31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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eNTREVISTA<br />

Os Veinless são um dos bons valores da música pesada nacional. Após alguns anos de<br />

ausência dos registos de estúdio, regressam com "IX", o segundo álbum. Dinâmico e com<br />

um espectro bastante alargado, "Ix" é um álbum que muda o jogo para a banda e mostra<br />

um novo caminho que a mesma irá seguir no futuro. Fomos falar com os Veinless, aqui<br />

representados por António Boeiro (vocalista), Roger (guitarrista), Kronos (guitarrista) e Alex<br />

(baixista<br />

Fernando Ferreira<br />

Grande álbum de estreia.<br />

Começamos já assim à bruta.<br />

É um sinal de perseverança e<br />

dedicação “IX” estar cá fora?<br />

Como é que o sentem?<br />

António – Este álbum sinto-o...<br />

acho que o sentimos, com, acima<br />

de tudo, um grande orgulho<br />

porque foi um trabalho que não<br />

foi conseguido de repente. Foi<br />

um trabalho que foi feito ao<br />

longo de algum tempo, não só<br />

de composição para o álbum mas<br />

tudo antes, tudo o que aconteceu<br />

antes. Tínhamos o primeiro<br />

álbum e depois de concertos...<br />

mesmo antes, decidimos que<br />

precisávamos de fazer coisas<br />

novas. Houve perspectivas novas<br />

que surgiram na banda. Abordei<br />

a banda a propósito do que<br />

eles achavam de fazer músicas<br />

em português, a cantar em<br />

português. Daí o álbum ser um<br />

bocado híbrido, digamos assim,<br />

6<br />

porque já tínhamos músicas em<br />

inglês que não queríamos perder,<br />

eram fortes. E daí introduzirmos<br />

músicas em português que penso<br />

que resultaram. Mas é um álbum<br />

que vemos com muito carinho e<br />

muita vontade de marcar a nossa<br />

posição no mundo da música<br />

portuguesa.<br />

Qual tem sido o feedback<br />

que têm tido até agora deste<br />

álbum?<br />

Roger – Infelizmente ainda<br />

não tivemos uma grande<br />

oportunidade de o apresentar ao<br />

vivo, por inúmeras situações,<br />

algumas pessoais. Aliás, já<br />

tivemos que dar um concerto com<br />

um músico convidade porque<br />

infelizmente o nosso grande<br />

Kronos, o guitarrista, está com<br />

um problema chato na perna e de<br />

maneira que tivemos que parar<br />

um bocadinho com a divulgação<br />

do nosso álbum. O que foi uma<br />

pena porque perdemos uma<br />

altura muito boa, que foi a parte<br />

do Verão mas tencionamos voltar<br />

à estrada o mais rapidamente<br />

possivel porque além de nos<br />

darmos todos muito bem a<br />

nível de composição e para nós<br />

estarmos dentro do estúdio é<br />

um dia muito bem passado, seja<br />

a compôr, seja a gravar seja<br />

a confraternizar (risos) mas a<br />

verdade é que gostamos muito<br />

dos palcos e do público que nos<br />

acompanha. Também fizemos<br />

algumas experiências antes<br />

da gravação do álbum que foi<br />

tocar algum dos temas ao vivo.<br />

Tivemos uma recepção muito<br />

boa principalmente com temas<br />

como “Outra Vez” que as pessoas<br />

se revêem muito com aquele<br />

tema, a nível lírico. Temas como<br />

“Land Of Dust”, “Wake Up”<br />

que fazem as pessoas viverem<br />

a nossa música de maneira um<br />

bocadinho diferente, porque<br />

estavam habituados a uns<br />

Veinless mais contidos, penso<br />

eu, e nós neste álbum tivemos<br />

uma abordagem um bocadinho<br />

diferente. Não só por tentarmos<br />

os temas em português, mas<br />

também a nível da especifidade<br />

e de tentarmos de alguma forma<br />

termos um álbum um bocadinho<br />

excêntrico a nível de estilos e de<br />

performance e de tudo mais.<br />

Apesar de no <strong>Metal</strong> Archives<br />

estarem catalogados como<br />

thrash metal, esse é um rótulo<br />

que não serve para vos definir,<br />

certo? Há bastante variedade<br />

em “IX” que vai bem mais<br />

além do que apenas thrash. Se<br />

tivessem que vos definir, qual<br />

seria o género onde se sentem<br />

mais confortáveis?<br />

Roger – Este é um problema que<br />

temos desde o início da nossa<br />

banda: nunca nos conseguimos<br />

definir. Penso que falo por<br />

todos porque para já temos<br />

elementos de vertentes musicais<br />

completamente diferentes na<br />

banda, que felizmente se juntaram<br />

e conseguem fazer temas coesos<br />

e que têm sentido. Mas a nível de<br />

estilo, de música para música, é<br />

uma coisa que se veio a ter. Não<br />

nos queremos descaracterizar

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