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Universalização da energia elétrica através da tecnologia ... - IEE/USP

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que, quando a descarga atmosférica atinge os cabos para-raios, ou uma torre, ocorre a<br />

disrupção no centelhador mais próximo, de forma que os cabos para-raios são aterrados<br />

<strong>através</strong> do arco, cumprindo a função de proteção <strong>da</strong> LT como se fossem aterrados. Como os<br />

cabos para-raios são energizados, a disrupção do centelhador inicia um curto-circuito para<br />

terra na linha PRE, que por sua vez, é detectado pelos relés de proteção na subestação<br />

supridora, a menos que o arco seja extinto rapi<strong>da</strong>mente, o que pode acontecer se a corrente de<br />

falta for pequena. Esse é um comportamento semelhante àquele usualmente verificado em<br />

to<strong>da</strong>s as linhas de Média Tensão.<br />

Após abertura do disjuntor na subestação supridora, desenergizando a linha PRE, um<br />

arco secundário pode continuar fluindo no canal já aquecido entre os eletrodos do<br />

centelhador. Essa corrente é manti<strong>da</strong> pela indução capacitiva e eletromagnética do circuito de<br />

AT e deve ser interrompi<strong>da</strong> o mais rapi<strong>da</strong>mente possível para evitar <strong>da</strong>nos nos equipamentos<br />

e permitir o rápido retorno <strong>da</strong> linha PRE à operação. Segundo Iliceto et al. (1989),<br />

experiências feitas em laboratório e confirma<strong>da</strong>s por observações de campo têm mostrado que<br />

o arco secundário se auto-extingue em linhas PRE com extensão aproxima<strong>da</strong> de 100 km.<br />

Entretanto, nos raros eventos de persistência do arco secundário, sua interrupção deve ser feita<br />

<strong>através</strong> de chaves de aterramento rápido, instala<strong>da</strong>s na subestação supridora.<br />

Também foi analisado por Iliceto et al. (1989) a altura dos cabos para-raios isolados<br />

em relação a uma linha convencional de Média Tensão. Para um determinado nível de<br />

isolação <strong>da</strong> linha, a altura dos cabos pode provocar substancial aumento na taxa de disrupções<br />

(“flashover”) por descargas atmosféricas, sendo tais eventos relaciona<strong>da</strong>s a:<br />

1. descargas diretas, devido à maior área de exposição dos cabos do PRE;<br />

2. sobretensões induzi<strong>da</strong>s por descargas atmosféricas nas proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> linha, sendo<br />

essas sobretensões aproxima<strong>da</strong>mente proporcionais à altura do condutor em relação ao<br />

solo.<br />

Tomando-se como referência as configurações típicas <strong>da</strong> LT 161kV e linha de 34,5 kV<br />

em Gana, os referidos autores verificaram que um aumento na altura dos cabos de 10 m para<br />

20 m, causa uma elevação na taxa de disrupções na ordem de 20% a 40% devido a descargas<br />

diretas com intensi<strong>da</strong>des de corrente na faixa de 10 kA a 100 kA.

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