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Caderno Institucional do Governo da Sociedade e de ... - EDP

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Preços Grossistas <strong>de</strong> Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> em Vários Merca<strong>do</strong>s<br />

Europeus (€/MWh e £/MWh para R.U.)<br />

.<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

74<br />

70,1<br />

69,2<br />

64,4<br />

65,8<br />

41,9<br />

40,9<br />

39,4<br />

38<br />

27,8<br />

OMEL<br />

EEX<br />

APX<br />

POWERNEXT<br />

Reino Uni<strong>do</strong><br />

2007<br />

2008<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o agravamento <strong>do</strong> preço <strong>da</strong>s licenças <strong>de</strong><br />

CO 2 penalizou o custo <strong>de</strong> produção com carvão face ao<br />

<strong>do</strong>s ciclos combina<strong>do</strong>s a gás natural, ten<strong>do</strong>-se verifica<strong>do</strong><br />

uma inversão na competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>de</strong>stas duas<br />

tecnologias, com particular incidência no merca<strong>do</strong> Ibérico.<br />

Com efeito, a produção a carvão reduziu-se <strong>de</strong> 11,7 TWh em<br />

2007 para 10,4 TWh em 2008 em Portugal (-11%) e <strong>de</strong> 72 TWh<br />

para 46 TWh em Espanha (-36%), premian<strong>do</strong> os agentes<br />

com as centrais mais eficientes e com maior flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

operacional. Nos restantes merca<strong>do</strong>s Europeus,<br />

o mesmo fenómeno <strong>de</strong> inversão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> mérito, que<br />

proporciona uma redução <strong>da</strong>s emissões, ocorreu durante<br />

to<strong>do</strong> o Verão, quan<strong>do</strong> a redução <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>méstico<br />

<strong>de</strong> gás natural causou uma <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> nos preços <strong>de</strong> gás.<br />

O cenário <strong>de</strong> alta <strong>do</strong> preço <strong>do</strong>s combustíveis fósseis,<br />

conjuga<strong>do</strong> com um aumento <strong>da</strong> consciência ambiental,<br />

constituiu o pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> para os investimentos em nova<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção sustentável, com vista a um mix<br />

energético futuro mais limpo.<br />

Assim, na Europa, o apoio às energias renováveis bem<br />

como o seu ganho estrutural <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> face<br />

às energias fósseis permitiu a continuação <strong>do</strong> seu<br />

forte crescimento, em particular na energia eólica e <strong>de</strong><br />

biomassa. Em Portugal, o lançamento <strong>do</strong> Plano Nacional<br />

<strong>de</strong> Barragens <strong>de</strong> Eleva<strong>do</strong> Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH)<br />

veio <strong>da</strong>r um novo impulso à componente hidroeléctrica<br />

<strong>do</strong> Sistema Nacional, complementan<strong>do</strong> os reforços <strong>de</strong><br />

potência já actualmente em curso. Por outro la<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>bate<br />

sobre a energia nuclear voltou a estar na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> dia,<br />

ten<strong>do</strong> o Reino Uni<strong>do</strong> lança<strong>do</strong> formalmente um concurso<br />

para a construção <strong>de</strong> nova capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> nuclear e a Itália<br />

anuncia<strong>do</strong> oficialmente o objectivo <strong>de</strong> construir 10 novos<br />

grupos com início já a partir <strong>de</strong> 2013. Na componente<br />

térmica, a tecnologia <strong>de</strong> ciclo combina<strong>do</strong> a gás natural,<br />

com melhor <strong>de</strong>sempenho ambiental, continuou a <strong>do</strong>minar<br />

os novos investimentos, enquanto prosseguem as<br />

negociações para a obtenção <strong>de</strong> apoios comunitários para<br />

projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> centrais <strong>de</strong> carvão limpo<br />

com sequestro <strong>de</strong> carbono.<br />

Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>da</strong> América, a renovação <strong>do</strong>s<br />

mecanismos fiscais <strong>de</strong> apoio às energias renováveis,<br />

impulsionou a construção <strong>de</strong> nova potência solar e<br />

eólica, tornan<strong>do</strong> já o merca<strong>do</strong> americano no maior<br />

merca<strong>do</strong> eólico a nível mundial. As perspectivas para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste merca<strong>do</strong> beneficiaram<br />

também, no final <strong>do</strong> ano, com os planos anuncia<strong>do</strong>s pela<br />

recém‐eleita administração americana.<br />

2.3. Enquadramento Regulatório<br />

Desenvolvimentos no âmbito <strong>da</strong> União Europeia<br />

Em 2008, a Comissão Europeia prosseguiu o trabalho<br />

<strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um novo conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s<br />

legislativas – <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> por “3º Pacote” <strong>da</strong>s Directivas<br />

<strong>de</strong> Energia – inicia<strong>do</strong> em Setembro <strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong> que se<br />

<strong>de</strong>staca a proposta <strong>de</strong> duas novas Directivas, uma para<br />

o sector <strong>de</strong> Electrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e outra para o Gás, com vista<br />

a alterar e complementar as Directivas 2003/54 e 2003/55,<br />

<strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Junho, em vigor.<br />

Das medi<strong>da</strong>s propostas pela Comissão, salienta-se:<br />

• A separação e total in<strong>de</strong>pendência entre as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> produção e fornecimento e a operação <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> transporte ou a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> efeito<br />

semelhante;<br />

• O enquadramento para a cooperação <strong>do</strong>s regula<strong>do</strong>res<br />

europeus foi estabeleci<strong>do</strong> através <strong>da</strong> apresentação<br />

<strong>de</strong> uma proposta para a criação <strong>da</strong> Agência para<br />

a Cooperação <strong>do</strong>s Regula<strong>do</strong>res Europeus (ACER), com<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s nomea<strong>da</strong>mente na coor<strong>de</strong>nação<br />

e monitorização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s transfronteiriças <strong>do</strong>s<br />

Opera<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transporte;<br />

• A previsão <strong>de</strong> um enquadramento legal para uma<br />

Re<strong>de</strong> Europeia <strong>de</strong> Opera<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transporte<br />

(ENTSO-E) com vista à promoção <strong>da</strong> colaboração entre<br />

estes, a nível europeu, e à realização <strong>de</strong> investimentos<br />

transfronteiriços, a fim <strong>de</strong> facilitar o comércio<br />

internacional e criar condições <strong>de</strong> maior igual<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

na concorrência entre os opera<strong>do</strong>res;<br />

• A promoção <strong>da</strong> transparência no funcionamento<br />

<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s energéticos.<br />

No essencial, as medi<strong>da</strong>s legislativas propostas, ain<strong>da</strong><br />

em discussão nas instituições europeias, encontram-se<br />

já contempla<strong>da</strong>s na legislação portuguesa <strong>do</strong> sector<br />

energético, nomea<strong>da</strong>mente quanto à separação jurídica<br />

<strong>da</strong> gestão e <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> produção e fornecimento e a operação <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> transporte, pelo que será diminuto o impacto <strong>da</strong> sua<br />

aprovação no âmbito nacional.<br />

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