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BLACK STONE CHERRY<br />
“Black To Blues”<br />
Mascot Records<br />
Que grande som!<br />
Nada como o blues a<br />
fundir-se com o rock<br />
pesado para termos<br />
consciência de como<br />
tudo começou no<br />
blues - algo que<br />
temos vindo a focar<br />
na nossa rúbrica de<br />
tops e no nosso programa da Máquina do<br />
tempo. Enquando os Black Stone Cherry<br />
não lançam nada, a banda optou por<br />
lançar este EP de covers onde reinterpreta<br />
clássicos de Muddy Waters, Howlin' Wolf<br />
e Albert King entre outros. Malhoões como<br />
"Hoochie Coochie Man" e "Born Under<br />
A Bad Sign" são clássicos imortais que<br />
recebem uma roupagem moderna mas<br />
sem trair as suas verdadeiras identidades.<br />
Grande vício, grande EP.<br />
[9/10] Fernando Ferreira<br />
BLOODSTRIKE<br />
“Execution Of Violence”<br />
Redefining Darkness Records<br />
Este álbum abre com<br />
um excelente conjunto<br />
de riffs, sonantes<br />
num estilo Death<br />
<strong>Metal</strong> moderno, com<br />
excelente composição<br />
de guitarra, e com voz<br />
feminina em formato<br />
grunhido que mantém<br />
sempre o mesmo<br />
estilo. Os arranjos de guitarra são muito bem<br />
executados, com momentos, em alguns temas,<br />
de riffs cativantes e melódicos, havendo sempre<br />
os momentos de Death <strong>Metal</strong> mais clássico. A<br />
produção está bem conseguida, as guitarras estão<br />
bem equilibradas e soam bem; o baixo preenche; a<br />
bateria tem também um bom equilíbrio dentro do<br />
som, estando com uma sonoridade moderna e com<br />
um belo som dos seus componentes; a voz poderia<br />
estar ligeiramente mais destacada, fica um pouco<br />
baixa em alguns momentos. O álbum deste projecto<br />
dos Estados Unidos da América tem a duração de<br />
38minutos onde destaco os tema Procreating <strong>of</strong><br />
Death, Detest Mortality e Hell's Wasteland.<br />
[7.2/10] David Carreto<br />
BLEEDING<br />
“Elementum”<br />
Pure Steel Records<br />
Confirmo de<br />
Elementum tudo o<br />
que a biografia da<br />
banda traz como<br />
referência. Estamos<br />
perante um trabalho<br />
interessante<br />
marcado por<br />
estruturas complexas, onde o trabalho<br />
do grupo parece ganhar em espaços<br />
à demarcação individual. Não encaixo<br />
com a voz, para mim parece algo fora<br />
do contexto da sonoridade criada, não<br />
tirando mérito a Haye Graf, mas é o que<br />
ressalta. Tudo o resto, apresenta típicas<br />
mudanças de tempo no seu ritmo, sendo<br />
estas o ingrediente para um resultado<br />
instrumental digno de registo. O álbum<br />
tem passagens pesadas, com riffs metal<br />
bem agradáveis...mas só isso!<br />
BOOL<br />
“Fly With Me”<br />
Edição de Autor<br />
[6.5/10] Miguel Correia<br />
Nem sempre temos<br />
bandas apostadas em<br />
recriar as sonoridades<br />
da década de setenta.<br />
Os alemães Bool<br />
focam-se numa<br />
época mais recente:<br />
a década de noventa.<br />
O que temos aqui<br />
é uma sonoridade tipicamente alternativa<br />
que só muito raramente coloca o pé no<br />
pedal do peso. Esta colecção de músicas é<br />
interessante e até consegue trazer-nos algum<br />
tipo de nostalgia mesmo não traga nenhuma<br />
lembrança dos grandes do género (Nirvana,<br />
Soundgarden, Alice In Chains e Pearl Jam) e<br />
tenha uma vibe mais rock tradicional. Vale a<br />
pena conferir.<br />
[6.9/10] Fernando Ferreira<br />
BLOOD GOD<br />
“Rock'N'Roll Warmachine”<br />
Massacre Records<br />
Já falámos aqui algumas<br />
vezes dos Blood God, como<br />
uma proposta peculiar<br />
por estar associada aos<br />
Debauchery, tanto por ter<br />
a mesma mente criativa<br />
- Thomas Gurrath - e por<br />
ambas as bandas terem-se<br />
juntado numa espécie de<br />
split ("Thunderbeast) onde<br />
a única diferença era a voz. Do lado dos Debauchery, a<br />
voz típica do death metal. Do lado dos Blood God, uma<br />
voz descendente de AC/DC (Brian Johnson) e Accept<br />
(Udo Dirkschneider). É precisamente com os Blood God<br />
que nos focamos nesta compilação que reúne os três<br />
álbuns da banda já editados. Começamos pelo último, o<br />
já mencionado "Thunderbeast" e acabamos o primeiro,<br />
"No Brain But Balls", ficando o "Blood Is My Trademark"<br />
no meio. Se gostam das duas influências atrás citadas<br />
e não conhecem a banda, esta é uma boa forma (e<br />
barata!) de ficar com toda a sua discografia, tendo<br />
ainda muitas faixas bónus como brinde - "Painkiller"<br />
dos Judas Priest, "Fast As A Shark" dos Accept, "Hail<br />
Caesar" dos AC/DC, "Heavy Duty" dos Judas Priest e<br />
ainda os originais "Rock'N'Roll Warmachine", "Demon<br />
Lady", "Riff Hit" e "Hard Rocking".<br />
[7.5/10] Fernando Ferreira<br />
BREAKING SAMSARA<br />
“Light Of A New Beginning”<br />
Edição de autor<br />
Os riffs de rock<br />
tradicionais de Light<br />
Of A New Beginning<br />
não serão certamente<br />
os mais emocionantes<br />
que irão ouvir, mas os<br />
vocais fortes e os solos<br />
de guitarra que soam<br />
implacáveis, deixam<br />
definitivamente a sua<br />
marca. Em todo o trabalho. Restless Nightsaté<br />
consegue deixar água na boca, com um hard and<br />
heavy style, mas depois a banda parece abrandar<br />
a velocidade com que nos deixa no final desta<br />
primeira faixa. Dai em diante continuam as batidas<br />
rockeiras melódicas, até momentos onde soa um<br />
piano, Light Of A New Beginning, que deixa um<br />
ambiente muito interessante de se ouvir e onde<br />
o solo também é arrasador! Não conhecia os<br />
alemães aqui apresentados, mas honestamente<br />
apesar de esperaralgo mais, tendo em conta a<br />
abertura, não fiquei desencantado e é um trabalho<br />
que tive o gosto de voltar a ouvir!<br />
[8/10] Miguel Correia<br />
BRIQUEVILLE<br />
“II”<br />
Pelagic Records / Cargo<br />
Dentro de um<br />
estilo mais post<br />
metal, com muitas<br />
partes dignas de<br />
uma banda sonora,<br />
guitarradas pesadas<br />
e distorcidas<br />
com variações de<br />
ritmo e tempos que não chamam o<br />
aborrecimento; a bateria soa excelente e<br />
que enche o som proporcionando uma<br />
enorme variedade; a ausência da voz na<br />
maior parte do álbum, aparecendo de<br />
uma forma mais declamatória. Um álbum<br />
que a cada audição parece proporcionar<br />
novas camadas, sons que não nos<br />
apercebemos numa única audição, é<br />
sem duvida um ambiente pesado mas<br />
de âmbito mais ambiental, no sentido<br />
de que o som é maioritariamente<br />
instrumental. Um projecto belga, com<br />
momentos muito bem conseguidos<br />
em apenas 3 temas, todos acima dos<br />
10 minutos, totalizando 42 minutos de<br />
ambientes por vezes algo misteriosos,<br />
com cadência arrastada variando com<br />
momentos de agressividade rítmica.<br />
De destacar o inicio de "AKTE V" é<br />
claramente um momento headbanging<br />
quer pelo ritmo de uma das guitarras<br />
quer pela bateria, faz algo que seria<br />
típico de um final de tema num concerto<br />
ao vivo. Face ao estilo e ao som que<br />
apresentam este projecto faz-me<br />
lembrar Russian Circles ou Pelican, mas<br />
com a sua marca individual. Em suma<br />
um som para degustar com tempo.<br />
[7.1/10] David Carreto<br />
CANNABIS CORPSE<br />
“Left Hand Pass”<br />
Season Of Mist<br />
Já estamos fartos de<br />
dizer isto mas não nos<br />
cansamos. Somos fãs<br />
dos Cannabis Corpse.<br />
Até admitimos que o<br />
"gimmick" de termos<br />
títulos de músicas de<br />
death metal clássico<br />
adulterado esgota-se<br />
rapidamente, mas há muita música boa por<br />
trás deste gimmick. Entombed, Bolt Thrower,<br />
Nile, Suffocation (entre muitos outros) e<br />
charros. E funciona. Continua a funcionar<br />
ao quinto álbum. Se os títulos puxam à<br />
brincadeira, o death metal é de alta qualidade.<br />
O quarto álbum poderá não ter convencido<br />
todos os que os continuam a ver apenas<br />
como um gimmick, mas temos aqui grandes<br />
malhas de death metal clássico: "<br />
The 420th Crusade" inicia o trabalho da<br />
melhor forma e outros grandes temas<br />
("In Battle There Is No Pot" e "Effigy <strong>of</strong> the<br />
Forgetful" asseguram a restante qualidade.<br />
Uma banda a sério!<br />
[9/10] Fernando Ferreira<br />
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