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World_of_Metal__Outubro_2017

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ON TOP<br />

“Top Dollar”<br />

Horror Pain Gore Death Productions<br />

Diretamente de Filadélfia,<br />

Pensilvânia, o trio<br />

formado por Jaron<br />

Gulino, vocais, Danny<br />

Piselli, bateria e a sua<br />

mais recente aquisição<br />

Ric Haas, guitarra e<br />

vocais, dão corpo a um<br />

som bem Hard Rock,<br />

de fazer corar os seus<br />

antepassados dos sagrados anos 80’s, mesmo que<br />

inspirados por eles. Os On Top, não pretendem<br />

deixar os seus créditos por mãos alheias e de<br />

forma alegre e bem divertida rasgam quatro<br />

malhas bem fortes que arrasam os mais corajosos,<br />

sim digo isto porque de hoje em dia temos de ter a<br />

coragem de dar uma oportunidade a novos nomes.<br />

Lovin The Devil, Walk This Walk, This Waye<br />

Everything são realmente 4 faixas muito, muito<br />

boas, preenchidas por riffs e solos de guitarra bem<br />

rasgados equilibrados por umas batidas de nos<br />

fazer saltar da cadeira. Ok, eles causaram muito<br />

boa impressão e a cena metal está a precisar de<br />

som assim, tocado sem rodeios<br />

PORTRAIT<br />

“Burn The <strong>World</strong>”<br />

<strong>Metal</strong> Blade Records<br />

Aos poucos os Portrait<br />

têm andado a ficar<br />

com um reputação<br />

no meio do heavy<br />

metal tradicional<br />

bem considerável.<br />

Ao ouvir "Burn The<br />

<strong>World</strong>" é fácil perceber<br />

que essa reputação<br />

é completamente<br />

merecida e que ainda não chega para ser feita<br />

justiça no mundo. Quando falamos do espírito<br />

da década de oitenta e em como o heavy<br />

metal tinha algo que entretanto se perdeu em<br />

produções digitais e inócuas de alma, é eesse<br />

espírito que vive aqui. Verdadeiro heavy metal<br />

que vicia mesmo. Para quem acha que o<br />

metalcore é a única forma de tentar introduzir<br />

o género às novas gerações, apresentamos<br />

malhões como o tema-título, "Martyrs" e "Pure<br />

Of Heart". Um dos grandes álbuns do ano senão<br />

mesmo o melhor álbum de heavy metal de<br />

<strong>2017</strong>!<br />

PABST / AUTISTI<br />

“Split 7"”<br />

Crazy Sane Records<br />

Quando duas<br />

grandes bandas do<br />

rock alternativo/<br />

psicadélico se<br />

juntam, obviamente<br />

que ficamos logo<br />

interessados. De um<br />

lados os Pabst e o<br />

seu rock alternativo<br />

vintage que nos remonta à década de<br />

noventa, àquilo que os Oasis e os The<br />

Smashing Pumpkins deveriam ter feito<br />

num tema, "Exciter" que soa mesmmo. Do<br />

outro os Autisti, vêm do mesmo sítio (rock<br />

alternativo) mas vão desaguar a àguas<br />

mais psicadélicas e até noise. Para quuem<br />

não passa sem propostas destas, este split<br />

é obrigatório.<br />

PARADISE LOST<br />

“Medusa”<br />

Nuclear Blast<br />

É engraçado ver<br />

como a vida dá<br />

voltas. Os Paradise<br />

Lost são um bom<br />

exemplo em como<br />

seguir o coração<br />

compensa. Do<br />

death/doom, ao<br />

metal gótico,<br />

passando pelo rock electrónico de<br />

tendências góticas e desde aí voltando<br />

lentamente ao início. Cada álbum tem um<br />

espírito diferente e, no geral, não há nada<br />

de escandalosamente mau. Apenas alguns<br />

álbuns menos conseguidos. "Medusa"<br />

está no espectro oposto, como um dos<br />

álbuns mais bem conseguidos por parte<br />

da banda. É que conseguir recuperar<br />

o peso de outrora, as raízes, de forma<br />

completamente fluída e natural, não é algo<br />

fácil de encontrar. Agora que falamos,<br />

talvez não exista nenhum caso, portanto<br />

[8.5/10] Miguel Correia [7/10] Fernando Ferreira podemos dizer que a banda fez algo que<br />

nunca ninguém tinha feito antes: fez o<br />

impossível. Mas em relação ao álbum em<br />

si. Tudo é clássico. O ambiente negro e<br />

PROCESS OF GUILT<br />

melancólico, as melodias típicas da banda<br />

“Black Earth”<br />

(e daí o dizermos que é um álbum que<br />

Bleak Recordings<br />

flui naturalmente, não é um regresso ao<br />

passado ignorando tudo o que está para<br />

Finalmente novo trás. É um regresso ao passado que passa<br />

álbum de Process pela contínua evolução da banda que nunca<br />

Of Guilt! Esta<br />

deixou de ter em toda a sua carreira), uns<br />

guturais impressionantes de Nick Holmes<br />

banda, e não e a banda toda compenetrada em fazer um<br />

dizemos isto por dos seus mais sólidos trabalhos desde<br />

ser portuguesa, é<br />

sempre. Ainda é cedo para vermos como<br />

se posiciona na sua discografia, mas pelo<br />

uma das melhores impacto que tem quase que arriscamos<br />

bandas de sempre. A música que que está entre os seus melhores três<br />

fazem não é acessível mas ainda<br />

álbuns, ao lado de "Draconian Times" e<br />

"Icon" - claro que é sempre uma questão<br />

assim é daquela que fala directamente de opinião...<br />

ao coração do ouvinte. Mais do que<br />

palavras, notas musicais, sons e<br />

ritmos, eles transmitem sentimentos<br />

e emoções e muitas vezes não são<br />

sentimentos e emoções com as quais<br />

queiramos lidar. Pelo menos foi isto<br />

[9.6/10] Fernando Ferreira que nos foram apresentando ao<br />

longo de uma carreira sólida. Cinco<br />

anos passaram desde "Fæmin" e nem<br />

[9.6/10] Fernando Ferreira<br />

o split com os Rorcal apaziguou a PSY:CODE<br />

coisa. "Black Earth" é tudo aquilo que<br />

“Morke”<br />

esperávamos: doom pintado a pós<br />

Pavement Entertainment<br />

Projecto de Black metal, com o poderio em termos<br />

Os Psy:Code, apesar<br />

metal experimental rítmicos (a um nível apocalíptico) onde<br />

de se inserirem no<br />

dos Estados Unidos<br />

as faixas se vão sucedendo, fluindo<br />

espectro metalcore,<br />

da América com<br />

demonstram não<br />

influências de naturalmente como se a divisão entre<br />

estar atados pelas<br />

shoe-gaze, e rock<br />

elas fosse apenas um mero detalhe.<br />

limitações do género.<br />

psicadélico, este é o seu<br />

Para já, estão bastante<br />

ultimo EP com 3 temas Não é um álbum que entre à primeira,<br />

mais próximos da<br />

de aproximadamente<br />

não é um álbum para celebrar a vida,<br />

vertente moderna<br />

é uma viagem aos nosso cantos mais<br />

obscuros da alma. Se as actuações da<br />

banda são inesquecíveis, é de esperar<br />

que no disco um impacto fosse menor.<br />

Aqui temos mais uma prova que não.<br />

PROSTITUTION<br />

“Egyptian Blue”<br />

Edição de Autor<br />

20minutos. Ao iniciar a<br />

audição do álbum a primeira coisa a se notar é<br />

a produção, está abafada na voz; a bateria tem<br />

uma som de tarola ligeiramente alto, timbalões<br />

um pouco baixos, na minha opinião poderia<br />

ser encontrado outro equilíbrio na sonoridade;<br />

as guitarras e o baixo soam agradáveis e<br />

escapam ao defeito de produção. Quanto à<br />

composição, a voz demonstra bons gritos, as<br />

guitarras apresentam ritmos adequados ao<br />

estilo mais experimental com bons momentos<br />

de composição, e o baixo acompanha. Destaco<br />

o tema Elevated Droves como o tema que mais<br />

me cativou e do qual gostei mais.<br />

[6.4/10] David Carreto [9.7/10] Fernando Ferreira<br />

do metal extremo que teve a sua génese no<br />

início do milénio (ou pelo menos na transição<br />

para o mesmo) onde os elementos e arranjos<br />

electrónicos têm um papel importante. A<br />

banda já tinha provado o seu valor com os<br />

dois bons álbuns anteriores e este não é<br />

excepção embora também peque por não<br />

conseguir dar o desejado (por nós) passo<br />

em frente. Restam-nos um bom conjunto<br />

de temas, ora mais melódicos, ora mais<br />

agrestes mas que no geral não desiludem<br />

para quem procura um metalcore a fugir ao<br />

banal.<br />

[7.3/10] João Coutinho<br />

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