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JORN<br />
“Life On Death Road”<br />
Frontiers Records<br />
Jorn Lande<br />
não precisa de<br />
apresentações, toda<br />
o seu percurso e<br />
reputação adquirida<br />
enquanto vocalista<br />
e compositor o<br />
precede. São muitos<br />
anos de metal, quase<br />
30, se não estou em erro, e este “Life On<br />
Death Road” marca o seu nono trabalho<br />
original de estúdio, trazendo mais uma<br />
vez o peso do metal, navegando para<br />
sonoridades AOR, ao nível elevado a que<br />
Jorn já nos habituou e mais uma vez<br />
acompanhado por nomes sonantes e de<br />
peso no panorama musical: Matt Sinner<br />
(baixo), Francesco Jovino (bateria), Alex<br />
Beyrodt (guitarra), complementados<br />
por Alessandro Del Vecchio nas teclas.<br />
Recomendo!<br />
KA BAIRD<br />
“Sapropelic Pycnic”<br />
Drag City<br />
Já estamos habituados<br />
a que nos chegue<br />
da Drag City as<br />
propostas musicais<br />
mais inesperadas<br />
mas mesmo assim<br />
ainda nos consegue<br />
surpreender. Ka Baird<br />
é difícil de definir. Este<br />
projecto poderá inserirse<br />
na vertente mais experimental da música<br />
ambient e avantgarde, onde sons estranhos,<br />
alguns orgânicos, outros fruto de sintetizadores<br />
se juntam a uma voz angelical que aparece de<br />
vez em quando. O resultado é desconcertante<br />
tanto como hipnótico. Definitivamente não é<br />
algo para ouvir todos os dias mas tem um efeito<br />
estranhamente calmante - compreendemos<br />
que possa irritar também. Um álbum de estreia<br />
que não nos deixa indicações para o que possa<br />
vir no futuro - a dificuldade para compreender<br />
o presente já é difícil - mas sem dúvida que<br />
uma obra que vai crescer com consequentes<br />
audições.<br />
KING PARROT<br />
“Ugly Produce”<br />
Agonia Records<br />
Os King Parrot já têm<br />
dado nas vistas desde<br />
o lançamento do álbum<br />
de estreia em 2012<br />
mas foi com "Dead<br />
Set", lançado pela<br />
editora de Phil Anselmo<br />
(Housecore Records)<br />
nos E.U.A e na Europa<br />
pela Agonia Records<br />
que as portas se abriram verdadeiramente.<br />
"Ugly Produce" pega nisso e eleva tudo um<br />
pouco. Qualidade, potência e intensidade, num<br />
álbum que apesar de unidimensional, não deixa<br />
de impressionar. Talvez o grande defeito é não<br />
<strong>of</strong>erecer uma faixa que seja que se destaque.<br />
Por outro lado, todas se equivalem por uma<br />
qualidade acima da média. Um álbum ao qual<br />
teremos ainda que dedicar mais audições mas<br />
que só esse facto - ser unidimensional mas<br />
mesmo assim puxar-nos para ouvir mais - é<br />
razão para ficarmos impressionados.<br />
[9/10] Miguel Correia [7/10] Fernando Ferreira [8/10] Fernando Ferreira<br />
KORPIKLAANI<br />
“Live At Masters Of Rock”<br />
Nuclear Blast<br />
Nada como vir do Vagos<br />
<strong>Metal</strong> Fest e recordar uma<br />
das grandes actuações<br />
do festival com este "Live<br />
At Masters Of Rock",<br />
embora aqui tenhamos<br />
direito a muitas mais<br />
músicas do que aquelas<br />
que ouvimos na meca<br />
metaleira nacional. Dois<br />
CDs com duas actuações da banda, uma registada<br />
em 2016 e outra em 2014. Já sabemos o que<br />
estão a pensar - duas actuações, provavelmente<br />
dois espectáculos bastante semelhantes. Também<br />
estavamos cépticos e embora a música dos<br />
Korpiklaani não seja das mais surpreendentes<br />
que possa existir e realmente exista a repetição<br />
de alguns temas, a verdade é que os espectáculos<br />
são diferentes o suficiente para que compense<br />
a compra. Tal como compensaria ir ver a banda<br />
com o intervalo de dois anos a um festival como o<br />
Masters Of Rock. Além de ser o primeiro trabalho<br />
ao vivo da banda finlandesa (e também DVD/Blu<br />
Ray), deverá ser valorizado por não ter qualquer<br />
tipo de overdubs. What you heard is what you get.<br />
Para fãs e curiosos, recomendado.<br />
KRYPTONITE<br />
“Kryptonite ”<br />
Frontiers Records<br />
Estamos perante um<br />
projeto, reunidos por<br />
uma editora. Quando<br />
nomes como Jakob<br />
Samuel, voz de The<br />
Poodles, conheceu<br />
Alessandro Del<br />
Vecchio, produtor<br />
interno da Frontiers<br />
Records e um escritor<br />
á altura dos seus gostos chamado Neal<br />
Schon, Fergie Frederiksen, Steve Lukather e<br />
muito mais, o resultado é este KryptoniteO<br />
projeto também apresenta o guitarrista<br />
Michael Palace, o baixista Pontus Egberg e o<br />
baterista Robban Bäck com resultados algo<br />
impressionante. Bom, vamos lá, Chasing<br />
Fire, Across The Watere Get Out Be Gone, são<br />
musicas carregadas de ambiente típico AOR e<br />
claro recheado de conceitos líricos pr<strong>of</strong>undos e<br />
inteligentes, com uma grande energia. Será que<br />
apesar de tudo haverá espaço para um segundo<br />
trabalho destes Kryptonite?<br />
[8/10] Fernando Ferreira [7/10] Miguel Correia<br />
LENG TCH'E<br />
“Razorgrind”<br />
Season Of Mist<br />
Os Leng Tch'E são um<br />
dos nomes maiores do<br />
grindcore da Bélgica<br />
a par dos Agathocles,<br />
embora sejam uma<br />
banda (um pouco)<br />
mais recente. Quando<br />
partimos para a<br />
audição de um álbum<br />
de grindcore, é fácil<br />
esperarmos algo específicamente, no entanto,<br />
com este "Razorgrind" podemos esperar<br />
algumas surpresas. Para já, e graças a uma<br />
produção bem potente, há por aqui um espírito<br />
death metal bem acentuado. Depois existem<br />
por aqui dinâmicas e pormenores excelentes<br />
que ajudam a que não se sinta que este é<br />
apenas mais um álbum grindcore. Se pegarmos<br />
num malhão como "Ginea Swine" onde até<br />
teclados vintage temos, é fácil perceber ao que<br />
nos referimos. "Razorgrind" é praticamente<br />
inesgotável, dadas as vezes que lhe queremos<br />
dedicar audições e um regresso (após sete anos<br />
de ausência) muito bem acolhido por todos os<br />
que gostam de música extrema.<br />
[9/10] Fernando Ferreira<br />
LEPROUS<br />
LONEWOLF<br />
“Malina”<br />
InsideOut Music<br />
pdoemos classificá-lo como trip hop,<br />
até à forma como progride sendo que os<br />
momentos emocionais tendem a sobreporse<br />
à intensidade que a banda já nos tinha<br />
“Raised On <strong>Metal</strong> ”<br />
Massacre Records<br />
Os Leprous já habituado. E este poderá ser o grande<br />
Estes franceses,<br />
deixaram de ser uma desafio para quem gostava principalmente<br />
trazem-nos um<br />
novidade há já algum dessa componente. No entanto, apesar da<br />
álbum cheio de<br />
tempo. Nem memso nítida mudança de direcção, não se pode<br />
metal pesado reto<br />
uma promessa. Já dizer que a identidade da banda tenha<br />
e intransigente; As<br />
são uma confirmação sido renegada. Melodias fáceis de fixar,<br />
músicas são rápidas<br />
e uma força a ter em alguma complexidade nos ritmos mas no<br />
com coros atraentes.<br />
conta no espectro do geral estruturas das músicas mais simples<br />
Com isso, e também<br />
metal progressivo. e fáceis de assimilar, assim como um<br />
devido à voz muito<br />
Depois de um "The Congregation" que ambiente quase pop. Curiosamente será característica do guitarrista / vocalista<br />
lhes trouxe sucesso e digressões por todo por essa facilidade de assimilação que o Jens Börner, a banda desenvolveu<br />
o lado (que nos brindou com um grande álbum talvez se torne algo difícil de digerir. totalmente um som que é imediatamente<br />
concerto no Lisboa Ao vivo) a expectativa "Malina" marca um ponto de viragem mas reconhecível. 'Raised On <strong>Metal</strong>' não é uma<br />
era grande e nem teve que ser alimentada não compromete, fazendo com que apesar exceção e é outro registro Lonewolf típico<br />
muito porque dois anos depois cá está o da mudança, continuamos a caminhar que irá satisfazer seus desejos de heavy<br />
sucessor. Ainda assim, o que temos é um com eles.<br />
metal mais pr<strong>of</strong>undos e irá especialmente<br />
trabalho substancialmente diferente de<br />
tudo o que a banda apresentou até agora.<br />
Para já está bastante mais acessível. Desde<br />
agradar os fãs de Grave Digger e Running<br />
Wild. O verdadeiro metal pesado, os picos<br />
e o couro ainda são a lei! Soltem os lobos...<br />
a forma como começa com "Bonneville",<br />
um tema que na maior parte da sua duração<br />
[8/10] Fernando Ferreira [8/10] Miguel Correia<br />
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