Caderno Institucional do Governo da Sociedade e de ... - EDP

RELATÓRIO E CONTAS 2008
CADERNO INSTITUCIONAL, DO GOVERNO
DA SOCIEDADE E DE SUSTENTABILIDADE
MENSAGEM AOS ACCIONISTAS
Financeiramente, a EDP reforçou a sua posição. A EDP encaixou mais de mil milhões de euros na alienação de activos não
estratégicos, 25% acima do compromisso inicial. Demonstrámos a nossa credibilidade no mercado, sobretudo no contexto de um
mercado mais difícil, com a colocação de duas emissões obrigações num total de cerca de 1.400 milhões de euros, e uma linha
de crédito “revolving” de 1.600 milhões de euros, no final de 2008 e início de 2009. De realçar ainda a concretização da venda do
“deficit” tarifário em duas operações de 175 milhões de euros em 2008 e de mais de 1.200 milhões de euros no início de 2009.
Na conjuntura actual de crise dos mercados financeiros, as acções EDP desvalorizaram 39,7% em 2008, mas registaram uma
valorização de 4% desde o início de 2006, em linha com o sector e uma “performance” significativamente melhor que o PSI 20.
Uma visão de futuro sustentável…
As escolhas feitas, as medidas tomadas nos últimos anos, a referida diferenciação que nos move, traduzem a ambição de criar
um futuro sustentável a longo prazo para a EDP. Apostámos nas competências que ajudaram a construir a EDP, como é o exemplo
da hídrica, mas que não estavam potenciadas. A recuperação de projectos adiados, o lançamento de reforços de potência numa
nova escala, a extensão do domínio hídrico e a participação no Plano Nacional de Barragens demonstram claramente este
compromisso e essas competências. Por outro lado, desenvolvemos novas competências num sector com crescimento elevado a
nível mundial a longo prazo, como é o exemplo das renováveis. Decisões como a de entrada na altura certa em novas geografias,
o IPO da EDP Renováveis, permitiram obter escala para nos colocarmos como líderes mundiais. Estes são alguns exemplos de
como conciliar a criação de valor no curto, no médio e longo prazo.
Para esta visão, importa salientar que esta nossa actuação é guiada por um conjunto de valores e práticas que garantem
equilíbrio nas diferentes vertentes da nossa actividade com todos os “stakeholders”.
Nos últimos anos, o esforço desenvolvido na promoção da sustentabilidade foi confirmado ao mais alto nível. A EDP foi novamente
considerada “best in class” pela Storebrand, mantém a categoria prata atribuída pela SAM, e desde 2004 que aderimos à
“Global Compact”, iniciativa internacional promovida pelas Nações Unidas. Já em 2008 entrámos nos Dow Jones Sustainability
Indexes World e STOXX sendo a única empresa Portuguesa a integrar estes índices bolsistas, os mais exigentes do Mundo e
que distinguem as companhias que, em cada sector de actividade, apresentam melhor desempenho nas questões ligadas à
transparência e sustentabilidade, mostrando excelência na gestão económica, ambiental e social.
Neste caminho, a inovação – tecnologia, processos, comportamentos - tem um papel decisivo. A nova abordagem à gestão
global dos novos projectos hídricos, os programas internos e externos na eficiência energética, o reforço do apoio à geração
renovável descentralizada, o projecto de redes inteligentes InovGrid, liderado pela EDP, o apoio à introdução do veículo eléctrico,
os projectos na energia das ondas, são alguns outros testemunhos do nosso compromisso em liderar a revolução na interacção
entre consumidores e produtores.
O reforço da aposta na inovação, multiplicando por quatro o investimento nesta área nos últimos três anos traduz a importância
de continuar a criar as opções certas nas alturas certas.
…com objectivos claros
O novo plano estratégico da EDP para o período 2009-2012 foi apresentado no final de 2008. O objectivo foi, não só colocar novos
objectivos com destaque para os domínios onde os anteriores já tinham sido ultrapassados, mas sobretudo dar maior visibilidade
ao conjunto de opções criadas pela empresa nos últimos anos, muitas das quais com prazo de execução para além deste horizonte,
que garantem condições únicas para o crescimento sustentável da EDP. Neste novo ciclo, a prioridade vai para a execução dessas
opções. A agenda estratégica baseada no risco controlado, eficiência superior e crescimento orientado, é por isso reforçada.
Mas tal como em 2006, voltámos a estabelecer metas ambiciosas para 2012, já partilhadas com os nossos colaboradores e, mais
uma vez, assumidas perante o mercado.
Queremos crescer o EBITDA 12% ao ano e o resultado líquido por acção 10% ao ano, com base no ano de 2007. Propomos que o
dividendo por acção continue a crescer 0,015 euros por ano. O programa de corte de custos será mais ambicioso que o anterior,
sendo que o objectivo é de atingir uma poupança de 160 milhões de euros em 2012.
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Vamos investir em média três mil milhões de euros por ano. Mais de dois terços em energias renováveis, incluindo os projectos
hídricos. Queremos atingir, em 2012, uma capacidade instalada superior a 24 GW, mais do dobro do que no final de 2005.