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ENSIFERUM<br />
“Two Paths”<br />
<strong>Metal</strong> Blade Records<br />
Os Ensiferum poderão<br />
não ser a escolha mais<br />
óbvia no que ao folk<br />
metal diz respeito,<br />
principalmente pelo<br />
seu som mais épico e<br />
próximo do death metal<br />
melódico. Categorias<br />
e rótulos aparte, esta<br />
é uma banda que já<br />
conquistou o seu espaço na cena da música<br />
extrema. Ao sétimo álbum e após uma compilação<br />
o ano passado, aquilo que esperamos é aquilo<br />
que sempre tivemos: metal melódico e muitos<br />
gancho melódicos, feitos para serem entoados<br />
ao vivo. Poderão haver vozes críticas que refiram<br />
que a música da banda finlandesa não passa<br />
disso mesmo e que tal como outras bandas que<br />
surpreenderam no início de carreira (como uns<br />
Rhapsody, Children Of Bodom e Sonata Arctica),<br />
chega a um ponto em que não têm nada de novo<br />
para apresentar. Efectivamente não há nada de<br />
novo, apenas mais onze músicas novas que nos<br />
trazem o melhor que a banda sabe fazer. "Apenas"<br />
que já é muito.<br />
[8.6/10] Fernando Ferreira<br />
EPICA<br />
“The Solace System”<br />
Nuclear Blast<br />
Após um excelente "The<br />
Holographic Principle",<br />
era inesperado termos<br />
notícias de estúdio tão<br />
depressa por parte<br />
da banda holandesa<br />
Epica, mas aqui estão<br />
eles, após (menos de)<br />
um ano com este "The<br />
Solace System", um EP que nos traz seis temas<br />
de natureza mais condensada do que aquilo<br />
que a banda faz normalmente. Não se trata de<br />
material de refugo, já que há por aqui grandes<br />
malhas - "Fight Your Demons" é de uma potência<br />
avassaladora, isto já sem falar do tema título.<br />
Será um trabalho que deverá estar associado<br />
ao último álbum de estúdio e que serve como<br />
complemento do mesmo - daí a razão, talvez,<br />
de ter sido lançado tão pouco tempo depois. Na<br />
nossa opinião é indispensável para quem gostou<br />
de "The Holographic Principle".<br />
[8.7/10] Fernando Ferreira<br />
ESHTADUR<br />
“Mother Gray”<br />
Bleeding Music Records<br />
Depois de analisado o<br />
single do tema Cornered<br />
At The Earth numa<br />
edição anterior, temos<br />
finalmente em mãos o<br />
álbum deste projecto<br />
Colombiano, onde o<br />
tema referido se destaca,<br />
mas vários outros temas<br />
acompanham a mesma<br />
sonoridade e execução durante os 49 minutos<br />
do álbum de Black <strong>Metal</strong> Melódico com cheiro a<br />
Blackened Death <strong>Metal</strong>, com produção moderna e<br />
excelentes variações. A voz não é tipicamente Black<br />
<strong>Metal</strong>, como momentos mais graves quase Death<br />
<strong>Metal</strong>/<strong>Metal</strong>core, o que dá talvez a identidade de<br />
estilo são as guitarras e a bateria, que procurando<br />
criar melodias pesadas e sonantes. Apresentandose<br />
com belas composições e solos cativantes<br />
na guitarra, e a bateria tem um som cheio e<br />
extremamente agradável, quer pela composição<br />
apresentada como pela sonoridade individual dos<br />
seus componentes. Com alguns pormenores de<br />
sintetizadores ora a introduzir, ora a realçar ou<br />
complementar alguns momentos.<br />
[8.3/10] David Carreto<br />
ESKIMO CALLBOY<br />
“The Scene”<br />
Century Media Records<br />
FIVE THE HIEROPHANT<br />
FROM THE HELLMOUTH / MUTILATRED<br />
“Over Phlegethon”<br />
“Split”<br />
Dark Essence Records<br />
Redefining Darkness & Seeing Red Records<br />
Aquilo que cada vez<br />
Quando a apresentação<br />
Apesar de não haver<br />
mais temos a impressão<br />
é feita com a frase<br />
grandes expectativas<br />
é que o metal moderno<br />
"Paisagens sonoras<br />
quando nos aparece um<br />
está cada vez mais<br />
ritualistas fundidas<br />
split entre duas bandas<br />
convencional. Em vez<br />
de trazer surpresa e<br />
com black metal, jazz,<br />
pós-metal e ambient,<br />
de death metal em cima<br />
da mesa, é bom ver que<br />
revolução, agarrase<br />
é impossível não<br />
ainda nos conseguem<br />
a uma série de<br />
ficarmos logo rendidos<br />
surpreender. Não que<br />
lugares<br />
que<br />
comuns<br />
infelizmente<br />
- e até acrescentamos o<br />
doom à conta e o rock<br />
psicadélico. Para já quando logo na primeira<br />
música (a épica e hipnótica "Queen Over<br />
Phlegethon") se ouve o sax<strong>of</strong>one nos primeiros<br />
momentos é paixão à primeira vista. Este<br />
primeiro trabalho do trio britânico poderá não<br />
ser daqueles que chamará a atenção dos fãs de<br />
black metal mas sem dúvida que todos os fãs de<br />
sonoridades cheias de psicotrópicos da década<br />
de setenta que vão ficar apaixonados tal como<br />
nós. É um daqueles sons que é difícil de explicar<br />
e sobretudo de memorizar mas enquanto se<br />
está a ouvir, não se consegue sair dele. No final<br />
fica apenas a mensagem gravada: "ouvir de<br />
novo". Sim, nós obedecemos, amo.<br />
exista aqui algo de<br />
transcendente e que<br />
fure as regras mas sem dúvida que temos o estilo<br />
a ser tratado de forma muitíssimo competente.<br />
Os Mulitrated talvez sejam um pouco menos<br />
interessantes, com uma abordagem menos<br />
cativante ao seu death metal brutal, no entanto,<br />
apresenta-nos oito minutos de noise bruto a<br />
fechar a sua participação no split. Por outro lado<br />
os From The Hellmouth chegam-nos cheios de<br />
pujança e com um extremo bom gosto em riffs e<br />
ganchos memoráveis - sim, continuamos a falar<br />
de death metal. Surpreendente e recomendado.<br />
[5/10] Fernando Ferreira [9.5/10] Fernando Ferreira<br />
[8/10] Fernando Ferreira<br />
são sempre os mesmos. E apesar de todo o<br />
entusiasmo e capacidade para fazer músicas e<br />
(principalmente) refrões atractivos, o que temos<br />
aqui é mais do mesmo. São o mesmo tipo de<br />
ritmos, breakdowns, arranjos electrónicos,<br />
efeitos na voz. Tudo aquilo que já andamos<br />
a ouvir desde 2005 e que já estamos um<br />
bocadinho fartos. Esta banda tem tido imenso<br />
sucesso na Alemanha quer em vendas quer em<br />
digressões e o que apresentam não contradiz<br />
que o continuem a tenter. O problema é mesmo<br />
nosso, já estamos cansados.<br />
GAEREA<br />
“Gaerea ”<br />
Everlasting Spew Records<br />
Black <strong>Metal</strong> negro,<br />
agressivo e por vezes<br />
decadente que produzem<br />
uma dinâmica e variedade<br />
ao som que é de destacar<br />
pela positiva face ao<br />
produto final conseguido.<br />
A composição mantém<br />
uma raiz nas guitarras<br />
executadas em tremolo<br />
picking, com boas variações e momentos que<br />
provocam sensações mais introspectivas, muito<br />
inspiradas nas letras interessantes, executadas<br />
numa voz arranhada e gritada; na bateria bem<br />
agressiva quando é momento mas também versátil<br />
e muito bem executada; e por fim no baixo que<br />
preenche a muralha de som. A produção é moderna<br />
e bem conseguida onde todos os instrumentos<br />
soam agradáveis e estão equilibrados, fazendo<br />
com que todos sejam audíveis na medida certa.<br />
De notar que este é um projecto nacional recente,<br />
que pela qualidade apresentada abre o apetite<br />
para o que podem produzir a seguir, e deixam-me<br />
pessoalmente alguma expectativa para ouvir como<br />
será o seu primeiro álbum, pois para primeira<br />
impressão este EP merece audição.<br />
GLOOMY GRIM<br />
“Fuck The <strong>World</strong>, War Is War!”<br />
Symbol Of Domination Prod.<br />
Como dissemos<br />
aquando o lançamento<br />
do "The Age Of<br />
Aquarius", os Gloomy<br />
Grim eram uma banda<br />
bastante diferente<br />
daquilo que se<br />
apresentam agora. Esta<br />
compilação das suas<br />
primeiras demos é a<br />
prova que precisamos para sustentar a nossa<br />
afirmação. Nestes primeiros trabalhos é<br />
visível uma abordagem bem peculiar, quase<br />
industrial - a bateria era programada sem<br />
grandes esforços para esconder o facto - e<br />
com músicas desconfortáveis (literalmente) e<br />
que não iam nem ao encontro da abordagem<br />
melódica/sinfónica das referências da altura<br />
(Cradle <strong>of</strong> Filth e Dimmu Borgir) nem estavam<br />
perto do lado mais extremo do black metal.<br />
Curiosamente esse era um dos seus atractivos.<br />
Como as demos já estão esgotadas há já muito<br />
tempo, esta é a única oportunidade para colocar<br />
as mãos neste temas.<br />
GRANT THE SUN<br />
“Grant The Sun”<br />
Mas-Kina Recordings<br />
Quando vimos os<br />
títulos em castelhano<br />
pensámos que<br />
iríamos ouvir algo<br />
para quebrar o ritmo<br />
anglo-saxónico.<br />
Só depois nos<br />
apercebemos que<br />
estávamos perante<br />
música instrumental, o que para nós é<br />
ainda melhor. Aliás, é perfeito. Consoante<br />
a música ser boa. Felizmente é. Os<br />
nuestros hermanos Lodo apresentamse<br />
com um pós-metal que não foge ao<br />
sludge para nos trazerem seis longas<br />
tapeçarias sonoras (média de duração<br />
é de seis minutos e meio) que são do<br />
mais viciante que poderíamos ter. Um<br />
grande álbum de estreia e uma enorme<br />
surpresa, daquelas que gostamos que nos<br />
surgem de nenhures. Neste Lodo não nos<br />
importamos de afundar.<br />
[8.6/10] David Carreto [7/10] Fernando Ferreira<br />
[9.3/10] Fernando Ferreira<br />
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