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manual do formando

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239 capítulo 05<br />

desenho de luz<br />

A luz nas artes<br />

plásticas.<br />

O uso da luz na arte plástica está intimamente<br />

liga<strong>do</strong> a inovação tecnológica e desenvolvimento<br />

científico que foi aparecen<strong>do</strong> especialmente<br />

na modernidade. A instalação, escultura em<br />

movimento (cinéticas), design e um sem numero<br />

de técnicas e correntes artísticas associadas<br />

são bastante recentes quan<strong>do</strong> comparadas<br />

com a pintura e arquitectura. No entanto desde<br />

sempre que o homem conhece o poder simbólico,<br />

maleabilidade e o impacto visual da luz, essas<br />

características tornaram-na matéria preferida para<br />

concretização de diversas obras. Desde as velas e<br />

lamparinas conjugadas com musica até ao retrato<br />

da rainha de Inglaterra em holograma, a luz tem<br />

ti<strong>do</strong> uma capacidade de readaptação às ideias de<br />

diversos artistas, ou melhor dizen<strong>do</strong>, os diversos<br />

progressos que tem havi<strong>do</strong> no campo científico e<br />

tecnológico tem descoberto novas potencialidades<br />

que rapidamente são absorvi<strong>do</strong>s por várias áreas,<br />

entre elas as artes plásticas.<br />

Grande parte das obras que apareceram no século<br />

passa<strong>do</strong>, principalmente com o minimalismo, são<br />

uma resposta outra resposta a expressão <strong>do</strong>s<br />

principais temas da modernidade. A tela, e as<br />

suas duas dimensões, são substituídas por obras<br />

tridimensionais que alargam as possibilidades<br />

de expressão na abordagem de questões<br />

relacionadas com a percepção visual, o espaço<br />

e o tempo. No entanto maior parte destas obras<br />

descende directamente <strong>do</strong>s problemas postos à<br />

pintura moderna com Picasso e Jasson Pollock<br />

(1912-1956). A figuração e o naturalismo já<br />

não são o objectivo. Um realismo que procura<br />

reflectir sobre a sociedade actual, com os seus<br />

desenvolvimentos em campos tão diversos<br />

como a física (teoria da relatividade e mecânica<br />

quântica), a religião (difusão de diversas religiões<br />

e culturas), a astronomia (aparecem as primeiras<br />

imagens <strong>do</strong> espaço e da terra) ou psicologia<br />

(Freud, Young) conjuga<strong>do</strong> com <strong>do</strong>is sistemas<br />

políticos/económicos antagónicos e gera<strong>do</strong>res em<br />

ambos os casos de fortes discrepâncias sociais<br />

vai originar uma nova arte onde a sociedade (como<br />

sempre) se vai representar.<br />

No sec.18 Existe uma preocupação por parte de<br />

vários artistas e teóricos com as relações entre a<br />

música e a cor, da qual a luz é o meio mais puro de<br />

representação.<br />

Esta preocupação tomou a forma de diversas<br />

teorias que uniam as propriedades <strong>do</strong> som<br />

(duração, nível e altura) e as da cor (tonalidade,<br />

luminosidade e saturação). A vontade de tornar o<br />

som visível e de possibilitar ouvir as cores sempre<br />

foi (e continua a ser como iremos ver) uma fonte de<br />

diversas especulações e exercícios.<br />

O Clavecin de um padre matemático chama<strong>do</strong><br />

Louis Bertrand Castel (1688 - 1757) foi talvez um<br />

<strong>do</strong>s primeiros instrumentos a ser apresenta<strong>do</strong><br />

ao público. Composto por várias lamparinas que<br />

quan<strong>do</strong> acesas accionavam as linguetas <strong>do</strong> piano<br />

e igualmente controlavam panos colori<strong>do</strong>s que<br />

separavam as luzes <strong>do</strong> público.<br />

“ A principal vantagem deste novo clavecin é<br />

de dar às cores uma certa vivacidade e ligeireza<br />

que elas jamais teriam sobre um pano imóvel e<br />

inanima<strong>do</strong>.” Escreve um especta<strong>do</strong>r sobre o que<br />

viu.

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