manual do formando
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149 capítulo 03<br />
equipamento<br />
Necessidade de<br />
um protocolo<br />
padrão<br />
43 Entertainment Services and<br />
Techonology Association<br />
44 Remote Device Management, ESTA<br />
standard E1.20<br />
Retoman<strong>do</strong> a analogia <strong>do</strong> ponto anterior, existiu<br />
um momento em que um português precisou de<br />
comunicar com um alemão. Mas, um português<br />
só consegue entender um alemão, se entender os<br />
seus códigos de linguagem e vice-versa. Sem esse<br />
conhecimento, a transmissão da mensagem deve<br />
ser feita, então, através de uma terceira linguagem<br />
perceptível às duas partes, como por exemplo<br />
a linguagem gestual, ou através de imagens.<br />
Na indústria <strong>do</strong> entretenimento, houve essa<br />
necessidade, a certo ponto, mais por culpa <strong>do</strong><br />
utiliza<strong>do</strong>r final, que não podia usar a mesa de luz<br />
preferida, porque os dimmers daquele evento eram<br />
de uma marca e só funcionariam com uma mesa<br />
dessa mesma marca. Isto não se deve unicamente<br />
ao protocolo, uma vez que os fabricantes, mesmo<br />
comunican<strong>do</strong> com o mesmo protocolo (caso<br />
<strong>do</strong> 0 – 10v Analogue Control Protocol torna<strong>do</strong><br />
standard pela ESTA 43 ), utilizavam fichas e cabos<br />
diferentes, obrigan<strong>do</strong> à utilização de conversores<br />
dispendiosos, ou então, de longas horas de<br />
soldagem (ver Fig. nº 3. 55) .<br />
Tratan<strong>do</strong>-se de uma área tecnológica em constante<br />
evolução, a comunicação entre produtos de<br />
diferentes marcas tornou-se quase uma obrigação.<br />
Isto deve-se principalmente ao rápi<strong>do</strong> crescimento<br />
da iluminação de espectáculos, ao aumento <strong>do</strong><br />
número de designers e, consequentemente, <strong>do</strong><br />
nível e da diversidade exigidas. Era urgente um<br />
protocolo de comunicação universal, em que<br />
to<strong>do</strong>s os fabricantes pudessem coexistir num<br />
mesmo evento, dan<strong>do</strong> cada um o seu melhor,<br />
de forma mais económica. É neste contexto<br />
que surge, em 1986 e depois revisto em 1990,<br />
o protocolo standard de comunicação DMX512.<br />
Hoje em dia, to<strong>do</strong>s os produtos de iluminação<br />
profissional permitem a comunicação através deste<br />
protocolo. Contu<strong>do</strong>, outros protocolos continuam<br />
a existir por diversas razões: como alternativa e/<br />
ou complemento de informação ao standard,<br />
quan<strong>do</strong> os produtos são usa<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> mesmo<br />
fabricante, ou então combaten<strong>do</strong> uma deficiência<br />
<strong>do</strong> DMX512. O tipo de comunicação usa<strong>do</strong> pelo<br />
protocolo DMX512 é simplex (unidireccional),<br />
por isso, não permite resposta <strong>do</strong>s receptores.<br />
Algumas marcas viram a necessidade de obter<br />
relatórios, ou outra informações, <strong>do</strong>s seus<br />
aparelhos, e por isso, criaram protocolos para<br />
esse fim. Tentan<strong>do</strong> dar resposta a estas questões,<br />
também o DMX512 1990 evoluiu para o novo<br />
standard DMX512-A 2004 permitin<strong>do</strong>, para além<br />
de outras melhorias, enviar informações para<br />
os receptores. Associa<strong>do</strong> a isto, surge também<br />
o RDM 44 que trabalha conjuntamente com o<br />
protocolo DMX512, dan<strong>do</strong> a bi-direccionalidade<br />
que o DMX512 de 1990 não tinha e permitin<strong>do</strong> o<br />
endereçamento remoto <strong>do</strong>s aparelhos, relatório de<br />
erros, entre outros.<br />
Neste momento, está em processo de<br />
desenvolvimento um novo standard, relativamente<br />
à recente implementação de produtos de<br />
iluminação com ETHERNET. ETHERNET quer<br />
apenas dizer que os aparelhos podem ser liga<strong>do</strong>s<br />
em rede e não necessariamente que tenham a<br />
habilidade de poder comunicar entre si. (Explicarei<br />
mais à frente esta questão.) O importante é que<br />
os vários fabricantes, mais uma vez, usam os<br />
seus protocolos para comunicar via ETHERNET. É<br />
urgente que se aprenda com os erros <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>,<br />
relativos ao DMX512 e se chegue rapidamente<br />
a um protocolo standard, seja ele qual for. Os<br />
standards são bons para os consumi<strong>do</strong>res finais,<br />
para que haja uma livre escolha entre marcas e<br />
são bons para os fabricantes, que podem assim<br />
dedicar-se mais ao desenvolvimento <strong>do</strong>s produtos<br />
em si, poupan<strong>do</strong> tempo no que respeita a cada<br />
item da instalação.