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World_of_Metal__Outubro_2017

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BLACK STONE CHERRY<br />

“Black To Blues”<br />

Mascot Records<br />

Que grande som!<br />

Nada como o blues a<br />

fundir-se com o rock<br />

pesado para termos<br />

consciência de como<br />

tudo começou no<br />

blues - algo que<br />

temos vindo a focar<br />

na nossa rúbrica de<br />

tops e no nosso programa da Máquina do<br />

tempo. Enquando os Black Stone Cherry<br />

não lançam nada, a banda optou por<br />

lançar este EP de covers onde reinterpreta<br />

clássicos de Muddy Waters, Howlin' Wolf<br />

e Albert King entre outros. Malhoões como<br />

"Hoochie Coochie Man" e "Born Under<br />

A Bad Sign" são clássicos imortais que<br />

recebem uma roupagem moderna mas<br />

sem trair as suas verdadeiras identidades.<br />

Grande vício, grande EP.<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

BLOODSTRIKE<br />

“Execution Of Violence”<br />

Redefining Darkness Records<br />

Este álbum abre com<br />

um excelente conjunto<br />

de riffs, sonantes<br />

num estilo Death<br />

<strong>Metal</strong> moderno, com<br />

excelente composição<br />

de guitarra, e com voz<br />

feminina em formato<br />

grunhido que mantém<br />

sempre o mesmo<br />

estilo. Os arranjos de guitarra são muito bem<br />

executados, com momentos, em alguns temas,<br />

de riffs cativantes e melódicos, havendo sempre<br />

os momentos de Death <strong>Metal</strong> mais clássico. A<br />

produção está bem conseguida, as guitarras estão<br />

bem equilibradas e soam bem; o baixo preenche; a<br />

bateria tem também um bom equilíbrio dentro do<br />

som, estando com uma sonoridade moderna e com<br />

um belo som dos seus componentes; a voz poderia<br />

estar ligeiramente mais destacada, fica um pouco<br />

baixa em alguns momentos. O álbum deste projecto<br />

dos Estados Unidos da América tem a duração de<br />

38minutos onde destaco os tema Procreating <strong>of</strong><br />

Death, Detest Mortality e Hell's Wasteland.<br />

[7.2/10] David Carreto<br />

BLEEDING<br />

“Elementum”<br />

Pure Steel Records<br />

Confirmo de<br />

Elementum tudo o<br />

que a biografia da<br />

banda traz como<br />

referência. Estamos<br />

perante um trabalho<br />

interessante<br />

marcado por<br />

estruturas complexas, onde o trabalho<br />

do grupo parece ganhar em espaços<br />

à demarcação individual. Não encaixo<br />

com a voz, para mim parece algo fora<br />

do contexto da sonoridade criada, não<br />

tirando mérito a Haye Graf, mas é o que<br />

ressalta. Tudo o resto, apresenta típicas<br />

mudanças de tempo no seu ritmo, sendo<br />

estas o ingrediente para um resultado<br />

instrumental digno de registo. O álbum<br />

tem passagens pesadas, com riffs metal<br />

bem agradáveis...mas só isso!<br />

BOOL<br />

“Fly With Me”<br />

Edição de Autor<br />

[6.5/10] Miguel Correia<br />

Nem sempre temos<br />

bandas apostadas em<br />

recriar as sonoridades<br />

da década de setenta.<br />

Os alemães Bool<br />

focam-se numa<br />

época mais recente:<br />

a década de noventa.<br />

O que temos aqui<br />

é uma sonoridade tipicamente alternativa<br />

que só muito raramente coloca o pé no<br />

pedal do peso. Esta colecção de músicas é<br />

interessante e até consegue trazer-nos algum<br />

tipo de nostalgia mesmo não traga nenhuma<br />

lembrança dos grandes do género (Nirvana,<br />

Soundgarden, Alice In Chains e Pearl Jam) e<br />

tenha uma vibe mais rock tradicional. Vale a<br />

pena conferir.<br />

[6.9/10] Fernando Ferreira<br />

BLOOD GOD<br />

“Rock'N'Roll Warmachine”<br />

Massacre Records<br />

Já falámos aqui algumas<br />

vezes dos Blood God, como<br />

uma proposta peculiar<br />

por estar associada aos<br />

Debauchery, tanto por ter<br />

a mesma mente criativa<br />

- Thomas Gurrath - e por<br />

ambas as bandas terem-se<br />

juntado numa espécie de<br />

split ("Thunderbeast) onde<br />

a única diferença era a voz. Do lado dos Debauchery, a<br />

voz típica do death metal. Do lado dos Blood God, uma<br />

voz descendente de AC/DC (Brian Johnson) e Accept<br />

(Udo Dirkschneider). É precisamente com os Blood God<br />

que nos focamos nesta compilação que reúne os três<br />

álbuns da banda já editados. Começamos pelo último, o<br />

já mencionado "Thunderbeast" e acabamos o primeiro,<br />

"No Brain But Balls", ficando o "Blood Is My Trademark"<br />

no meio. Se gostam das duas influências atrás citadas<br />

e não conhecem a banda, esta é uma boa forma (e<br />

barata!) de ficar com toda a sua discografia, tendo<br />

ainda muitas faixas bónus como brinde - "Painkiller"<br />

dos Judas Priest, "Fast As A Shark" dos Accept, "Hail<br />

Caesar" dos AC/DC, "Heavy Duty" dos Judas Priest e<br />

ainda os originais "Rock'N'Roll Warmachine", "Demon<br />

Lady", "Riff Hit" e "Hard Rocking".<br />

[7.5/10] Fernando Ferreira<br />

BREAKING SAMSARA<br />

“Light Of A New Beginning”<br />

Edição de autor<br />

Os riffs de rock<br />

tradicionais de Light<br />

Of A New Beginning<br />

não serão certamente<br />

os mais emocionantes<br />

que irão ouvir, mas os<br />

vocais fortes e os solos<br />

de guitarra que soam<br />

implacáveis, deixam<br />

definitivamente a sua<br />

marca. Em todo o trabalho. Restless Nightsaté<br />

consegue deixar água na boca, com um hard and<br />

heavy style, mas depois a banda parece abrandar<br />

a velocidade com que nos deixa no final desta<br />

primeira faixa. Dai em diante continuam as batidas<br />

rockeiras melódicas, até momentos onde soa um<br />

piano, Light Of A New Beginning, que deixa um<br />

ambiente muito interessante de se ouvir e onde<br />

o solo também é arrasador! Não conhecia os<br />

alemães aqui apresentados, mas honestamente<br />

apesar de esperaralgo mais, tendo em conta a<br />

abertura, não fiquei desencantado e é um trabalho<br />

que tive o gosto de voltar a ouvir!<br />

[8/10] Miguel Correia<br />

BRIQUEVILLE<br />

“II”<br />

Pelagic Records / Cargo<br />

Dentro de um<br />

estilo mais post<br />

metal, com muitas<br />

partes dignas de<br />

uma banda sonora,<br />

guitarradas pesadas<br />

e distorcidas<br />

com variações de<br />

ritmo e tempos que não chamam o<br />

aborrecimento; a bateria soa excelente e<br />

que enche o som proporcionando uma<br />

enorme variedade; a ausência da voz na<br />

maior parte do álbum, aparecendo de<br />

uma forma mais declamatória. Um álbum<br />

que a cada audição parece proporcionar<br />

novas camadas, sons que não nos<br />

apercebemos numa única audição, é<br />

sem duvida um ambiente pesado mas<br />

de âmbito mais ambiental, no sentido<br />

de que o som é maioritariamente<br />

instrumental. Um projecto belga, com<br />

momentos muito bem conseguidos<br />

em apenas 3 temas, todos acima dos<br />

10 minutos, totalizando 42 minutos de<br />

ambientes por vezes algo misteriosos,<br />

com cadência arrastada variando com<br />

momentos de agressividade rítmica.<br />

De destacar o inicio de "AKTE V" é<br />

claramente um momento headbanging<br />

quer pelo ritmo de uma das guitarras<br />

quer pela bateria, faz algo que seria<br />

típico de um final de tema num concerto<br />

ao vivo. Face ao estilo e ao som que<br />

apresentam este projecto faz-me<br />

lembrar Russian Circles ou Pelican, mas<br />

com a sua marca individual. Em suma<br />

um som para degustar com tempo.<br />

[7.1/10] David Carreto<br />

CANNABIS CORPSE<br />

“Left Hand Pass”<br />

Season Of Mist<br />

Já estamos fartos de<br />

dizer isto mas não nos<br />

cansamos. Somos fãs<br />

dos Cannabis Corpse.<br />

Até admitimos que o<br />

"gimmick" de termos<br />

títulos de músicas de<br />

death metal clássico<br />

adulterado esgota-se<br />

rapidamente, mas há muita música boa por<br />

trás deste gimmick. Entombed, Bolt Thrower,<br />

Nile, Suffocation (entre muitos outros) e<br />

charros. E funciona. Continua a funcionar<br />

ao quinto álbum. Se os títulos puxam à<br />

brincadeira, o death metal é de alta qualidade.<br />

O quarto álbum poderá não ter convencido<br />

todos os que os continuam a ver apenas<br />

como um gimmick, mas temos aqui grandes<br />

malhas de death metal clássico: "<br />

The 420th Crusade" inicia o trabalho da<br />

melhor forma e outros grandes temas<br />

("In Battle There Is No Pot" e "Effigy <strong>of</strong> the<br />

Forgetful" asseguram a restante qualidade.<br />

Uma banda a sério!<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

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