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World_of_Metal__Outubro_2017

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ENSIFERUM<br />

“Two Paths”<br />

<strong>Metal</strong> Blade Records<br />

Os Ensiferum poderão<br />

não ser a escolha mais<br />

óbvia no que ao folk<br />

metal diz respeito,<br />

principalmente pelo<br />

seu som mais épico e<br />

próximo do death metal<br />

melódico. Categorias<br />

e rótulos aparte, esta<br />

é uma banda que já<br />

conquistou o seu espaço na cena da música<br />

extrema. Ao sétimo álbum e após uma compilação<br />

o ano passado, aquilo que esperamos é aquilo<br />

que sempre tivemos: metal melódico e muitos<br />

gancho melódicos, feitos para serem entoados<br />

ao vivo. Poderão haver vozes críticas que refiram<br />

que a música da banda finlandesa não passa<br />

disso mesmo e que tal como outras bandas que<br />

surpreenderam no início de carreira (como uns<br />

Rhapsody, Children Of Bodom e Sonata Arctica),<br />

chega a um ponto em que não têm nada de novo<br />

para apresentar. Efectivamente não há nada de<br />

novo, apenas mais onze músicas novas que nos<br />

trazem o melhor que a banda sabe fazer. "Apenas"<br />

que já é muito.<br />

[8.6/10] Fernando Ferreira<br />

EPICA<br />

“The Solace System”<br />

Nuclear Blast<br />

Após um excelente "The<br />

Holographic Principle",<br />

era inesperado termos<br />

notícias de estúdio tão<br />

depressa por parte<br />

da banda holandesa<br />

Epica, mas aqui estão<br />

eles, após (menos de)<br />

um ano com este "The<br />

Solace System", um EP que nos traz seis temas<br />

de natureza mais condensada do que aquilo<br />

que a banda faz normalmente. Não se trata de<br />

material de refugo, já que há por aqui grandes<br />

malhas - "Fight Your Demons" é de uma potência<br />

avassaladora, isto já sem falar do tema título.<br />

Será um trabalho que deverá estar associado<br />

ao último álbum de estúdio e que serve como<br />

complemento do mesmo - daí a razão, talvez,<br />

de ter sido lançado tão pouco tempo depois. Na<br />

nossa opinião é indispensável para quem gostou<br />

de "The Holographic Principle".<br />

[8.7/10] Fernando Ferreira<br />

ESHTADUR<br />

“Mother Gray”<br />

Bleeding Music Records<br />

Depois de analisado o<br />

single do tema Cornered<br />

At The Earth numa<br />

edição anterior, temos<br />

finalmente em mãos o<br />

álbum deste projecto<br />

Colombiano, onde o<br />

tema referido se destaca,<br />

mas vários outros temas<br />

acompanham a mesma<br />

sonoridade e execução durante os 49 minutos<br />

do álbum de Black <strong>Metal</strong> Melódico com cheiro a<br />

Blackened Death <strong>Metal</strong>, com produção moderna e<br />

excelentes variações. A voz não é tipicamente Black<br />

<strong>Metal</strong>, como momentos mais graves quase Death<br />

<strong>Metal</strong>/<strong>Metal</strong>core, o que dá talvez a identidade de<br />

estilo são as guitarras e a bateria, que procurando<br />

criar melodias pesadas e sonantes. Apresentandose<br />

com belas composições e solos cativantes<br />

na guitarra, e a bateria tem um som cheio e<br />

extremamente agradável, quer pela composição<br />

apresentada como pela sonoridade individual dos<br />

seus componentes. Com alguns pormenores de<br />

sintetizadores ora a introduzir, ora a realçar ou<br />

complementar alguns momentos.<br />

[8.3/10] David Carreto<br />

ESKIMO CALLBOY<br />

“The Scene”<br />

Century Media Records<br />

FIVE THE HIEROPHANT<br />

FROM THE HELLMOUTH / MUTILATRED<br />

“Over Phlegethon”<br />

“Split”<br />

Dark Essence Records<br />

Redefining Darkness & Seeing Red Records<br />

Aquilo que cada vez<br />

Quando a apresentação<br />

Apesar de não haver<br />

mais temos a impressão<br />

é feita com a frase<br />

grandes expectativas<br />

é que o metal moderno<br />

"Paisagens sonoras<br />

quando nos aparece um<br />

está cada vez mais<br />

ritualistas fundidas<br />

split entre duas bandas<br />

convencional. Em vez<br />

de trazer surpresa e<br />

com black metal, jazz,<br />

pós-metal e ambient,<br />

de death metal em cima<br />

da mesa, é bom ver que<br />

revolução, agarrase<br />

é impossível não<br />

ainda nos conseguem<br />

a uma série de<br />

ficarmos logo rendidos<br />

surpreender. Não que<br />

lugares<br />

que<br />

comuns<br />

infelizmente<br />

- e até acrescentamos o<br />

doom à conta e o rock<br />

psicadélico. Para já quando logo na primeira<br />

música (a épica e hipnótica "Queen Over<br />

Phlegethon") se ouve o sax<strong>of</strong>one nos primeiros<br />

momentos é paixão à primeira vista. Este<br />

primeiro trabalho do trio britânico poderá não<br />

ser daqueles que chamará a atenção dos fãs de<br />

black metal mas sem dúvida que todos os fãs de<br />

sonoridades cheias de psicotrópicos da década<br />

de setenta que vão ficar apaixonados tal como<br />

nós. É um daqueles sons que é difícil de explicar<br />

e sobretudo de memorizar mas enquanto se<br />

está a ouvir, não se consegue sair dele. No final<br />

fica apenas a mensagem gravada: "ouvir de<br />

novo". Sim, nós obedecemos, amo.<br />

exista aqui algo de<br />

transcendente e que<br />

fure as regras mas sem dúvida que temos o estilo<br />

a ser tratado de forma muitíssimo competente.<br />

Os Mulitrated talvez sejam um pouco menos<br />

interessantes, com uma abordagem menos<br />

cativante ao seu death metal brutal, no entanto,<br />

apresenta-nos oito minutos de noise bruto a<br />

fechar a sua participação no split. Por outro lado<br />

os From The Hellmouth chegam-nos cheios de<br />

pujança e com um extremo bom gosto em riffs e<br />

ganchos memoráveis - sim, continuamos a falar<br />

de death metal. Surpreendente e recomendado.<br />

[5/10] Fernando Ferreira [9.5/10] Fernando Ferreira<br />

[8/10] Fernando Ferreira<br />

são sempre os mesmos. E apesar de todo o<br />

entusiasmo e capacidade para fazer músicas e<br />

(principalmente) refrões atractivos, o que temos<br />

aqui é mais do mesmo. São o mesmo tipo de<br />

ritmos, breakdowns, arranjos electrónicos,<br />

efeitos na voz. Tudo aquilo que já andamos<br />

a ouvir desde 2005 e que já estamos um<br />

bocadinho fartos. Esta banda tem tido imenso<br />

sucesso na Alemanha quer em vendas quer em<br />

digressões e o que apresentam não contradiz<br />

que o continuem a tenter. O problema é mesmo<br />

nosso, já estamos cansados.<br />

GAEREA<br />

“Gaerea ”<br />

Everlasting Spew Records<br />

Black <strong>Metal</strong> negro,<br />

agressivo e por vezes<br />

decadente que produzem<br />

uma dinâmica e variedade<br />

ao som que é de destacar<br />

pela positiva face ao<br />

produto final conseguido.<br />

A composição mantém<br />

uma raiz nas guitarras<br />

executadas em tremolo<br />

picking, com boas variações e momentos que<br />

provocam sensações mais introspectivas, muito<br />

inspiradas nas letras interessantes, executadas<br />

numa voz arranhada e gritada; na bateria bem<br />

agressiva quando é momento mas também versátil<br />

e muito bem executada; e por fim no baixo que<br />

preenche a muralha de som. A produção é moderna<br />

e bem conseguida onde todos os instrumentos<br />

soam agradáveis e estão equilibrados, fazendo<br />

com que todos sejam audíveis na medida certa.<br />

De notar que este é um projecto nacional recente,<br />

que pela qualidade apresentada abre o apetite<br />

para o que podem produzir a seguir, e deixam-me<br />

pessoalmente alguma expectativa para ouvir como<br />

será o seu primeiro álbum, pois para primeira<br />

impressão este EP merece audição.<br />

GLOOMY GRIM<br />

“Fuck The <strong>World</strong>, War Is War!”<br />

Symbol Of Domination Prod.<br />

Como dissemos<br />

aquando o lançamento<br />

do "The Age Of<br />

Aquarius", os Gloomy<br />

Grim eram uma banda<br />

bastante diferente<br />

daquilo que se<br />

apresentam agora. Esta<br />

compilação das suas<br />

primeiras demos é a<br />

prova que precisamos para sustentar a nossa<br />

afirmação. Nestes primeiros trabalhos é<br />

visível uma abordagem bem peculiar, quase<br />

industrial - a bateria era programada sem<br />

grandes esforços para esconder o facto - e<br />

com músicas desconfortáveis (literalmente) e<br />

que não iam nem ao encontro da abordagem<br />

melódica/sinfónica das referências da altura<br />

(Cradle <strong>of</strong> Filth e Dimmu Borgir) nem estavam<br />

perto do lado mais extremo do black metal.<br />

Curiosamente esse era um dos seus atractivos.<br />

Como as demos já estão esgotadas há já muito<br />

tempo, esta é a única oportunidade para colocar<br />

as mãos neste temas.<br />

GRANT THE SUN<br />

“Grant The Sun”<br />

Mas-Kina Recordings<br />

Quando vimos os<br />

títulos em castelhano<br />

pensámos que<br />

iríamos ouvir algo<br />

para quebrar o ritmo<br />

anglo-saxónico.<br />

Só depois nos<br />

apercebemos que<br />

estávamos perante<br />

música instrumental, o que para nós é<br />

ainda melhor. Aliás, é perfeito. Consoante<br />

a música ser boa. Felizmente é. Os<br />

nuestros hermanos Lodo apresentamse<br />

com um pós-metal que não foge ao<br />

sludge para nos trazerem seis longas<br />

tapeçarias sonoras (média de duração<br />

é de seis minutos e meio) que são do<br />

mais viciante que poderíamos ter. Um<br />

grande álbum de estreia e uma enorme<br />

surpresa, daquelas que gostamos que nos<br />

surgem de nenhures. Neste Lodo não nos<br />

importamos de afundar.<br />

[8.6/10] David Carreto [7/10] Fernando Ferreira<br />

[9.3/10] Fernando Ferreira<br />

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