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Caderno Institucional do Governo da Sociedade e de ... - EDP

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RELATÓRIO E CONTAS 2008<br />

CADERNO INSTITUCIONAL, DO GOVERNO<br />

DA SOCIEDADE E DE SUSTENTABILIDADE<br />

GOVERNO DA SOCIEDADE<br />

152<br />

3.5.2.3. Gestão <strong>de</strong> risco ao longo <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> valor – MIBEL<br />

Para além <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong>s riscos que são transversais<br />

a to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, a gestão <strong>do</strong>s factores<br />

<strong>de</strong> risco atrás enuncia<strong>do</strong>s, é realiza<strong>da</strong> pelo Grupo <strong>EDP</strong><br />

ten<strong>de</strong>ncialmente em função <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nos seguintes termos:<br />

Produção <strong>de</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão <strong>de</strong> Energia:<br />

Gestão <strong>da</strong> posição grossista integra<strong>da</strong> ibérica. A gestão<br />

<strong>da</strong> posição grossista <strong>do</strong> Grupo na Península Ibérica é feita<br />

no âmbito <strong>do</strong> Processo HEDGE, envolven<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as áreas<br />

com exposição ao merca<strong>do</strong> (UNGE, Comercial e Gás),<br />

e tem como objectivo gerir <strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong> os riscos<br />

<strong>de</strong> preço e volume <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> segui<strong>da</strong>.<br />

Em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o nível <strong>de</strong> apetite <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />

pela Empresa, e em particular para as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócio em questão, são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s os objectivos<br />

<strong>de</strong> cobertura por tecnologia que simultaneamente<br />

maximizem a margem através <strong>da</strong>s diferentes<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> “hedging” (merca<strong>do</strong>s a prazo vs retalho<br />

<strong>de</strong> gás ou electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, em Portugal ou Espanha). A UNGE<br />

tem a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar as coberturas,<br />

fazen<strong>do</strong>-se um seguimento periódico <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>s<br />

objectivos a nível diário (UNGE), mensal e trimestral<br />

(em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comité <strong>de</strong> Preços e Volumes), bem como uma<br />

revisão <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong> cobertura sempre que<br />

as alterações <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> o justificarem.<br />

Risco <strong>de</strong> preço <strong>da</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>. As receitas <strong>da</strong> produção<br />

po<strong>de</strong>m ser influencia<strong>da</strong>s por alterações no preço<br />

<strong>de</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> nos merca<strong>do</strong>s grossistas. Apenas<br />

as centrais que actuam em merca<strong>do</strong> livre (Espanha<br />

e Central <strong>do</strong> Ribatejo e pequenas Hídricas em Portugal)<br />

encontram-se expostas a este risco, uma vez que<br />

a maioria <strong>da</strong>s centrais está sujeita ao mecanismo<br />

<strong>de</strong> ajuste <strong>do</strong>s CMEC’s – Custos para a Manutenção<br />

<strong>do</strong> Equilíbrio Contratual (centrais que dispunham<br />

<strong>de</strong> Contratos <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Energia com a REN e que<br />

passaram a actuar em merca<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Julho<br />

<strong>de</strong> 2007). De referir também a exposição a merca<strong>do</strong> (preço<br />

<strong>da</strong> OMEL) <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s centrais eólicas <strong>da</strong> <strong>EDP</strong><br />

Renováveis em Espanha. Por outro la<strong>do</strong>, o Grupo procura<br />

activamente proteger a margem, actuan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma<br />

integra<strong>da</strong> no âmbito <strong>da</strong> Gestão <strong>de</strong> Energia<br />

e <strong>da</strong> Comercialização. No MIBEL, a UNGE possui man<strong>da</strong>to<br />

para actuar no merca<strong>do</strong> grossista, tanto para optimização<br />

<strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> produção no merca<strong>do</strong> “spot” <strong>da</strong> OMEL, como<br />

para tirar parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> a prazo, OMIP, OTC<br />

e arbitragem na interligação Espanha-França. O risco<br />

<strong>de</strong> preço <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong> em Portugal <strong>do</strong> que<br />

em Espanha, resultante <strong>de</strong> “market splitting”, após<br />

esgotamento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interligação<br />

e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso, em Portugal, a meios<br />

<strong>de</strong> produção mais cara, não é relevante para o Grupo,<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong> a comercialização no merca<strong>do</strong> livre português não<br />

estar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> importações <strong>de</strong> Espanha. A UNGE<br />

simula o comportamento <strong>do</strong> sistema ibérico e utiliza<br />

o programa MUR para o cálculo periódico <strong>da</strong> MaR –<br />

“Margin at Risk”.<br />

Risco <strong>de</strong> preço <strong>de</strong> combustível e <strong>de</strong> CO 2 . Este risco<br />

é também mais importante para as centrais em merca<strong>do</strong><br />

livre, estan<strong>do</strong> <strong>de</strong>lega<strong>do</strong> na UNGE efectuar a sua gestão,<br />

actuan<strong>do</strong> na compra <strong>de</strong> carvão e fuelóleo, na gestão <strong>do</strong>s<br />

contratos <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> gás para produção<br />

<strong>de</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> CO 2 , como<br />

ain<strong>da</strong> no estabelecimento <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> “hedging” para<br />

o preço <strong>do</strong>s combustíveis e câmbio <strong>do</strong> dólar (este último,<br />

em coor<strong>de</strong>nação com a Direcção Financeira).<br />

Relativamente aos fornecimentos <strong>de</strong> gás, compete à <strong>EDP</strong><br />

Gás proce<strong>de</strong>r à negociação <strong>de</strong> novos contratos, como<br />

também efectuar a gestão <strong>de</strong> posições momentâneas<br />

<strong>de</strong> excesso/carência entre empresas <strong>do</strong> Grupo e com<br />

o exterior. É também utiliza<strong>do</strong> o MUR na avaliação <strong>de</strong> risco,<br />

utilizan<strong>do</strong> as suas capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> tendência<br />

na evolução <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s combustíveis e <strong>de</strong> CO 2 .<br />

Risco operacional na exploração <strong>da</strong>s centrais e parques<br />

eólicos. As centrais e parques eólicos enfrentam avarias<br />

e inci<strong>de</strong>ntes, o que po<strong>de</strong> acarretar per<strong>da</strong> <strong>de</strong> receitas<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às indisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>í resultantes. Este risco<br />

é mitiga<strong>do</strong> por meio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> condução, manutenção e <strong>de</strong> procedimentos<br />

<strong>de</strong> segurança <strong>do</strong> melhor nível. Por outro la<strong>do</strong>, os riscos<br />

seguráveis mais importantes estão associa<strong>do</strong>s<br />

à produção, a qual está protegi<strong>da</strong> por seguros, geri<strong>do</strong>s<br />

pelo Gabinete Gestão <strong>de</strong> Riscos Seguráveis <strong>da</strong> <strong>EDP</strong> Valor.<br />

Risco ambiental. Os meios <strong>de</strong> produção são os mais<br />

sujeitos a este risco, quer pela utilização <strong>de</strong> recursos<br />

naturais, quer pelas emissões e resíduos que a produção<br />

térmica sempre origina. O Grupo segue uma Política<br />

<strong>de</strong> Ambiente muito rigorosa, procuran<strong>do</strong> satisfazer<br />

plenamente os parâmetros <strong>de</strong> licenciamento <strong>da</strong>s<br />

instalações e introduzir medi<strong>da</strong>s adicionais que mitiguem<br />

eventuais responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s neste <strong>do</strong>mínio.<br />

Risco <strong>de</strong> crédito. Nas actuações em merca<strong>do</strong> organiza<strong>do</strong><br />

este risco não é significativo e para as operações<br />

em merca<strong>do</strong> OTC e na compra <strong>de</strong> combustíveis a UNGE<br />

minimiza-o por intermédio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> limites<br />

<strong>de</strong> exposição, conforme os limites aprova<strong>do</strong>s internamente<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o “rating” (<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por enti<strong>da</strong><strong>de</strong> externa,<br />

ou internamente, caso não exista informação externa) <strong>da</strong>s<br />

contrapartes. Será, contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> referir que a crise<br />

internacional não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> fazer sentir os seus efeitos,<br />

originan<strong>do</strong> uma revisão <strong>de</strong> critérios <strong>da</strong><strong>do</strong> algumas <strong>da</strong>s<br />

contrapartes estarem liga<strong>da</strong>s a grupos internacionais com<br />

reconheci<strong>do</strong>s problemas.

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