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Caderno Institucional do Governo da Sociedade e de ... - EDP

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Variação Nominal e Real <strong>do</strong>s Preços Médios<br />

<strong>de</strong> Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> – Portugal<br />

(%)<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

2004 2005 2006 2007 2008<br />

Variações Nominais Variações Reais – Deflactor P.I.B. pm<br />

Em 2008 as tarifas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> a clientes finais (TVCF)<br />

subiram, em média, 2,9% face às tarifas em vigor em 2007.<br />

Quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com os <strong>de</strong> outros países, os preços<br />

<strong>da</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> em Portugal, no 1º semestre <strong>de</strong> 2008,<br />

para consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos na ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> consumo<br />

anual entre 2.500 e 5.000 kWh, encontram-se 13,5% abaixo<br />

<strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia <strong>do</strong>s 15 e 9,4% abaixo <strong>da</strong><br />

média <strong>da</strong> União Europeia <strong>do</strong>s 27. No caso <strong>de</strong> Espanha os<br />

preços <strong>da</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> estão abaixo <strong>da</strong>s médias <strong>da</strong> União<br />

Europeia <strong>do</strong>s 15 e <strong>do</strong>s 27 em 20% e 16% respectivamente.<br />

Desenvolvimentos <strong>do</strong> enquadramento normativo<br />

<strong>do</strong> sector eléctrico no Brasil<br />

O merca<strong>do</strong> brasileiro <strong>de</strong> energia eléctrica em 2008<br />

<strong>de</strong>senvolveu-se em relativa normali<strong>da</strong><strong>de</strong>, com <strong>de</strong>staque<br />

para os pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> revisão e aperfeiçoamento <strong>do</strong>s<br />

regulamentos e reacções a situações conjunturais<br />

<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> (gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>) mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>.<br />

No que respeita às tarifas <strong>de</strong> acesso verificou-se um<br />

aumento médio <strong>de</strong> 22,3% em 2008, face aos valores<br />

aplica<strong>do</strong>s durante 2007.<br />

Em Espanha, mantiveram-se inaltera<strong>da</strong>s as tarifas <strong>de</strong><br />

acesso <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pela Or<strong>de</strong>n ITC/3860, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 2007. Para 2009, a Or<strong>de</strong>n ITC/3801/2008, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong><br />

Dezembro, estabeleceu um aumento médio <strong>de</strong> 25,5%,<br />

por força <strong>de</strong> aumentos verifica<strong>do</strong>s sobretu<strong>do</strong> em baixa<br />

e média tensão. Além <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> eliminação <strong>da</strong>s tarifas<br />

<strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> energia eléctrica em alta tensão, assinala-se<br />

que as tarifas integrais foram significativamente altera<strong>da</strong>s<br />

ao longo <strong>de</strong> 2008.<br />

Preços Médios <strong>de</strong> Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> – 1º Semestre 2008<br />

(Consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos*) (Cent. Euro/KWh)<br />

País<br />

BG<br />

EE<br />

LV<br />

LT<br />

MT<br />

HR<br />

EL<br />

RO<br />

SI<br />

FR<br />

FI<br />

PL<br />

CZ<br />

ES<br />

13,66<br />

SK<br />

UK<br />

PT<br />

14,80<br />

HU<br />

LU<br />

UE27 (**)<br />

16,33<br />

SE<br />

UE15 (**)<br />

17,11<br />

NL<br />

IE<br />

AT<br />

CY<br />

BE<br />

DE<br />

DK<br />

0 5 10 15 20 25 30<br />

(*) Consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos na ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> consumo Dc [Consumo anual entre 2500 e 5000 kWh].<br />

(**) Não inclui a Itália, que não respon<strong>de</strong>u ao inquérito <strong>do</strong> EUROSTAT.<br />

A perspectiva <strong>de</strong> escassez energética, i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> nos<br />

primeiros meses <strong>do</strong> ano, exacerbou as preocupações<br />

com o abastecimento <strong>da</strong> economia e <strong>de</strong>terminou o<br />

accionamento <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração fora <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> mérito económico, <strong>de</strong> forma a acentuar a produção<br />

termoeléctrica e poupar o recurso hídrico. O movimento<br />

correspon<strong>de</strong>u ao previsto na Curva <strong>de</strong> Aversão ao Risco<br />

(CAR) <strong>do</strong> défice e afectou a formação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>ção por diferenças não contrata<strong>da</strong>s.<br />

Esta situação repercutiu-se <strong>de</strong> forma mais agu<strong>da</strong> nos<br />

agentes comercializa<strong>do</strong>res com ven<strong>da</strong>s realiza<strong>da</strong>s<br />

a <strong>de</strong>scoberto <strong>de</strong> compras correspon<strong>de</strong>ntes. Da<strong>do</strong> que<br />

as insuficiências foram circunscritas, não houve<br />

perturbação significativa <strong>do</strong> equilíbrio geral <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

Em consequência, no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ano, efectuaram-se<br />

melhorias <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> preços sob<br />

influência <strong>da</strong> CAR e <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> garantias, <strong>de</strong> forma<br />

a torná-los mais eficazes.<br />

Os leilões para promotores <strong>de</strong> novas centrais <strong>de</strong> geração<br />

seguiram a programação normal, com <strong>de</strong>staque para<br />

a licitação <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>s Usinas Hidroeléctricas (UHE)<br />

na região amazónica, no rio Ma<strong>de</strong>ira, cujas características<br />

ímpares as colocaram como pioneiras <strong>do</strong>s leilões <strong>de</strong><br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s estruturantes, previstas no mo<strong>de</strong>lo sectorial.<br />

Ain<strong>da</strong> como reflexo <strong>da</strong>s preocupações com o<br />

abastecimento futuro, e combina<strong>do</strong> com a programação<br />

<strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> Gás Natural na produção <strong>de</strong> energia<br />

eléctrica, ocorreram leilões em que prevaleceu a oferta<br />

termoeléctrica com energia cara. Por conseguinte,<br />

intensificaram-se pressões para a obtenção <strong>da</strong>s licenças<br />

ambientais <strong>de</strong> UHE.<br />

Na regulação <strong>da</strong> geração, procuraram-se soluções para<br />

que o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> energia eléctrica oriun<strong>do</strong> <strong>de</strong> centrais<br />

hídricas, com 1 a 30 MW <strong>de</strong> potência instala<strong>da</strong> (PCH),<br />

fosse mais estimula<strong>do</strong> e as especulações sobre os<br />

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