31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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JORN<br />

“Life On Death Road”<br />

Frontiers Records<br />

Jorn Lande<br />

não precisa de<br />

apresentações, toda<br />

o seu percurso e<br />

reputação adquirida<br />

enquanto vocalista<br />

e compositor o<br />

precede. São muitos<br />

anos de metal, quase<br />

30, se não estou em erro, e este “Life On<br />

Death Road” marca o seu nono trabalho<br />

original de estúdio, trazendo mais uma<br />

vez o peso do metal, navegando para<br />

sonoridades AOR, ao nível elevado a que<br />

Jorn já nos habituou e mais uma vez<br />

acompanhado por nomes sonantes e de<br />

peso no panorama musical: Matt Sinner<br />

(baixo), Francesco Jovino (bateria), Alex<br />

Beyrodt (guitarra), complementados<br />

por Alessandro Del Vecchio nas teclas.<br />

Recomendo!<br />

KA BAIRD<br />

“Sapropelic Pycnic”<br />

Drag City<br />

Já estamos habituados<br />

a que nos chegue<br />

da Drag City as<br />

propostas musicais<br />

mais inesperadas<br />

mas mesmo assim<br />

ainda nos consegue<br />

surpreender. Ka Baird<br />

é difícil de definir. Este<br />

projecto poderá inserirse<br />

na vertente mais experimental da música<br />

ambient e avantgarde, onde sons estranhos,<br />

alguns orgânicos, outros fruto de sintetizadores<br />

se juntam a uma voz angelical que aparece de<br />

vez em quando. O resultado é desconcertante<br />

tanto como hipnótico. Definitivamente não é<br />

algo para ouvir todos os dias mas tem um efeito<br />

estranhamente calmante - compreendemos<br />

que possa irritar também. Um álbum de estreia<br />

que não nos deixa indicações para o que possa<br />

vir no futuro - a dificuldade para compreender<br />

o presente já é difícil - mas sem dúvida que<br />

uma obra que vai crescer com consequentes<br />

audições.<br />

KING PARROT<br />

“Ugly Produce”<br />

Agonia Records<br />

Os King Parrot já têm<br />

dado nas vistas desde<br />

o lançamento do álbum<br />

de estreia em 2012<br />

mas foi com "Dead<br />

Set", lançado pela<br />

editora de Phil Anselmo<br />

(Housecore Records)<br />

nos E.U.A e na Europa<br />

pela Agonia Records<br />

que as portas se abriram verdadeiramente.<br />

"Ugly Produce" pega nisso e eleva tudo um<br />

pouco. Qualidade, potência e intensidade, num<br />

álbum que apesar de unidimensional, não deixa<br />

de impressionar. Talvez o grande defeito é não<br />

<strong>of</strong>erecer uma faixa que seja que se destaque.<br />

Por outro lado, todas se equivalem por uma<br />

qualidade acima da média. Um álbum ao qual<br />

teremos ainda que dedicar mais audições mas<br />

que só esse facto - ser unidimensional mas<br />

mesmo assim puxar-nos para ouvir mais - é<br />

razão para ficarmos impressionados.<br />

[9/10] Miguel Correia [7/10] Fernando Ferreira [8/10] Fernando Ferreira<br />

KORPIKLAANI<br />

“Live At Masters Of Rock”<br />

Nuclear Blast<br />

Nada como vir do Vagos<br />

<strong>Metal</strong> Fest e recordar uma<br />

das grandes actuações<br />

do festival com este "Live<br />

At Masters Of Rock",<br />

embora aqui tenhamos<br />

direito a muitas mais<br />

músicas do que aquelas<br />

que ouvimos na meca<br />

metaleira nacional. Dois<br />

CDs com duas actuações da banda, uma registada<br />

em 2016 e outra em 2014. Já sabemos o que<br />

estão a pensar - duas actuações, provavelmente<br />

dois espectáculos bastante semelhantes. Também<br />

estavamos cépticos e embora a música dos<br />

Korpiklaani não seja das mais surpreendentes<br />

que possa existir e realmente exista a repetição<br />

de alguns temas, a verdade é que os espectáculos<br />

são diferentes o suficiente para que compense<br />

a compra. Tal como compensaria ir ver a banda<br />

com o intervalo de dois anos a um festival como o<br />

Masters Of Rock. Além de ser o primeiro trabalho<br />

ao vivo da banda finlandesa (e também DVD/Blu<br />

Ray), deverá ser valorizado por não ter qualquer<br />

tipo de overdubs. What you heard is what you get.<br />

Para fãs e curiosos, recomendado.<br />

KRYPTONITE<br />

“Kryptonite ”<br />

Frontiers Records<br />

Estamos perante um<br />

projeto, reunidos por<br />

uma editora. Quando<br />

nomes como Jakob<br />

Samuel, voz de The<br />

Poodles, conheceu<br />

Alessandro Del<br />

Vecchio, produtor<br />

interno da Frontiers<br />

Records e um escritor<br />

á altura dos seus gostos chamado Neal<br />

Schon, Fergie Frederiksen, Steve Lukather e<br />

muito mais, o resultado é este KryptoniteO<br />

projeto também apresenta o guitarrista<br />

Michael Palace, o baixista Pontus Egberg e o<br />

baterista Robban Bäck com resultados algo<br />

impressionante. Bom, vamos lá, Chasing<br />

Fire, Across The Watere Get Out Be Gone, são<br />

musicas carregadas de ambiente típico AOR e<br />

claro recheado de conceitos líricos pr<strong>of</strong>undos e<br />

inteligentes, com uma grande energia. Será que<br />

apesar de tudo haverá espaço para um segundo<br />

trabalho destes Kryptonite?<br />

[8/10] Fernando Ferreira [7/10] Miguel Correia<br />

LENG TCH'E<br />

“Razorgrind”<br />

Season Of Mist<br />

Os Leng Tch'E são um<br />

dos nomes maiores do<br />

grindcore da Bélgica<br />

a par dos Agathocles,<br />

embora sejam uma<br />

banda (um pouco)<br />

mais recente. Quando<br />

partimos para a<br />

audição de um álbum<br />

de grindcore, é fácil<br />

esperarmos algo específicamente, no entanto,<br />

com este "Razorgrind" podemos esperar<br />

algumas surpresas. Para já, e graças a uma<br />

produção bem potente, há por aqui um espírito<br />

death metal bem acentuado. Depois existem<br />

por aqui dinâmicas e pormenores excelentes<br />

que ajudam a que não se sinta que este é<br />

apenas mais um álbum grindcore. Se pegarmos<br />

num malhão como "Ginea Swine" onde até<br />

teclados vintage temos, é fácil perceber ao que<br />

nos referimos. "Razorgrind" é praticamente<br />

inesgotável, dadas as vezes que lhe queremos<br />

dedicar audições e um regresso (após sete anos<br />

de ausência) muito bem acolhido por todos os<br />

que gostam de música extrema.<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

LEPROUS<br />

LONEWOLF<br />

“Malina”<br />

InsideOut Music<br />

pdoemos classificá-lo como trip hop,<br />

até à forma como progride sendo que os<br />

momentos emocionais tendem a sobreporse<br />

à intensidade que a banda já nos tinha<br />

“Raised On <strong>Metal</strong> ”<br />

Massacre Records<br />

Os Leprous já habituado. E este poderá ser o grande<br />

Estes franceses,<br />

deixaram de ser uma desafio para quem gostava principalmente<br />

trazem-nos um<br />

novidade há já algum dessa componente. No entanto, apesar da<br />

álbum cheio de<br />

tempo. Nem memso nítida mudança de direcção, não se pode<br />

metal pesado reto<br />

uma promessa. Já dizer que a identidade da banda tenha<br />

e intransigente; As<br />

são uma confirmação sido renegada. Melodias fáceis de fixar,<br />

músicas são rápidas<br />

e uma força a ter em alguma complexidade nos ritmos mas no<br />

com coros atraentes.<br />

conta no espectro do geral estruturas das músicas mais simples<br />

Com isso, e também<br />

metal progressivo. e fáceis de assimilar, assim como um<br />

devido à voz muito<br />

Depois de um "The Congregation" que ambiente quase pop. Curiosamente será característica do guitarrista / vocalista<br />

lhes trouxe sucesso e digressões por todo por essa facilidade de assimilação que o Jens Börner, a banda desenvolveu<br />

o lado (que nos brindou com um grande álbum talvez se torne algo difícil de digerir. totalmente um som que é imediatamente<br />

concerto no Lisboa Ao vivo) a expectativa "Malina" marca um ponto de viragem mas reconhecível. 'Raised On <strong>Metal</strong>' não é uma<br />

era grande e nem teve que ser alimentada não compromete, fazendo com que apesar exceção e é outro registro Lonewolf típico<br />

muito porque dois anos depois cá está o da mudança, continuamos a caminhar que irá satisfazer seus desejos de heavy<br />

sucessor. Ainda assim, o que temos é um com eles.<br />

metal mais pr<strong>of</strong>undos e irá especialmente<br />

trabalho substancialmente diferente de<br />

tudo o que a banda apresentou até agora.<br />

Para já está bastante mais acessível. Desde<br />

agradar os fãs de Grave Digger e Running<br />

Wild. O verdadeiro metal pesado, os picos<br />

e o couro ainda são a lei! Soltem os lobos...<br />

a forma como começa com "Bonneville",<br />

um tema que na maior parte da sua duração<br />

[8/10] Fernando Ferreira [8/10] Miguel Correia<br />

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