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Crianças com Deficiência - UNICEF Mozambique - Home page

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ção de meninas na mídia dominante carrega noções<br />

implícitas de hierarquia e expectivas tradicionais<br />

sobre os gêneros, a ausência ou a representação<br />

deformada ou estereotipada de pessoas <strong>com</strong> deficiência<br />

cria e reforça preconceitos sociais e resulta<br />

na subestimação dos papéis e do lugar dessas pessoas<br />

na sociedade.<br />

Da mesma forma, a participação em atividades<br />

sociais contribui para promover uma visão positiva<br />

da deficiência. O esporte, particularmente, tem ajudado<br />

a superar muitos preconceitos da sociedade.<br />

A atividade física pode ser um meio poderoso de<br />

gerar respeito – é inspirador ver uma criança superar<br />

barreiras físicas e psicológicas à sua participação,<br />

inclusive falta de estímulo e apoio ou carência<br />

de equipamentos adaptativos. Em um dos estudos,<br />

crianças <strong>com</strong> deficiência e fisicamente ativas foram<br />

avaliadas <strong>com</strong>o mais <strong>com</strong>petentes do que seus<br />

pares sem deficiência. 11 No entanto, é preciso cautela<br />

para não criar um clima artificial, em que crianças<br />

<strong>com</strong> deficiência que evidenciam heroísmo físico<br />

sejam valorizadas e aquelas que não o fazem sejam<br />

levadas a sentir-se inferiores.<br />

O esporte tem ajudado também em campanhas<br />

voltadas à redução do estigma. Frequentemente,<br />

atletas <strong>com</strong> deficiência são os representantes mais<br />

reconhecidos de pessoas <strong>com</strong> deficiência, e muitos<br />

deles utilizam plataformas <strong>com</strong>o os Jogos Paralímpicos<br />

e as Special Olympics para divulgar e tornar-<br />

-se modelos para crianças <strong>com</strong> limitações físicas<br />

ou intelectuais. Além disso, experiências na Bósnia<br />

e Herzegóvina, no Laos, na Malásia e na Rússia<br />

demonstram que o acesso a esportes e recreação<br />

não apenas beneficia diretamente as crianças <strong>com</strong><br />

deficiência <strong>com</strong>o também contribui para melhorar<br />

sua posição na <strong>com</strong>unidade, uma vez que, tal <strong>com</strong>o<br />

as demais crianças, são vistas <strong>com</strong>o participantes<br />

de atividades socialmente valorizadas. 12<br />

Estimular crianças <strong>com</strong> deficiência a participar de<br />

esportes e recreação em <strong>com</strong>panhia de seus pares<br />

não é apenas uma questão de mudança de atitudes:<br />

é um direito e uma exigência específica da CDPD,<br />

que orienta os países parceiros a “garantir que<br />

crianças <strong>com</strong> deficiência tenham acesso igual ao<br />

de outras crianças à participação em brincadeiras,<br />

recreação e atividades esportivas e de lazer, inclusive<br />

aquelas promovidas pelo sistema escolar.”<br />

Trata-se de capacidade<br />

A campanha “Trata-se de capacidade”, de Montenegro,<br />

foi lançada em setembro de 2010 e teve impacto sobre<br />

os conhecimentos, as atitudes e as práticas do público<br />

em relação a crianças <strong>com</strong> deficiência. A campanha<br />

reúne uma coalizão ampla de cem organizações<br />

nacionais e internacionais, que inclui o governo de<br />

Montenegro, a União Europeia, o Conselho Europeu, a<br />

Organização por Segurança e Cooperação na Europa,<br />

agências das Nações Unidas, embaixadas, associações<br />

de pais de crianças <strong>com</strong> deficiência, mídias impressa e<br />

eletrônica, o setor privado, funcionários locais e crianças<br />

<strong>com</strong> e sem deficiência. Umas das estratégias da<br />

campanha foi a utilização de painéis expostos em todo<br />

o país, apresentando crianças <strong>com</strong> deficiência <strong>com</strong>o<br />

membros ativos da sociedade, retratando-as <strong>com</strong>o atletas,<br />

amigos e amigas, musicistas, dançarinos e dançarinas,<br />

estudantes, filhas, filhos, irmãos e irmãs.<br />

Em novembro de 2011, uma pesquisa mediu o impacto<br />

da campanha e relatou sua contribuição para um<br />

aumento de 18% no número de pessoas que consideram<br />

crianças <strong>com</strong> deficiência <strong>com</strong>o membros plenos da<br />

sociedade. Progressos também foram observados no<br />

<strong>com</strong>portamento em relação a crianças <strong>com</strong> deficiência<br />

e na <strong>com</strong>unicação entre elas e pessoas sem deficiência.<br />

Apoiando as crianças<br />

e suas famílias<br />

A CDPD enfatiza o papel da família <strong>com</strong>o unidade<br />

natural da sociedade e o papel do Estado <strong>com</strong>o provedor<br />

de apoio à família. Afirma que “a pessoa <strong>com</strong><br />

deficiência e os membros de sua família devem<br />

receber a proteção e a assistência necessárias para<br />

capacitar as famílias a contribuir para que a pessoa<br />

<strong>com</strong> deficiência desfrute de seus direitos de maneira<br />

plena e equitativa.” 13<br />

O processo de realização dos direitos de uma<br />

criança <strong>com</strong> deficiência – de inclusão dessa criança<br />

na vida <strong>com</strong>unitária – <strong>com</strong>eça pela criação de um<br />

ambiente familiar que propicie o recurso a intervenções<br />

precoces, o que implica estimulação e intera-<br />

FUNDAMENTOS DA INCLUSÃO 13

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