Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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intra-nuvem e nuvem-solo, Faria utilizou como critério a exclusão dos dados de descargas
nuvem-solo positivos com intensidade de corrente menor que 15 kA. 19
Utilizando dados da mesma rede, porém cobrindo um período de 5 anos, ou seja, de
2000 a 2004, Albrecht (2008) observou que a atividade elétrica das tempestades no Estado de
Rondônia aumenta consideravelmente entre os meses de setembro e novembro, onde a média
do número total de descargas atmosféricas nuvem-solo, passa de 1,8 x 10 4 em agosto,
para 7,4 x 10 4 em setembro e 1,5 x 10 5 em outubro. Para evitar contaminação dos dados por
descargas intra-nuvem, a intensidade mínima do pico de corrente usada foi de 10 kA. O
comportamento das descargas atmosféricas, em cada mês, no período de 2000 a 2004, é
mostrado na Figura 5.59.
Figura 5.59 Distribuição mensal do número total de descargas atmosféricas (DA) no Estado de Rondônia.
A linha vermelha indica a média mensal de todos os anos
Fonte: (ALBRECHT, 2008, p.36)
Sobre a distribuição horária das descargas atmosféricas, Faria (2002) constatou que a
máxima atividade de descargas atmosféricas nuvem-solo na região de Rondônia é entre as
15h00 e 17h00. Na análise feita por Albrecht (2008) sobre 5.329 nuvens observadas no
período de 16 de setembro a 07 de novembro de 2002, constatou-se que apenas 1.140
apresentaram atividades de descargas elétricas nuvem-solo, com alta atividade entre 12h00 e
21h00. No período de 16 de setembro a 4 de outubro, caracterizado no estudo de Albrecht
como período seco, também foi observado alta atividade de descargas nuvem-solo entre
00h00 e 05h00.
19 Segundo Faria (2002), todos as descargas atmosféricas nuvem-solo negativos detectados pelo sistema foram
considerados, independente da intensidade de corrente, pelo fato desse tipo de ocorrência não apresentar
contaminação pelas descargas intra-nuvem.