31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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Para despertar a multidão de melodias mais<br />

épicomelancólicas, vieram os Is Bliss, que apesar de<br />

não serem estranhos ao pós-rock, gozam de um groove<br />

próprio do rock alternativo. Ritmos fortes que se tornaram<br />

hipnóticos por parte de uma banda que tem atraído e<br />

recolhido muita atenção e boas críticas. Apesar da hora<br />

avançada, o público correspondeu positivamente ao seu<br />

som.<br />

alguma parafernália electrónica e é esse espírito que faz<br />

com que cada sua actuação seja imperdível. A do palco<br />

Tejo não foi excepção.<br />

Is Bliss<br />

Com os Hills aconteceu o mesmo com os Träd Gräs Och<br />

Stenar, Traden: começaram por tocar uma longa jam<br />

quando se ainda pensava que estavam no soundcheck,<br />

inclusive por parte do P.A. que só após longos minutos é<br />

que ligaram as luzes, É este tipo de som que preferimos.<br />

Aquele que nos faz abstrair e desligar das coisas à nossa<br />

volta. E a própria banda parecia estar mergulhada nesse<br />

espírito, onde os três guitarristas teciam verdadeiras teias<br />

sonoras que iam em todas as direcções e ligavam tudo a<br />

todos. Ficámos com a ideia que nem era preciso termos<br />

músicas, apenas jams. Belas e longas jams.<br />

Löbo<br />

A finalizar a nossa noite (infelizmente por não<br />

aguentarmos mais) estiveram os Esben And The<br />

Witch, uma das mais interessantes bandas dentro do<br />

espectro doom/folk, onde a mística que a sua música<br />

evoca é quase como um quarto integrante. A banda<br />

entrou começando por agradecer ao público por ainda<br />

estar acordado para vê-los. Estávamos acordados<br />

mas já estávamos no limite. O que vale é que o<br />

power trio consegue embalar-nos como ninguém.<br />

Esben And The Witch<br />

Como um azar nunca vem só... neste caso, um atraso<br />

nunca vem só. Os Löbo tiveram muitos problemas<br />

técnicos que atrasaram dolorosamente o início da sua<br />

actuação. Quando finalmente começou, tudo ficou<br />

esquecido. Duas baterias, som poderoso, bem definido<br />

e bem alto - e de vez em quando com as malditas<br />

interferências nas colunas. A músicas dos Löbo é outra<br />

que é orgânica como o espírito jam exige apesar da<br />

98<br />

Hills<br />

Já passavam das cinco da manhã e estavamos<br />

<strong>of</strong>icialmente de rastos. Para muita pena nossa não<br />

tivemos mais energias para ver a joint venture entre<br />

Dr. Space e Luis Simões e os Throw Down Bones.<br />

Apesar de ter sido uma edição que s<strong>of</strong>reu com algum<br />

desinvestimento notório e afligido com muitos<br />

problemas devido ao som, não podemos dizer que<br />

tenha sido uma decepção. Boa música, boa comida<br />

(excelente <strong>of</strong>erta em termos de comida que só teve<br />

o problema de fechar muito cedo em relação aos<br />

horários do festival) e o bom espírito do Reverence<br />

que continua vivo e bem vivo, independente da forma.<br />

Que não fique por aqui e para o ano tenhamos mais<br />

uma maratona de concertos.

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