Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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45 Ainda no contexto histórico da implantação da Tecnologia PRE em Rondônia, à mesma época, a ELETRONORTE buscou também fazer convênio com a TELERON, a empresa de telecomunicação estadual, visando criar a integração dos sistemas de transmissão, distribuição e telecomunicação; entretanto, essas tratativas não lograram êxito. Vale ressaltar que os aspectos técnicos relacionados à possibilidade de utilização de cabo OPGW, seja individualmente, ou como uma das fases do PRE, foram abordados por D’Ajuz e Martinez (1993). Segundo eles, existem duas alternativas para adequação dos Sistemas PRE e OPGW, quais sejam: utilização de um terceiro cabo na estrutura e utilização de um cabo para-raios com fibra óptica energizado (OPGW energizado), cuja solução tecnológica para conexões foi desenvolvida por Araujo (2001). A partir de 2006 a ELETRONORTE adotou a primeira alternativa, ou seja, nos trechos com cabos para-raios isolados e energizados, como é o caso do trecho entre a UHE Samuel e Itapuã do Oeste, cujo Sistema PRE está em operação, foi adicionado o cabo OPGW, aterrado em todas as estruturas, exceto na torre de derivação do PRE. Nos outros trechos com cabos para-raios isolados, porém não energizados, e nas demais torres multiaterradas, um cabo pararaios foi substituído pelo cabo OPGW. 2.5.2 Isolação dos Cabos Para-Raios na Torre 230 kV A energização impõe a necessidade de isolar os cabos para-raios das torres. Assim, se na fase de projeto for prevista a utilização da Tecnologia PRE, as torres já devem ser preparadas para essa finalidade. Entretanto, no caso de Rondônia, quando se tomou a decisão de utilizar a referida alternativa tecnológica, as torres metálicas já tinham sido fabricadas. Desse modo, elas tiveram que sofrer modificações para atender aos critérios de isolamento, distâncias mínimas de manutenção e coordenação de isolamento para 34,5 kV fase-terra. Nesse sentido, D’Ajuz et al. (1999) informam que para garantir a funcionalidade dos cabos para-raios na dupla função de proteção da LT e como condutor de energia elétrica, os seguintes aspectos técnicos foram levados em consideração: distâncias mínimas entre fase e terra; distâncias mínimas para manutenção em linha viva; ângulo de blindagem; balanço assíncrono;
46 desempenho da LT para surtos atmosféricos. Por fim, os detalhes de projeto para modificação da cabeça da torre são mostrados nas Figuras 2.10 e 2.11 apresentadas a seguir. Figura 2.10 Parâmetros para modificação na cabeça das torres Fonte: D’Ajuz et al. (1999) Figura 2.11 Suportes para instalação dos cabos para-raios em torres sem e com cabos para-raios energizados ( a ) Suporte para instalação do cabo para-raios aterrado na torre; ( b ) Suporte para instalação do cabo para-raios isolado da torre Fonte: D’Ajuz et al. (1999)
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