não pode ser vista como, de um lado, os reis Moonspell como um eucalipto e, o resto, a plebe, mera paisagem para encher o cenário. Compreendo que tenham mais destaque, mas considero desmesurado que, das raras vezes que o conservador mainstream nacional espreite no hard’n’heavy, veja sempre os mesmos. Seria um bocado forçado dizer que ambicionamos chegar ao nível de notoriedade deles. As probabilidades jogam contra nós e, como disse atrás, a ambição é fazer por ir crescendo e logo se vê onde conseguimos chegar. Como veem o panorama nacional? Bandas de referência para vocês? Sinceramente, nós preocupamonos sobretudo em fazer bem a nossa parte. E daí parte o nosso contributo. Sabemos que há bandas interessantes, mas não somos propriamente ávidos conhecedores da actualidade do panorama nacional. Isto explica-se em parte com o facto de sermos totalmente influenciados a nível musical, de ética de trabalho e da forma de pensar a banda com exemplos vindos de outros países. Por isso, é natural que não exista nenhuma banda nacional que seja uma referência para nós: nenhuma nos influenciou. O que não quer dizer que não gostemos de bandas nacionais. As minhas preferências vão para Tarantula, Midnight Priest e o álbum de 1992 dos Joker, “Ecstasy”. Acho que a única banda nacional consensual nos Affäire e presença certa quando estamos na estrada são os 28 míticos Ena Pá 2000! Sendo o nosso meio algo curto, digo isto no sentido de sentir e perceber que a imprensa escrita é reduzida, abundam claro as publicações digitais, que implicam menores custos, mas para as quais nós sentimos muitas das vezes o fechar da porta por parte de grandes promotores, a rádio está há muito “comprada” para determinadas divulgações, e grande parte dos concertos vai funcionando um pouco como underground, arrastando “minorias”, devido aos espaços também eles não <strong>of</strong>erecerem as melhores condições para outros voos. Não estou a menosprezar, estou só a tentar perceber, qual a vossa sensibilidade e o que acham que falta para que tudo fosse diferente, mais motivante para o vosso lado, enquanto músicos, compositores? Essas são perguntas que também fazemos a nós próprios. Para bandas da nossa “divisão”, não acho que haja falta de espaços com condições razoáveis. Talvez haja alguma falta de amor à música e à cultura rock n roll. Em querer ajudar a manter viva uma cena e ajudá-la a crescer. Há obviamente excepções e, falando pelos Affäire, sempre tivemos bastante airplay nas principais rádios nacionais ligadas ao rock. Em programas de autor, é certo, onde “políticas” não entram, mas também é nesses que se vê o amor à camisola. Sentimento que já falta quando existem inúmeras casas com nomes pomposos - fica sempre “cool“ usar e abusar da palavra rock, mas depois não ter a integridade de fazer jus ao nome. Seja por preferirem apostar consecutivamente em bandas de covers ou por uma atitude de quem faz um favor em receber bandas para tocar ao vivo. Infelizmente, esse amor à camisola também falta no público que diz gostar de rock. Tirando uma restrita minoria, quase ninguém tem coragem de sair de casa para ver concertos que não sejam as romarias ao Parque Marítimo de Algés... O EP “Neon Gods”, surge este ano com 4 temas originais uma cover, “I Saw Her Standing There”, dos The Beatles, que eu particularmente acho fantástica e aproveito para vos dar os parabéns pelo trabalho. Qual o próximo passo? Obrigado pelas palavras e pelo interesse! O novo disco é muito recente e ainda há muita gente que precisa de nos conhecer, só que ainda não sabe! Essa é a nossa tarefa constante e quero aproveitar para agradecer a todas as pessoas que têm perdido o seu tempo a partilhar a nossa música por aí e a darnos a conhecer, a troco de nada! Isto seria muito mais crítico sem esse apoio e é uma das razões que nos faz continuar aqui. Ainda nos continuam a chegar críticas ao disco vindas de todo o lado, que vamos partilhando nas redes sociais. Neste outono vai sair o primeiro videoclip <strong>of</strong>icial retirado de “Neon Gods”. Paralelamente, estamos a trabalhar em músicas novas e não escondo que em 2018 vamos querer dedicar-nos a um segundo álbum.
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