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Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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(FEC), tempo médio de restabelecimento (TMR), taxa de falhas (TF) e confiabili<strong>da</strong>de por<br />

consumidor (Cpc), mostraram que, de fato, as descargas atmosféricas foram as principais<br />

causadoras <strong>da</strong>s interrupções, respondendo por cerca de 72% de to<strong>da</strong>s as saí<strong>da</strong>s de operação<br />

atribuí<strong>da</strong>s ao desempenho do PRE Jaru. Essa constatação, embora fosse espera<strong>da</strong>, remete à<br />

necessi<strong>da</strong>de de continuar a análise de viabili<strong>da</strong>de visando conhecer como as descargas<br />

atmosféricas atuam e impactam o Sistema PRE de Rondônia.<br />

Sabe-se que o desempenho <strong>da</strong>s linhas de transmissão e redes de distribuição urbana e<br />

rural estão sujeitas às intempéries ambientais, entre as quais as descargas atmosféricas que<br />

provocam surtos de tensão, podendo levar o sistema a falhar. Em relação às descargas<br />

atmosféricas indiretas, considera<strong>da</strong>s nesta tese como aquelas descargas que ocorrem próximas<br />

às instalações, elas são responsáveis pela indução de tensões, cujas amplitudes são bem<br />

inferiores em relação aos surtos de tensão por descargas diretas. No entanto, embora tais<br />

transitórios não representem risco para as linhas de transmissão, eles podem exceder a tensão<br />

de descarga disruptiva a 50% (U 50 ), ou “critical impulse flashover voltage” (CFO) dos<br />

sistemas de média tensão, como é o caso <strong>da</strong> Tecnologia PRE.<br />

Mas não é só isso. O esforço de se conhecer as variáveis que envolvem o fenômeno e<br />

as características associa<strong>da</strong>s à geometria, nível de isolamento, proximi<strong>da</strong>de de objetos altos e<br />

resistência de aterramento <strong>da</strong>s linhas e redes urbana e rural, tem sido alvo de muitas<br />

pesquisas, especialmente no que diz respeito às sobretensões induzi<strong>da</strong>s por descargas<br />

atmosféricas próximas, cujas teorias nem sempre convergem para um mesmo resultado.<br />

Esse aspecto foi amplamente pesquisado por Piantini (1991), tendo concentrado sua análise<br />

nas teorias propostas por Chowdhuri-Gross, Liew-Mar e Rusck. A teoria e conseqüentemente<br />

a proposta de Rusck foi considera<strong>da</strong> mais apropria<strong>da</strong> para cálculo <strong>da</strong>s tensões induzi<strong>da</strong>s,<br />

embora o modelo em sua forma original não permitisse a análise de situações realistas. Foram<br />

então introduzi<strong>da</strong>s várias modificações, resultando em uma nova proposta de cálculo<br />

denomina<strong>da</strong> de “Extended Rusck Model” (ERM). Esse modelo foi vali<strong>da</strong>do <strong>através</strong> de várias<br />

comparações entre as tensões medi<strong>da</strong>s e calcula<strong>da</strong>s envolvendo experimentos tanto em escala<br />

real como em escala reduzi<strong>da</strong> (PIANTINI; JANISZEWSKI, 1998, 2003 e 2009).<br />

Embora as pesquisas de Piantini tenham sido volta<strong>da</strong>s a oferecer uma metodologia de<br />

cálculo <strong>da</strong>s tensões induzi<strong>da</strong>s por descargas atmosféricas em redes de distribuição de <strong>energia</strong><br />

<strong>elétrica</strong> (urbanas e rurais), elas também se aplicam às linhas de transmissão, o que vem ao

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