Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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237 Tabela 5.22 - Estimativa do número médio de vezes em que as tensões induzidas na linha PRE Itapuã ultrapassam o valor da CFO. NIDI Anuais NIDI Totais Sem OPGW Com OPGW Rt = 10 Ω Rt = 18 Ω Rt = 32 Ω Sem OPGW (8,28 anos) Com OPGW (2 anos) Rt = 10 Ω Rt = 18 Ω Rt = 32 Ω 61 ( 87 ) 37 ( 53 ) 33 ( 47 ) 25 ( 36 ) 505 74 66 50 No universo dos valores de resistência de terra medidos ao longo da LT SMAQ, a maior parte está concentrada entre 10 Ω e 20 Ω. Em apenas cerca de 10 % dos casos o valor de 32 Ω é excedido. Assim, considerando que a variação da resistência de terra na faixa considerada não provoca diferenças significativas entre as estimativas do número total de vezes em que as tensões induzidas ultrapassam o valor da CFO, adotou-se o valor correspondente à resistência de terra de 18 Ω como o mais representativo para a LT SMAQ (trecho entre a UHE Samuel e Itapuã). Isso significa, de acordo com a metodologia adotada e o período de 10,28 anos considerado, que em 571 ocasiões (505 + 66) as tensões induzidas por descargas atmosféricas indiretas atingiram valores superiores à CFO da linha PRE. No que diz respeito à linha PRE Jaru, vale salientar que a mesma não operou com o cabo OPGW, ou seja, no período em que o Sistema PRE Jaru esteve em operação, a LT AQJR não tinha nenhum condutor aterrado. Consequentemente o desempenho da linha PRE frente a descargas indiretas praticamente independe dos valores de resistência de terra dos contrapesos das torres. Assim, o número médio anual de vezes em que as tensões induzidas na linha PRE Jaru ultrapassaram a CFO são os seguintes: NIDI nos trechos com torres de altura igual a 33 m: 36 interrupções/ano; NIDI nos trechos com torres de altura igual a 30 m: 28 interrupções/ano; NIDI da linha PRE Jaru: 64 interrupções/ano, ou 76 interrupções/100km/ano. Comparativamente, o NIDI do PRE Jaru, na base de 100 km de linha, é menor que o apresentado pelo PRE Itapuã, sem o cabo OPGW, com NIDI = 87 interrupções/100km/ano. Essa diferença, favorável ao PRE Jaru, está relacionada ao efeito da ionização do solo e à
238 menor altura das torres da LT AQJR, que contém a linha PRE Jaru, pois metade das torres foi considerada nos cálculos como tendo altura igual a 30 m. Esses resultados indicam um total de 64 possíveis interrupções/ano estimadas de acordo com a metodologia adotada. Multiplicando-se esse valor pelo período em que o Sistema PRE Jaru esteve em operação, igual a 4,875 anos, obtém-se um total de 312 interrupções atribuídas às tensões induzidas por descargas atmosféricas próximas à linha. Finalmente, a estimativa total do número de vezes em que as tensões induzidas nas linhas PRE Itapuã e Jaru ultrapassaram o valor da CFO e, consequentemente, provocaram interrupções no Sistema PRE Rondônia, está resumida na Tabela 5.23. Tabela 5.23 - Estimativa do número total de interrupções no Sistema PRE de Rondônia, causadas por LT SMAQ Linha PRE Itapuã NIDI (período de 10,28 anos) descargas indiretas LT AQJR Linha PRE Jaru NIDI (período de 4,875 anos) NIDI Total 571 312 883 Na Subseção seguinte é feita a análise global dos efeitos das descargas atmosféricas sobre o Sistema PRE. 5.5.8 Efeitos das Descargas Diretas e Indiretas sobre o PRE A estimativa total do número médio de interrupções provocadas por descargas atmosféricas diretas e próximas à LT SMAQ e LTAQJR, nos trechos com cabos para-raios isolados e energizados, foi realizada a partir dos procedimentos metodológicos detalhados nas subseções anteriores. Todavia, cumpre esclarecer, que em ambos os casos considerou-se a trajetória vertical da corrente prospectiva de descarga, terreno plano, aberto e sem objetos altos nas proximidades e densidade de descargas atmosféricas na região considerada (Ng) igual a 10 descargas/km 2 /ano.
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ANEXO METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DE
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