Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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Além das semelhanças de comportamento, comentado anteriormente, qual é o grau de
correlação entre o número de interrupções verificadas, NIV e os demais dados ambientais da
região relacionados às descargas atmosféricas? Essa questão é analisada adotando-se como
critério a correlação linear simples (baseada na equação da reta), envolvendo duas variáveis.
Neste caso, a variável dependente, ou predita, é o NIV, representada pela letra Y, e a variável
independente, ou preditora, relacionada ao número de descargas atmosféricas detectadas pela
rede BLDN, índices ceráunicos registradas pela estação de superfície de Porto Velho, é
representada pela variável X. Também são consideradas nas análises de correlação, como
variáveis independentes, as precipitações verificadas na região.
A propósito, o coeficiente de correlação, designado aqui de R, mede o grau de
relacionamento entre as variáveis dependente e independente em função do tipo de equação
adotada. A interpretação dos valores de R, que pode variar entre -1 e +1, é feita de acordo
com a caracterização sugerida por Moreira (1998), que classifica, em termos absolutos, como
muito baixa a correlação entre 0 e 0,2. Entre 0,2 e 0,4, e de 0,4 a 0,6, a correlação é tida como
baixa e média respectivamente. Valores de R nos intervalos de 0,6 a 0,8 e entre 0,8 e 1,0 são
indicados como correlação alta e muito alta, respectivamente. Também é utilizado nas
análises o índice de determinação, equivalente ao quadrado de R e, portanto, representado por
R 2 . Este índice é interpretado como sendo a proporção da variação do NIV explicada pelas
variações na variável preditora.
Feito os devidos esclarecimentos, as correlações mencionadas em seguida dizem
respeito ao PRE Itapuã, a menos do especificado diferente. Assim, ao se correlacionar o NIV
total deste sistema PRE com o número total de descargas atmosféricas nuvem-solo sobre o
Estado de Rondônia, registradas pela rede BLDN no período de 2000 a 2004
(ALBRECHT, 2008), foram obtidos elevados coeficientes de correlação para os dados
agrupados anualmente ou totalizados por mês. O melhor resultado foi obtido relacionando-se
os valores anuais, resultando em um coeficiente de correlação linear R = +0,943 e respectivo
índice de determinação R 2 = 0,889, indicando com isto, que aproximadamente 90 % do
número de interrupções verificadas são explicados pelas descargas atmosféricas registradas no
referido período.
A partir dos dados referentes aos dias e horas de trovoadas ano, registradas pela Base
Aérea de Porto Velho, foram feitas correlações com os dados disponíveis para os anos de