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manual do formando

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235 capítulo 05<br />

desenho de luz<br />

Durante a fase de pré produção e a fase inicial<br />

de ensaios de mesa poderá ser importante ter<br />

reuniões periódicas com o director e demais<br />

membros da equipe artística, de forma a se<br />

poder estar a par das diversas ideias em jogo<br />

e sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong> conceito a desenvolver, mas é<br />

sobretu<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> para o desenha<strong>do</strong>r de luz<br />

ouvir e analisar. Deve-se discutir algumas imagens<br />

que se achem revela<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> universo da peça e<br />

questões práticas relacionadas com os perío<strong>do</strong>s<br />

de montagem que se aproximam. As conversas<br />

devem-se centrar em questões práticas por um<br />

la<strong>do</strong> (deve se ver os projectores ou devem se<br />

esconder, ambiente gerais ou pontuais etc.) e por<br />

outro la<strong>do</strong> devem ser perguntas bastante gerais<br />

sobre o conceito e estilo da peça. Não se deve<br />

forçar o encena<strong>do</strong>r a tomar decisões particulares<br />

sobre a iluminação, pois por vezes o próprio<br />

encena<strong>do</strong>r poderá não ter uma ideia objectiva <strong>do</strong><br />

que quer para o espectáculo.<br />

Cada espectáculo tem um ritmo e processo<br />

próprio que é importante respeitar e acompanhar.<br />

Cada análise de texto deve-se focar em aspectos<br />

que achamos por uma razão ou por outra dever<br />

salientar. Numa produção a passagem <strong>do</strong> tempo<br />

e estações <strong>do</strong> ano pode ser fulcral, noutra as<br />

relações entre as várias personagens pode ser<br />

o motor para a descoberta das motivações para<br />

a luz. A investigação <strong>do</strong> imaginário da peça<br />

deve igualmente respeitar e acompanhar essas<br />

particularidades. A somar a isto existem as várias<br />

limitações a nível de tempo, técnico e burocrático<br />

que muitas vezes restringem to<strong>do</strong> o trabalho<br />

possível a desenvolver. No entanto a prática<br />

de análise e investigação pode ajudar muito<br />

a ultrapassar vários destes constrangimentos<br />

práticos. Cada desenha<strong>do</strong>r de luz de uma<br />

maneira ou de outra desenvolve a sua forma de<br />

criar e desenvolver ideias. Desde cadernos com<br />

anotações e imagens cena a cena ou momento<br />

a momento, desenhos e esboços de ambientes<br />

à mão, experiências com maquetas e modelos<br />

a três dimensões de materiais, volumes, teci<strong>do</strong>s<br />

ou simplesmente cor, ou uso de programas<br />

informáticos para simular situações e ambientes<br />

são apenas algumas formas que cada um deve<br />

descobrir e testar de forma a criar uma rotina<br />

de criação. As técnicas encontradas devem ser<br />

tão flexíveis quanto possível, pois devem poder<br />

adaptar-se a desenhos de luz desenvolvi<strong>do</strong>s<br />

numa semana como a produções que podem ter<br />

perío<strong>do</strong>s de quatro meses ou mais de criação.

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