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ON TOP<br />
“Top Dollar”<br />
Horror Pain Gore Death Productions<br />
Diretamente de Filadélfia,<br />
Pensilvânia, o trio<br />
formado por Jaron<br />
Gulino, vocais, Danny<br />
Piselli, bateria e a sua<br />
mais recente aquisição<br />
Ric Haas, guitarra e<br />
vocais, dão corpo a um<br />
som bem Hard Rock,<br />
de fazer corar os seus<br />
antepassados dos sagrados anos 80’s, mesmo que<br />
inspirados por eles. Os On Top, não pretendem<br />
deixar os seus créditos por mãos alheias e de<br />
forma alegre e bem divertida rasgam quatro<br />
malhas bem fortes que arrasam os mais corajosos,<br />
sim digo isto porque de hoje em dia temos de ter a<br />
coragem de dar uma oportunidade a novos nomes.<br />
Lovin The Devil, Walk This Walk, This Waye<br />
Everything são realmente 4 faixas muito, muito<br />
boas, preenchidas por riffs e solos de guitarra bem<br />
rasgados equilibrados por umas batidas de nos<br />
fazer saltar da cadeira. Ok, eles causaram muito<br />
boa impressão e a cena metal está a precisar de<br />
som assim, tocado sem rodeios<br />
PORTRAIT<br />
“Burn The <strong>World</strong>”<br />
<strong>Metal</strong> Blade Records<br />
Aos poucos os Portrait<br />
têm andado a ficar<br />
com um reputação<br />
no meio do heavy<br />
metal tradicional<br />
bem considerável.<br />
Ao ouvir "Burn The<br />
<strong>World</strong>" é fácil perceber<br />
que essa reputação<br />
é completamente<br />
merecida e que ainda não chega para ser feita<br />
justiça no mundo. Quando falamos do espírito<br />
da década de oitenta e em como o heavy<br />
metal tinha algo que entretanto se perdeu em<br />
produções digitais e inócuas de alma, é eesse<br />
espírito que vive aqui. Verdadeiro heavy metal<br />
que vicia mesmo. Para quem acha que o<br />
metalcore é a única forma de tentar introduzir<br />
o género às novas gerações, apresentamos<br />
malhões como o tema-título, "Martyrs" e "Pure<br />
Of Heart". Um dos grandes álbuns do ano senão<br />
mesmo o melhor álbum de heavy metal de<br />
<strong>2017</strong>!<br />
PABST / AUTISTI<br />
“Split 7"”<br />
Crazy Sane Records<br />
Quando duas<br />
grandes bandas do<br />
rock alternativo/<br />
psicadélico se<br />
juntam, obviamente<br />
que ficamos logo<br />
interessados. De um<br />
lados os Pabst e o<br />
seu rock alternativo<br />
vintage que nos remonta à década de<br />
noventa, àquilo que os Oasis e os The<br />
Smashing Pumpkins deveriam ter feito<br />
num tema, "Exciter" que soa mesmmo. Do<br />
outro os Autisti, vêm do mesmo sítio (rock<br />
alternativo) mas vão desaguar a àguas<br />
mais psicadélicas e até noise. Para quuem<br />
não passa sem propostas destas, este split<br />
é obrigatório.<br />
PARADISE LOST<br />
“Medusa”<br />
Nuclear Blast<br />
É engraçado ver<br />
como a vida dá<br />
voltas. Os Paradise<br />
Lost são um bom<br />
exemplo em como<br />
seguir o coração<br />
compensa. Do<br />
death/doom, ao<br />
metal gótico,<br />
passando pelo rock electrónico de<br />
tendências góticas e desde aí voltando<br />
lentamente ao início. Cada álbum tem um<br />
espírito diferente e, no geral, não há nada<br />
de escandalosamente mau. Apenas alguns<br />
álbuns menos conseguidos. "Medusa"<br />
está no espectro oposto, como um dos<br />
álbuns mais bem conseguidos por parte<br />
da banda. É que conseguir recuperar<br />
o peso de outrora, as raízes, de forma<br />
completamente fluída e natural, não é algo<br />
fácil de encontrar. Agora que falamos,<br />
talvez não exista nenhum caso, portanto<br />
[8.5/10] Miguel Correia [7/10] Fernando Ferreira podemos dizer que a banda fez algo que<br />
nunca ninguém tinha feito antes: fez o<br />
impossível. Mas em relação ao álbum em<br />
si. Tudo é clássico. O ambiente negro e<br />
PROCESS OF GUILT<br />
melancólico, as melodias típicas da banda<br />
“Black Earth”<br />
(e daí o dizermos que é um álbum que<br />
Bleak Recordings<br />
flui naturalmente, não é um regresso ao<br />
passado ignorando tudo o que está para<br />
Finalmente novo trás. É um regresso ao passado que passa<br />
álbum de Process pela contínua evolução da banda que nunca<br />
Of Guilt! Esta<br />
deixou de ter em toda a sua carreira), uns<br />
guturais impressionantes de Nick Holmes<br />
banda, e não e a banda toda compenetrada em fazer um<br />
dizemos isto por dos seus mais sólidos trabalhos desde<br />
ser portuguesa, é<br />
sempre. Ainda é cedo para vermos como<br />
se posiciona na sua discografia, mas pelo<br />
uma das melhores impacto que tem quase que arriscamos<br />
bandas de sempre. A música que que está entre os seus melhores três<br />
fazem não é acessível mas ainda<br />
álbuns, ao lado de "Draconian Times" e<br />
"Icon" - claro que é sempre uma questão<br />
assim é daquela que fala directamente de opinião...<br />
ao coração do ouvinte. Mais do que<br />
palavras, notas musicais, sons e<br />
ritmos, eles transmitem sentimentos<br />
e emoções e muitas vezes não são<br />
sentimentos e emoções com as quais<br />
queiramos lidar. Pelo menos foi isto<br />
[9.6/10] Fernando Ferreira que nos foram apresentando ao<br />
longo de uma carreira sólida. Cinco<br />
anos passaram desde "Fæmin" e nem<br />
[9.6/10] Fernando Ferreira<br />
o split com os Rorcal apaziguou a PSY:CODE<br />
coisa. "Black Earth" é tudo aquilo que<br />
“Morke”<br />
esperávamos: doom pintado a pós<br />
Pavement Entertainment<br />
Projecto de Black metal, com o poderio em termos<br />
Os Psy:Code, apesar<br />
metal experimental rítmicos (a um nível apocalíptico) onde<br />
de se inserirem no<br />
dos Estados Unidos<br />
as faixas se vão sucedendo, fluindo<br />
espectro metalcore,<br />
da América com<br />
demonstram não<br />
influências de naturalmente como se a divisão entre<br />
estar atados pelas<br />
shoe-gaze, e rock<br />
elas fosse apenas um mero detalhe.<br />
limitações do género.<br />
psicadélico, este é o seu<br />
Para já, estão bastante<br />
ultimo EP com 3 temas Não é um álbum que entre à primeira,<br />
mais próximos da<br />
de aproximadamente<br />
não é um álbum para celebrar a vida,<br />
vertente moderna<br />
é uma viagem aos nosso cantos mais<br />
obscuros da alma. Se as actuações da<br />
banda são inesquecíveis, é de esperar<br />
que no disco um impacto fosse menor.<br />
Aqui temos mais uma prova que não.<br />
PROSTITUTION<br />
“Egyptian Blue”<br />
Edição de Autor<br />
20minutos. Ao iniciar a<br />
audição do álbum a primeira coisa a se notar é<br />
a produção, está abafada na voz; a bateria tem<br />
uma som de tarola ligeiramente alto, timbalões<br />
um pouco baixos, na minha opinião poderia<br />
ser encontrado outro equilíbrio na sonoridade;<br />
as guitarras e o baixo soam agradáveis e<br />
escapam ao defeito de produção. Quanto à<br />
composição, a voz demonstra bons gritos, as<br />
guitarras apresentam ritmos adequados ao<br />
estilo mais experimental com bons momentos<br />
de composição, e o baixo acompanha. Destaco<br />
o tema Elevated Droves como o tema que mais<br />
me cativou e do qual gostei mais.<br />
[6.4/10] David Carreto [9.7/10] Fernando Ferreira<br />
do metal extremo que teve a sua génese no<br />
início do milénio (ou pelo menos na transição<br />
para o mesmo) onde os elementos e arranjos<br />
electrónicos têm um papel importante. A<br />
banda já tinha provado o seu valor com os<br />
dois bons álbuns anteriores e este não é<br />
excepção embora também peque por não<br />
conseguir dar o desejado (por nós) passo<br />
em frente. Restam-nos um bom conjunto<br />
de temas, ora mais melódicos, ora mais<br />
agrestes mas que no geral não desiludem<br />
para quem procura um metalcore a fugir ao<br />
banal.<br />
[7.3/10] João Coutinho<br />
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