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eNTREVISTA<br />
Os Veinless são um dos bons valores da música pesada nacional. Após alguns anos de<br />
ausência dos registos de estúdio, regressam com "IX", o segundo álbum. Dinâmico e com<br />
um espectro bastante alargado, "Ix" é um álbum que muda o jogo para a banda e mostra<br />
um novo caminho que a mesma irá seguir no futuro. Fomos falar com os Veinless, aqui<br />
representados por António Boeiro (vocalista), Roger (guitarrista), Kronos (guitarrista) e Alex<br />
(baixista<br />
Fernando Ferreira<br />
Grande álbum de estreia.<br />
Começamos já assim à bruta.<br />
É um sinal de perseverança e<br />
dedicação “IX” estar cá fora?<br />
Como é que o sentem?<br />
António – Este álbum sinto-o...<br />
acho que o sentimos, com, acima<br />
de tudo, um grande orgulho<br />
porque foi um trabalho que não<br />
foi conseguido de repente. Foi<br />
um trabalho que foi feito ao<br />
longo de algum tempo, não só<br />
de composição para o álbum mas<br />
tudo antes, tudo o que aconteceu<br />
antes. Tínhamos o primeiro<br />
álbum e depois de concertos...<br />
mesmo antes, decidimos que<br />
precisávamos de fazer coisas<br />
novas. Houve perspectivas novas<br />
que surgiram na banda. Abordei<br />
a banda a propósito do que<br />
eles achavam de fazer músicas<br />
em português, a cantar em<br />
português. Daí o álbum ser um<br />
bocado híbrido, digamos assim,<br />
6<br />
porque já tínhamos músicas em<br />
inglês que não queríamos perder,<br />
eram fortes. E daí introduzirmos<br />
músicas em português que penso<br />
que resultaram. Mas é um álbum<br />
que vemos com muito carinho e<br />
muita vontade de marcar a nossa<br />
posição no mundo da música<br />
portuguesa.<br />
Qual tem sido o feedback<br />
que têm tido até agora deste<br />
álbum?<br />
Roger – Infelizmente ainda<br />
não tivemos uma grande<br />
oportunidade de o apresentar ao<br />
vivo, por inúmeras situações,<br />
algumas pessoais. Aliás, já<br />
tivemos que dar um concerto com<br />
um músico convidade porque<br />
infelizmente o nosso grande<br />
Kronos, o guitarrista, está com<br />
um problema chato na perna e de<br />
maneira que tivemos que parar<br />
um bocadinho com a divulgação<br />
do nosso álbum. O que foi uma<br />
pena porque perdemos uma<br />
altura muito boa, que foi a parte<br />
do Verão mas tencionamos voltar<br />
à estrada o mais rapidamente<br />
possivel porque além de nos<br />
darmos todos muito bem a<br />
nível de composição e para nós<br />
estarmos dentro do estúdio é<br />
um dia muito bem passado, seja<br />
a compôr, seja a gravar seja<br />
a confraternizar (risos) mas a<br />
verdade é que gostamos muito<br />
dos palcos e do público que nos<br />
acompanha. Também fizemos<br />
algumas experiências antes<br />
da gravação do álbum que foi<br />
tocar algum dos temas ao vivo.<br />
Tivemos uma recepção muito<br />
boa principalmente com temas<br />
como “Outra Vez” que as pessoas<br />
se revêem muito com aquele<br />
tema, a nível lírico. Temas como<br />
“Land Of Dust”, “Wake Up”<br />
que fazem as pessoas viverem<br />
a nossa música de maneira um<br />
bocadinho diferente, porque<br />
estavam habituados a uns<br />
Veinless mais contidos, penso<br />
eu, e nós neste álbum tivemos<br />
uma abordagem um bocadinho<br />
diferente. Não só por tentarmos<br />
os temas em português, mas<br />
também a nível da especifidade<br />
e de tentarmos de alguma forma<br />
termos um álbum um bocadinho<br />
excêntrico a nível de estilos e de<br />
performance e de tudo mais.<br />
Apesar de no <strong>Metal</strong> Archives<br />
estarem catalogados como<br />
thrash metal, esse é um rótulo<br />
que não serve para vos definir,<br />
certo? Há bastante variedade<br />
em “IX” que vai bem mais<br />
além do que apenas thrash. Se<br />
tivessem que vos definir, qual<br />
seria o género onde se sentem<br />
mais confortáveis?<br />
Roger – Este é um problema que<br />
temos desde o início da nossa<br />
banda: nunca nos conseguimos<br />
definir. Penso que falo por<br />
todos porque para já temos<br />
elementos de vertentes musicais<br />
completamente diferentes na<br />
banda, que felizmente se juntaram<br />
e conseguem fazer temas coesos<br />
e que têm sentido. Mas a nível de<br />
estilo, de música para música, é<br />
uma coisa que se veio a ter. Não<br />
nos queremos descaracterizar