Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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As características da carga mostrada na Figura 3.22 podem ser compreendidas a partir
da análise dos gráficos mostrados na Figura 3.23. Verifica-se que o formato das curvas de
carga da instalação como um todo, é determinado basicamente pela carga do AL - 02, que
atende uma indústria de mineração voltada à extração de cassiterita na região. Assim, a
inflexão verificada no intervalo das 19h00 às 21h00 corresponde ao intervalo em que a
mineradora cessa suas atividades. De maneira oposta, é justamente neste intervalo que
normalmente ocorrem os registros das maiores demandas no alimentador que atende a cidade
e linhas rurais. Enfim, o que se quer mostrar, é que através da Tecnologia PRE é possível o
atendimento de cargas sem restrição. A carga da indústria de extração de cassiterita é
composta basicamente de grandes motores, que são utilizados nos processos de trituração do
material sólido e posteriormente nas plantas de filtragem para obtenção da cassiterita. Ou seja,
a carga é considerável e apresenta grandes variações, sem, contudo comprometer o
desempenho do Sistema PRE. Se ao invés do PRE, continuasse em operação a UTE, mesmo
com ampliação até a mesma potência do PRE, não seria possível atender a demanda da
referida indústria mineradora, pois com as variações de carga os grupos geradores seriam
afetados, situação esta bastante conhecida por parte do corpo técnico da CERON.
Adicionalmente tem sido registrada demanda de carga no Sistema PRE Itapuã até 4.500 kVA,
com fator de potência igual a 0,82 15 .
3.4.5 Medições de Tensão
Na subestação supridora em Samuel existem transformadores de potencial (TP)
instalados no lado de 34,5 kV e, consequentemente, no painel de medição, proteção e controle
tem um voltímetro analógico, de forma que, a leitura de tensão tem sido feita nesse
instrumento, cuja classe de precisão é de 2,0 %. Essa facilidade não existe na subestação
distribuidora, cuja concepção, baseada na simplicidade e baixo custo, não contempla a
instalação de TP’s para medição no lado de 34,5 kV. Assim, a medição na SE distribuidora é
feita no lado de 13,8 kV, também através de voltímetro analógico. Na Tabela 3.7 é
apresentado o resultado de um conjunto de medições feitas na subestação supridora e
distribuidora, visando determinar a queda de tensão nos cabos para-raios sobre as torres e nas
linhas laterais.
15 Essa carga foi registrada no dia 25/07/2007, às 15h00.