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manual do formando

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capítulo 03<br />

equipamento<br />

126<br />

O primeiro princípio utiliza<strong>do</strong> para regular a<br />

intensidade de uma lâmpada foi o de colocar uma<br />

resistência no caminho da lâmpada da mesma<br />

forma como um interruptor comum é inseri<strong>do</strong> no<br />

circuito (ver Esquema nº 20).<br />

Simplifican<strong>do</strong>, a linha <strong>do</strong> pensamento é a seguinte:<br />

se colocassemos uma bobine (resistência) em<br />

que pudéssemos “picar” qualquer ponto <strong>do</strong><br />

enrolamento, então, consoante o sítio <strong>do</strong> contacto,<br />

estaríamos a deixar passar mais, ou menos<br />

corrente eléctrica. No esquema nº 20, a lâmpada<br />

estaria a 50%, porque o contacto está situa<strong>do</strong> a<br />

meio da resistência. A desvantagem deste tipo<br />

de dimmer é que a resistência usada teria de<br />

corresponder à potência da lâmpada 30 , ou seja,<br />

se um destes dimmers tivesse si<strong>do</strong> concebi<strong>do</strong><br />

para um projector de 1000w, ao substituirmos<br />

por um de 500w, não seria possível levá-la a<br />

escuro, a não ser que fosse adicionada uma carga<br />

fantasma, em paralelo (por exemplo, um outro<br />

projector escondi<strong>do</strong> da zona visível de palco).<br />

Outra desvantagem é a quantidade elevada de<br />

energia eléctrica desperdiçada transformada em<br />

calor por estas resistências, sobretu<strong>do</strong> nos pontos<br />

intermédios da regulação,<br />

Um <strong>do</strong>s primeiros dimmers de resistência<br />

consistia em <strong>do</strong>is eléctro<strong>do</strong>s coloca<strong>do</strong>s em água<br />

salinada (mistura boa condutora da corrente<br />

eléctrica) e, quanto maior fosse o afastamento<br />

entre os eléctro<strong>do</strong>s, maior era a resistência. Estes<br />

mecanismos eram, normalmente, coloca<strong>do</strong>s no<br />

sub-palco e, para os controlar, foi inventa<strong>do</strong> um<br />

sistema de fios e roldanas para a movimentação<br />

<strong>do</strong>s eléctro<strong>do</strong>s, controla<strong>do</strong>s à distância, por um<br />

dispositivo a que poderemos chamar quadro de<br />

controlo. Estes quadros eram uma espécie de<br />

mistura de dimmer e de mesa de luz, pois tinham<br />

a dupla função de regular e controlar através de<br />

manípulos. Era possível controlar várias lâmpadas<br />

ao mesmo tempo através de um controla<strong>do</strong>r<br />

mestre, geralmente em forma de volante (Group<br />

Master). Como cada par de eléctro<strong>do</strong>s só podia ser<br />

controla<strong>do</strong> por apenas um manípulo, estes quadros<br />

são chama<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tipo single-scene (ver ponto<br />

3.4.3.1).Outras soluções foram surgin<strong>do</strong>, para<br />

controlar este tipo de dimmers, como cursores<br />

deslizantes e sistemas com alavancas.<br />

A partir de 1920, começou a aparecer um novo<br />

tipo de regula<strong>do</strong>res de intensidade, que permitiam<br />

variações suaves de intensidade, a colocação<br />

de projectores com diferentes cargas no mesmo<br />

dimmer 31 e que solucionavam o problema <strong>do</strong> calor.<br />

Designa<strong>do</strong>s por auto-transforma<strong>do</strong>res, consistiam<br />

em variar a voltagem, em vez da resistência. O<br />

sistema era em tu<strong>do</strong> pareci<strong>do</strong> com o <strong>do</strong>s dimmers<br />

de resistência: consistia, também, em “picar”<br />

certos pontos ao longo das bobines, mas, desta<br />

vez, com diferentes voltagens. Como tinham de<br />

ser mecanicamente controla<strong>do</strong>s, os quadros de<br />

controlo usa<strong>do</strong>s pelos dimmers de resistência,<br />

conseguiram ser facilmente adapta<strong>do</strong>s a este novo<br />

tipo de regula<strong>do</strong>r de intensidade.<br />

.<br />

30 De acor<strong>do</strong> com a regra, a resistência<br />

terá de ser 4 vezes superior à resistência<br />

da lâmpada.<br />

31 Os auto-transforma<strong>do</strong>res têm<br />

qualidades eléctricas capazes de se autoregularem<br />

consoante à carga subtida<br />

Esquema nº 20 - Diagrama eléctrico<br />

de um regula<strong>do</strong>r de intensidade por<br />

resistência. A resistência é colocada<br />

da mesma forma como um interruptor<br />

comum

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