apenas um receptor passivo de objetos já prontos, se transformou em um agente<br />
participante de um evento perceptivo e cognitivo.<br />
5. A Arte como Pesquisa: Percepção, Cognição e Comunicação<br />
É possível ver nos dias de hoje muitas tentativas, especialmente por parte das escolas de<br />
arte, de definir a arte como uma forma de “pesquisa”. Há razões contingentes para esta<br />
tendência, e ela pode contribuir para compreender a natureza e o uso dos desafios os<br />
hábitos cognitivos e perceptivos que alguns artistas realizaram. Foi discutido como exemplo o<br />
caso do artista brasileiro residente em Nova Iorque, Vik Muniz.<br />
AUXÍLIOS À PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS<br />
233