31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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SEPTICFLESH<br />

“Codex Omega”<br />

Season Of Mist<br />

"Codex Omega" é<br />

um dos álbuns mais<br />

aguardados para <strong>2017</strong><br />

e não são necessárias<br />

muitas audições<br />

para verificarmos<br />

que não se tratavam<br />

de expectativas<br />

infundadas. Se Titan<br />

era um colosso bruto<br />

de metal sinfónico extremo, "Codex Omega"<br />

é grandioso e recupera grande parte da<br />

atmosfera e requinte sacrificado no último<br />

trabalho, principalmente pelas vozes limpas<br />

que surgem no ponto ideal. Místico, poderoso<br />

e até assombroso, este é um álbum que vai para<br />

muito além do que se lhe era exigido. Apesar<br />

de exigir algumas audições, e ao contrário dos<br />

seus antecessores, facilmente concedemos<br />

mais umas rodagens, sem qualquer de enfado.<br />

Sem dúvida que o mais grandioso trabalho da<br />

banda nesta segunda encarnação.<br />

SIFTING<br />

“Not From Here”<br />

Eclipse Records<br />

O som dos Sifting<br />

é bem refrescante.<br />

Começando assim<br />

supõe-se logo que<br />

vamos afirmar<br />

como é a salvação<br />

do rock e como<br />

nos mostram algo<br />

esplendorosamente<br />

novo. Nem por isso. É o problema de hoje<br />

em dia, esperamos que seja tudo ou muito<br />

bom ou muito mau. Ou revolucionário ou<br />

experimental. Os Sifting apresentam-nos<br />

várias facetas ao longo deste álbum, sendo<br />

que o rock é aquela que está presente<br />

em todas elas. Ora mais alternativo ora<br />

até progressivo (progressivo a um nível<br />

de Threshold por exemplo) este álbum é<br />

um autêntico desfilar de surpresas. Bem<br />

conseguido e um poço de talentos, uma<br />

banda que já devíamos ter encontrado à mais<br />

tempo.<br />

SILIUS<br />

“Hell Awakening”<br />

Massacre Records<br />

Trabalho de estreia<br />

dos austríacos Silius<br />

que apresentam<br />

um thrash metal a<br />

lembrar aquele que<br />

nos ia surgindo na<br />

década de noventa<br />

(na segunda metade)<br />

e que apesar dos<br />

altos níveis de energia, fica a sensação de<br />

que falta algo. Temos riffs, temos fulgor<br />

mas parece não ser suficiente para que<br />

fiquemos totalmente convencidos. Por outro<br />

lado, existem indicadores que a banda talvez<br />

possa apresentar algo bem mais interessante<br />

no futuro -a mais melancólica "Kingdom<br />

Of Betrayal" e a pujante "Evol Monument"<br />

são excelente indicadores. Como álbum<br />

de estreia não podemos dizer que seja um<br />

mau trabalho (não é!), no entanto falha em<br />

impressionar-nos em relação à competição<br />

fortíssima.<br />

[9.5/10] Fernando Ferreira [7.9/10] Fernando Ferreira [6.5/10] Fernando Ferreira<br />

SINICLE<br />

“Angels & Demons”<br />

Edição de Autor<br />

O trio oriundo de<br />

Los Angeles, Sinicle,<br />

formados por Drew<br />

Zaragoza, (voz e<br />

guitarra), Justin Miller,<br />

(Baixo) e Diego Patino,<br />

bateria, combinam<br />

um groove <strong>Metal</strong>,<br />

patenteado num rock<br />

angustiante, mas<br />

enérgico, colocando-os num mundo próprio,<br />

mas bem comprometidos com os seus<br />

objetivos de dominar o seu espaço e estilo.<br />

<strong>Metal</strong> pesado e arrojado capaz de rebentar com<br />

os tímpanos de qualquer um que se proponha<br />

a ouvi-los. Tendo sido um dos elementos do<br />

cartaz do Ozzfest Meets Knotfest de 2016, a sua<br />

última versão de Still In Mind obteve um bom<br />

reconhecimento na imprensa mundial, levando<br />

à participação em outros festivais, gigs com<br />

monstros como os Exodus, Allegaeon e Rex<br />

Brown entre outros.<br />

SKEIN<br />

“Deadweight”<br />

Inverse Records<br />

Segundo álbum de<br />

originais da banda<br />

finlandesa Skein que<br />

apresenta um bom<br />

equilíbrio entre o metal<br />

moderno e o som mais<br />

alternativo. Na teoria<br />

poderá não parecer<br />

grande coisa, não muito<br />

diferente do som metalcore que recebemos<br />

todos os dias mas na prática as coisas revelamse<br />

algo diferente. Temos alguma atmosfera que<br />

torna o seu som mais peculiar do que aparenta.<br />

Sem ir por caminhos pós-metal mas também<br />

sem se afastar muito de alguns dos seus<br />

ambientes, este é um trabalho dinâmico que<br />

confundirá os vossos preconceitos enquanto se<br />

instala aos poucos. Pesado, melódico, sensível<br />

e intenso. Um daqueles álbuns que poderá ser<br />

desprezado à primeira mas que depois fica<br />

gravado.<br />

[7/10] Miguel Correia [8/10] Fernando Ferreira<br />

SOCIAL CRASH<br />

“Burn Out”<br />

Wormholedeath<br />

Por vezes é bom<br />

ouvir música sem<br />

expectativas. As<br />

mesmas poderão<br />

tapar-nos aos olhos<br />

acerca de qualidades<br />

mais subtis. Foi sem<br />

expectativas que<br />

avançámos para "Burn<br />

Out", o álbum de estreia dos Social Crash. No<br />

entanto, não foi devido a elas que notámos as<br />

qualidades mais subtis. Não as conseguimos<br />

encontrar porque elas são mesmo raras.<br />

Temos algumas melodias boas aqui e ali -<br />

aquele solo da "Alive" soa a rock clássico -<br />

mas não muito mais. Supostamente a banda<br />

toca punk rock experimental e quanto a<br />

isso só podemos dizer que provavelmente a<br />

experiência será esconder essa faceta da sua<br />

música. Falta pulso e ganchos para que estas<br />

músicas fiquem na memória.<br />

[410] Fernando Ferreira<br />

SONS OF TEXAS<br />

“Forged By Fortitude”<br />

Spinefarm Records<br />

O que dá som brito,<br />

moderno com aquele<br />

cheiro sulista que vai<br />

do southern rock até ao<br />

que os Pantera fizeram?<br />

Os Sons Of Texas. A<br />

banda já tinha deixado<br />

boa impressão com<br />

"Baptized In Blood", o<br />

seu álbum de estreia<br />

editado dois anos atrás e este segundo trabalho<br />

reforçam essa impressão. <strong>Metal</strong> sulista que faz<br />

lembrar Lamb Of God e Pantera na voz mas<br />

que tem muito do poder do metal moderno que<br />

tem intenções de actualizar o hard rock. É uma<br />

descrição que não elucida mas poderá ajudar.<br />

Não é heavy, não é rock nem é thrash. É de tudo<br />

um pouco. A ideia é manter as coisas simples<br />

e o feeling a mil e é isso que conseguem fazer.<br />

Um bom álbum para quem gosta do som do<br />

deserto.<br />

SORCERER<br />

“Sirens”<br />

<strong>Metal</strong> Blade Records<br />

Os Sorcerer são um<br />

bom exemplo de<br />

como a Suécia deve<br />

ter qualquer coisa<br />

na água. Aliás, toda<br />

a Escandinávia mas<br />

isso já divagamos.<br />

Depois de um<br />

excelente álbum de<br />

estreia em 2015 (e também um EP), a<br />

banda de heavy metal épico e tradicional<br />

volta à carga com este single dois anos<br />

depois. Single com dois temas mas que<br />

são uma óptima introdução ao próximo<br />

álbum de originais, "The Crowning Of The<br />

Fire King" além de cativar qualquer um que<br />

ainda não conheça o som da banda. Para<br />

quem gosta de coleccionar vinil, esta será<br />

uma escolha obrigatória.<br />

SORCERER<br />

“The Crowning Of The Fire King”<br />

<strong>Metal</strong> Blade Records<br />

Quando dissemos a<br />

propósito do single<br />

"Sirens" que esta<br />

banda é obrigatória<br />

para os amantes do<br />

som da velha guarda<br />

não estávamos<br />

a brincar. "The<br />

Crowning Of The<br />

Fire King", o segundo álbum de originais<br />

da banda sueca é uma lição de como<br />

fazer heavy/doom clássico. E claro que é<br />

impossível não fazermos comparações<br />

com os Candlemass, mas os Sorcerer não<br />

são simples cópias. E é possível notar a<br />

evolução da banda desde o álbum anterior.<br />

Este é mais um álbum clássico que vemos<br />

a desafiar o teste do tempo, mais um<br />

clássico cortesia da <strong>Metal</strong> Blade.<br />

70<br />

[8/10] Fernando Ferreira<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

[9.3/10] Fernando Ferreira

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