manual do formando
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163 capítulo 03<br />
equipamento<br />
Novas<br />
tecnologias em<br />
comunicação<br />
62 ANSI – American National Standards<br />
Institute<br />
63 Ver 4.5.4 Pacote DMX<br />
DMX512-A, ASC e RDM<br />
Apesar de se ter chega<strong>do</strong> a um consenso no que<br />
diz respeito à necessidade de um protocolo de<br />
comunicação padrão, a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong>-se o DMX512 de<br />
1990 como standard, este não estava reconheci<strong>do</strong><br />
como um standard internacional. Desta forma,<br />
muitos fabricantes não seguiam à risca as normas<br />
bem especificadas pelo protocolo. Um <strong>do</strong>s mais<br />
vulgares exemplos <strong>do</strong> incumprimento dessas<br />
normas, era a finalidade que muitos fabricantes<br />
atribuíam aos fios 4 e 5 <strong>do</strong> cabo DMX. Outra<br />
irregularidade, que ainda se consegue encontrar, é<br />
a utilização destes mesmos fios para levar corrente<br />
contínua para scrollers e afins. Mas, a maior <strong>do</strong>r<br />
de cabeça <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res é o permanente<br />
encontro com aparelhos que comportam uma<br />
ficha de XLR3, ignoran<strong>do</strong> por completo a regra<br />
<strong>do</strong>s 5 pinos. Por estas razões, tornou-se urgente<br />
o reconhecimento <strong>do</strong> protocolo como standard<br />
internacional. A USITT transferiu, em 1998, a<br />
manutenção e desenvolvimento <strong>do</strong> DMX512, para<br />
o programa de criação de standards da ESTA,<br />
acreditada pela ANSI 62 . Foi possível, assim, chegar<br />
à terceira revisão (e última até agora), <strong>do</strong> protocolo<br />
DMX512, designada por USITT DMX512-A, em<br />
2004. Para além das especificações serem mais<br />
rigorosas, foram introduzidas novas normas e<br />
novas funcionalidades, com modificações na<br />
estrutura, nas definições e terminologia.<br />
As mais significantes são: a possibilidade<br />
de alternar o código inicial (ASC – Alternate<br />
Start Code) 63 , permitin<strong>do</strong> enviar informação<br />
extraordinária para os receptores e, a mais<br />
esperada, a bi-direccionalidade <strong>do</strong> sinal. Esta<br />
nova função tem como base um novo protocolo,<br />
bastante recente, chama<strong>do</strong> RDM (Remote Device<br />
Management), também desenvolvi<strong>do</strong> pela ESTA,<br />
que funciona como apêndice <strong>do</strong> DMX512-A.<br />
Os receptores podem, desta maneira, informar<br />
os controla<strong>do</strong>res e confirmar coman<strong>do</strong>s. A<br />
consequência directa desta implementação é<br />
o endereçamento remoto <strong>do</strong>s autómatos. Para<br />
surpresa de muitos, o RDM utiliza também o<br />
primeiro par de fios (2 e 3) <strong>do</strong> cabo DMX. O<br />
DMX512-A é compatível com o seu antecessor,<br />
DMX512 de 1990, sen<strong>do</strong> possível a mistura entre<br />
produtos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is tipos.<br />
ETHERNET<br />
Os problemas que afligiam mais os utiliza<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> protocolo DMX512 foram já to<strong>do</strong>s resolvi<strong>do</strong>s,<br />
com o lançamento <strong>do</strong> novo DMX512-A. A bidireccionalidade<br />
e o endereçamento remoto<br />
já são uma realidade, graças ao RDM. Então,<br />
porque é que precisamos de mais um sistema<br />
de comunicação para o controlo da iluminação<br />
profissional? Pela mesma razão que nasceu o<br />
DMX512, em oposição ao controlo analógico:<br />
o número de canais que um só cabo consegue<br />
controlar. Inicialmente, o DMX foi pensa<strong>do</strong> para<br />
controlar canais de dimmer e 512 parecia um<br />
número bem satisfatório. Com o desenvolvimento<br />
da robótica e o aparecimento da luz digital<br />
(os LED), os canais tornaram-se escassos,<br />
poden<strong>do</strong>, hoje em dia, 30 autómatos preencher<br />
completamente um universo DMX. Muitas mesas já<br />
vêm equipadas com 8 universos. A instalação de 8<br />
linhas DMX, passan<strong>do</strong> por splitters e os restantes<br />
aparelhos de distribuição, já se torna complexa e<br />
dispendiosa.