Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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cabos para-raios da LT, é um sistema monofásico com retorno metálico, ou seja, o retorno da
corrente pela terra é evitado.
O esquema C requer a energização dos dois cabos para-raios da LT. A partir de um
transformador com neutro aterrado, os cabos para-raios isolados são energizados em Média
Tensão. Na subestação distribuidora, um sistema trifásico é obtido instalando-se dois
transformadores monofásicos, um em cada fase do PRE, sendo os enrolamentos secundários
ligados em delta aberto (conexão V). Dessa forma, é possível suprir uma pequena quantidade
de carga trifásica ( em torno de 10% do total), além de cargas monofásicas. Um transformador
de aterramento conectado ao secundário dos terminais em V, torna possível a obtenção de um
sistema trifásico de baixa tensão a 4 fios, disponível para atender cargas entre fase e neutro.
O esquema D é referido como esquema trifásico, composto por dois cabos para-raios
de uma LT e o caminho pela terra. Esse sistema trifásico, que consiste no PRE no esquema
trifásico, é naturalmente desbalanceado, de forma que, na concepção proposta em Iliceto et
al. (1989), para torná-lo um sistema trifásico simétrico é necessário fazer uma simples
compensação, introduzindo um resistor e um reator em série com o caminho pelo solo
(circuito R-L) e capacitores conectados entre os dois cabos para-raios (C ww ) e entre cada um
deles e o solo (Cw 10 , C w20 ), como mostrado na Figura 2.2D. Esses capacitores desempenham
três funções: correção do fator de potência, prevenção de ferroressonância e balanceamento
do circuito.
As questões relacionadas ao desbalanceamento das impedâncias das fases do PRE, têm
sido amplamente estudadas por Iliceto, Gatta e Cinieri (1994). Segundo eles, o acoplamento
eletrostático entre os cabos para-raios e os condutores fase da LT pode ser desconsiderado em
uma primeira aproximação, porque as correntes induzidas nos cabos para-raios com extensão
até 100 km, são muito pequenas para linhas na faixa de 161-230 kV, operando na frequência
de 50-60 Hz. Da mesma forma, o acoplamento eletromagnético pode ser desconsiderado se
uma completa transposição dos condutores da LT for feita entre a subestação supridora e o
transformador da subestação distribuidora.
Essa linha não convencional é energizada por tensão trifásica simétrica através de um
transformador de isolação, que é interposto entre o transformador principal de uma subestação
fonte e a referida linha, sendo uma das fases do transformador direcionada para a conexão ao