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manual do formando

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231 capítulo 05<br />

desenho de luz<br />

De notar que por vezes deve se usar um filtro<br />

difusor adequa<strong>do</strong> (R114, R119, R132) de forma a<br />

tornar a união das várias zonas iluminadas mais<br />

suave, ou atenuar alguma deficiência <strong>do</strong> espelho<br />

reflector <strong>do</strong> projector que origina uma zona com<br />

menor rendimento no centro <strong>do</strong> cone de luz<br />

(bastante frequente em PC ou recorte).<br />

O geral (seja ele de frente ou contra) normalmente<br />

está dividi<strong>do</strong> em zonas que deverão corresponder<br />

ou a uma divisão em quadrícula <strong>do</strong> espaço total<br />

ou em zonas relevantes para a movimentação<br />

e acção dramática ao longo <strong>do</strong> espectáculo.<br />

Esta divisão vai permitir durante a programação<br />

equilibrar o espaço ilumina<strong>do</strong> de forma a criar<br />

diferenças de importância. Para tal deverá haver<br />

um trabalho de preparação e análise da forma de<br />

dividir e organizar o geral. Este trabalho é de fulcral<br />

importância pois muitas vezes o geral poderá<br />

representar a maior fatia de projectores e deve<br />

portanto ser rentabilizada ao máximo.<br />

Em 1930 quan<strong>do</strong> a actividade de ilumina<strong>do</strong>r<br />

começou a ficar estabelecida e começou o ensino<br />

institucional, foi escrito um livro por um professor<br />

americano chama<strong>do</strong> Stanley McCandless “<br />

A Method of Lighting the Stage “ onde é<br />

proposto um méto<strong>do</strong> para criar a luz para um<br />

espectáculo de teatro no qual é apresenta<strong>do</strong> o<br />

esquema para elaborar um geral, composto por<br />

três projectores em que <strong>do</strong>is estão a fazer frente a<br />

45º da zona e o terceiro está a fazer contra a zona.<br />

Poden<strong>do</strong> haver uma variação da cor de forma a<br />

poder modificar o espaço de uma perspectiva<br />

realista, em que uma das frentes tem azul e o<br />

outro um âmbar de forma que a adição daria um<br />

género de branco e o desequilíbrio de ambos daria<br />

uma luz, mais quente ou fria, conforme fosse um<br />

exterior ou interior.<br />

As vantagens que este méto<strong>do</strong> apresenta é o<br />

de assegurar uma boa luz de frente em que<br />

todas as sombras vão estar atenuadas pelos<br />

<strong>do</strong>is projectores coloca<strong>do</strong> a 45º e por um claro<br />

contorno e recorte consegui<strong>do</strong> com o projector<br />

de contra, alem disso apresenta a possibilidade<br />

<strong>do</strong> uso de cores diferentes nos projectores da<br />

frente de forma a conseguir balanços realista da<br />

luz, interiores/exterior, luz directa/luz indirecta.<br />

Uma das desvantagens é uma maior precisão na<br />

afinação <strong>do</strong>s projectores de forma assegurar que<br />

os três estão a fazer exactamente a mesma zona e<br />

que essa zona está a unir com as que a circundam<br />

de forma perfeita. Exige mais tempo de afinação.<br />

Outro esquema de composição de geral é o de<br />

o uso de <strong>do</strong>is projectores em que um faz frente<br />

e o outro faz contra. Uma das claras vantagens<br />

deste esquema é a sua economia e rapidez de<br />

montagem e afinação. Em contrapartida existem<br />

duas grandes desvantagens que são a qualidade<br />

da luz de frente pois com só um projector não<br />

se consegue uma iluminação sem sombras e<br />

realmente homogénea, alem disso em termos<br />

de modelação <strong>do</strong> espaço obtém-se uma muito<br />

pequena margem de manobra comparan<strong>do</strong> com<br />

o esquema de MacCandless, assim como a<br />

possibilidade de mudança de cor.<br />

Outra forma de compor um geral é uma opção<br />

mista entre estas duas posturas aproveitan<strong>do</strong><br />

a maior capacidade de moldar a imagem que<br />

vem <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de Stanley MacCandless com<br />

uma maior economia de meios e facilidade de<br />

montagem. Se na montagem os projectores forem<br />

alinha<strong>do</strong>s ten<strong>do</strong> como eixo o centro <strong>do</strong> palco ou<br />

centro <strong>do</strong> cenário (ter em conta que é de extrema<br />

importância fazer uma analise espacial <strong>do</strong> espaço/<br />

cenografia de forma a descobrir os principais<br />

eixos e linhas visuais que poderão ser acentua<strong>do</strong>s<br />

ou anula<strong>do</strong>s pela iluminação) podemos iluminar<br />

o espaço por completo e com boa qualidade de<br />

definição das formas se pusermos os projectores

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